domingo, 25 de agosto de 2013

João Recebe a Visão da Noiva de Cristo

1.      João tem a visão da Noiva de Cristo como a luz do Mundo – v. 12
“E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro.” Apocalipse 1:12
• Antes de ter a visão do Cristo exaltado, ele teve a visão da igreja. O mundo vê Cristo através da igreja e no meio da igreja. Isso significa que ninguém verá a Jesus em glória senão por meio da sua igreja aqui na terra. Você precisa da igreja. Precisa se congregar. O que é a igreja? Ela é a luz do mundo. Por isso, ele é candeeiro e estrela.
• João vê a igreja em duas figuras: sete estrelas e sete candeeiros. Tanto a estrela como o candeeiro são luzeiros. Eles devem refletir luz. A igreja é a luz do mundo. Ela resplandece no mundo. Se uma lâmpada deixasse de proporcionar luz ela era afastada (2:5). A luz da igreja é emprestada ou refletida, como a da lua. Se as estrelas têm de brilhar e as lâmpadas luzir, elas devem permanecer na mão de Cristo e na presença de Cristo.
• Os sete candeeiros são as sete igrejas, mas o que são os sete anjos (v. 16,20)? Anjos celestes, mensageiros, pastores ou uma figura da própria igreja? Hendriksen pensa que anjos aqui são os pastores. Mas este livro usa a palavra "anjos" 67 vezes e em nenhuma delas refere-se a seres humanos. Assim George Ladd entende que tanto os candeeiros como as estrelas falam da igreja como luzeiros de Deus no mundo. Cristo está não apenas entre a igreja, mas a têm em suas próprias mãos. Essas duas figuras, portanto, são um símbolo incomum para representar o caráter celestial e sobrenatural da igreja, seja através dos seus membros, seja através dos seus líderes.

2.      João tem a visão do Noivo na sua glória excelsa – v. 13-18
Texto: 13  E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
14  E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;
15  E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.
16  E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.
17  E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;
18  E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno. Apocalipse 1:13-18
• João vê dez características distintas do Noivo da igreja em sua glória e majestade:
1) As Suas Vestes (v. 13) – Falam de Cristo como Sacerdote e Rei. Ele nos conduz a Deus e reina sobre nós.
2) A Sua Cabeça (v. 14) – Falam da sua divindade, da sua santidade e da sua eternidade.
CONCLUSÃO
3) Os Seus Olhos (v. 14) – Falam da sua omnisciência que a tudo vê e perscruta. Ele é o juiz diante de quem tudo se desnuda.
4) Os Seus Pés (y.,1.5) – Isso fala da sua omnipotência para julgar os seus inimigos. Convém que ele reine até que ponha todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15:23).
5) A Sua Voz (v. 15) – Isso fala do poder irresistível da sua Palavra, do seu julgamento. No seu juízo desfalecem palavras humanas. A voz de Cristo detém a última palavra e é a única a ter razão.
6) A Sua Mão (v. 16) – A mão direita é a mão de ação, com a qual age e governa. Isso mostra o seu cuidado com a igreja. Ninguém pode arrebatar você das mãos de Cristo (Jo 10:28).
7) A Sua Boca (v. 16) – Essa Palavra aqui não é o Evangelho, mas a Palavra do juízo. A única arma de guerra usada pelo Cristo conquistador no capítulo 19 é a Espada que saía da sua boca (19:5). Essa é a cena do tribunal, onde é proferida a sentença judicial, e precisamente sem contestação.
8) O Seu Rosto (v. 16) – A visão agora não é mais de um Cristo servo, perseguido, preso, esbofeteado, com o rosto cuspido, mas do Cristo cheio de glória. A luz do sol supera o brilho dos candeeiros.
9) A Sua Perenidade – O Primeiro e o Último (v. 17) – Ele é o criador, sustentador e consumador de todas as coisas. Ele cria, controla, julga e plenifica todas as coisas. Cristo aqui é enaltecido como vitorioso sobre o último inimigo, a morte.
10) A Sua Vitória Triunfal (v. 18) – João está diante do Cristo da cruz, que venceu a morte. Ele não apenas está vivo, mas está vivo para sempre. Ele não só ressuscitou, ele venceu a morte e tem as chaves da morte e do inferno. Quem tem as chaves tem autoridade. Jesus recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra (Mt 28:18). Jesus tem não apenas a chave do céu (3:7), mas também a chave da morte (túmulo). Agora a morte não pode mais infligir terror, porque Cristo está com as chaves, podendo abrir os túmulos e levar os mortos à vida eterna.
• Este parágrafo pode ser sintetizado em três aspectos: 1) O que João ouviu (v. 9-11); 2) O que João viu (v. 12-16) e o que João fez (v. 17-18). Os dois primeiros pontos já foram analisados. Vejamos agora, na conclusão, o último, o que João fez.
• A reação de João diante da visão do Cristo da glória:
Profundo quebrantamento (v. 18) – "Quando O vi, caí a seus pés como morto". O mesmo João que debruçara no peito de Jesus, agora cai aos seus pés como morto. Isaías, Ezequiel, Daniel, Pedro e Paulo (Is 6:5; Ez 1:28; Dn 8:17; 10:9,11; Lc 5:8; At 9:3-4) passaram pela mesma experiência ao contemplarem a glória de Deus. Em nossa carne não podemos ver a Deus, pois ele habita em luz imarcescível (1 Tm 6:16). É impossível ver a glória do Senhor sem se prostrar. Ilustração: as pessoas que dizem cair diante da glória de Deus e se levantam do mesmo jeito.

