quarta-feira, 28 de abril de 2010

O 1º DOGMA - "MARIA, MÃE DE DEUS - A TODA SANTA - (panaghia)


Assim, encontramos no livro dos Actos 19.23-41 o episódio – Diana dos Efésios - passado com o apóstolo Paulo na cidade de Éfeso. Devido à pregação de S. Paulo a venda das imagens desta deusa – Diana - deixaram de dar lucro – v. 24-27. Aqui, em Éfeso existia um grande templo à deusa pois este tinha cerca de 133 metros de comprimento e 69 de largura e apoiado por cerca de 128 colunas de 19 metros cada. No seu interior a estátua da Diana., tendo nas mãos espigas de trigo e, acima da cintura, estão presos 12 seios, símbolo da fecundidade e da maternidade abençoada. Em cima da cabeça um disco, simbolizando o sol (…). Se a fé na miraculosa Artemis (Diana) de Éfeso continua a ser desacreditada, as vagas de peregrinos e de dinheiro que fluem por todos os lados terminarão muito em breve”. Eis o templo, o aspecto da deusa e a verdadeira causa dos tumultos naquela cidade. Nesta cidade os pagãos a veneravam como a deusa da virgindade e da maternidade. Ela também representava os poderes regeneradores da Natureza visto esta apresentar muitos seios. Tendo como pano de fundo todas todos estes elementos, alguns comentadores concluíram que os acontecimentos do passado relatados na Palavra de Deus – Actos 19.23-41 – estão na base da questão levantada por Nestório. Assim sendo “quando o culto a Maria se tornou doutrina oficial da Igreja Católica, no ano 431, foi precisamente no Concílio de Éfeso, na cidade da deusa pagã Diana. É óbvia a influência pagã que induziu o Concílio a tomar esta decisão”. 
- S. Lucas 2.39-51 – Aqui encontramos Jesus com 12 anos de idade e os seus pais que vão, segundo o seu costume, a Jerusalém à festa da pascoa – v. 41,42. No caminho de regresso a casa, perdem-se de Jesus e, ao voltarem a Jerusalém à sua procura, Maria e José, aflitos, vão encontrá-lo no seio dos doutores, no templo – v. 46. Agora, prestemos atenção à dinâmica do texto que se segue. Agora, ao encontrá-lo, a reacção de Maria para com Jesus foi a de uma mãe, como qualquer outra, dizendo: - “Filho, porque fizeste assim para connosco? Eis que teu pai e eu, ansiosos, te procurávamos” – v. 48. Imaginemos, por um instante que estávamos a li a observar a cena, só juntos àquele grupo – Jesus e os doutores da Lei. Este casal ao aparecer e a falar como falou, acharíamos normal, pois tratava-se de um casal à procura deste jovem que ali se encontrava. Até aqui, tudo bem.
Só que, a esta fala de Maria, acompanhada pelo seu marido, este jovem irá responder: - “Porque é que me procuráveis? Não sabeis que me convém tratar dos negócios de meu Pai?” – v. 49. Agora, nós. O que pensaríamos desta resposta, deste jovem, àquele casal que, presumiríamos que eram seus pais? Ficaríamos, certamente, confusos! Ora, se são os seus pais que ali estão, que resposta era aquela? Parece-nos que este jovem está a falar para “estranhos”, pois parece-nos, se bem entendemos as suas palavras que, em relação àquele casal, em termos de paternidade, nada tinha em comum, visto que os está a dar a conhecer da sua presença ali! Eles, dizem: - “Eis que teu pai e eu” – e este jovem, não só os esclarece acerca de quem é o seu Pai, como também ignora, com amor e carinho, qualquer vínculo paternal e maternal com aquele casal.
Afinal, que terá a Palavra de Deus a dizer a propósito desta doutrina meramente humana que nos ocupa? Recordaremos aqui um parecer do apóstolo Paulo acerca de duas comunidades - Tessalónica e Bereia - que ele visitou quando empreendeu a sua segunda viagem missionária. Eis como ele as compara: - “Ora estes (os de Bereia) foram mais nobres do que os que estavam em Tessalónica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” – Actos 17.11. Na verdade, não basta ouvir falar de Deus ou da Sua Palavra, mas examinar se aquilo que se ouviu está escrito, não só na Palavra de Deus, como também se está em conformidade com a mesma Palavra. Por esta mesma razão, o apóstolo ao dirigir-se à Igreja de Corinto assim se expressou acerca do seu ministério – “Porque nós não somos, como muitos, falsificadores da palavra de Deus, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na presença de Deus” – II Cor. 2.17. 

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