3. Gloriosamente restaurado
“E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” Apocalipse 1:18

(v. 18) – Jesus toca e fala. A mesma mão que segura (v. 16), é a mão que toca e restaura (v. 18). O mesmo Jesus que acalmou os discípulos muitas vezes, dizendo-lhes, não temas, agora diz a João: Não temas. A revelação da graça de Jesus o põe de pé novamente para cumprir o seu ministério.

José Carlos Costa, pastor

sábado, 24 de agosto de 2013

APOCALIPSE UMA MENSAGEM

Introdução - Apocalipse 1:1-8
Dois fatores contribuem para que muitos crentes evitem o livro de Apocalipse:
a) A ideia de que ele é um livro selado, que trata de coisas encobertas
- Na verdade o livro de Apocalipse é oposto disto. Apocalipse significa tirar o véu, descobrir, revelar o que está escondido. A ordem de Deus é: "Não seles as palavras da profecia deste livro, porque o tempo está próximo" (22:10). As coisas que em breve devem acontecer mostra que há uma tensão entre o futuro imediato e o mais distante; o mais distante é visto como que transparecendo do imediato. O Cordeiro é o executor do deve acontecer. Há duas atitudes em relação à segunda vinda: 1) Quem se acomoda diz: "Onde está a promessa da sua vinda?" 2) "Estai de sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo".
b) A ideia de que ele é um livro que fala de catástrofe, tragédia e caos
- Esse é o significado da palavra hoje. Tornou-se sinónimo de tragédia. Mas Apocalipse não fala de caos, mas do plano vitorioso e triunfante de Cristo e da sua igreja.

1. O Apocalipse é um livro aberto e não fechado
• A palavra "Apocalipse" significa descoberta, sem véu. Revelação não é especulação humana, é a Palavra de Deus e o testemunho fiel (v. 2). Ele revela o plano vitorioso, triunfante de Cristo e da sua igreja. Sua vitória absoluta contra todos os seus inimigos: a Meretriz, a besta, o falso profeta, o dragão, os incrédulos, a morte. O Apocalipse mostra que o último capítulo da história não será de tragédia, mas de uma retumbante vitória do Cordeiro de Deus, o Rei dos reis e Senhor dos senhores.
• Apocalipse é um livro aberto em que Deus revela seus planos e propósitos para a sua igreja.
2. O Apocalipse não é revelação apenas das últimas coisas, mas sobretudo do Cristo vencedor e glorioso
• O Apocalipse não fala tanto de fatos, mas de uma pessoa. Apocalipse é fundamentalmente a revelação de Jesus Cristo (v.1), e não apenas de eventos futuros. Você não pode divorciar a profecia da Pessoa de Jesus. Apocalipse não é revelação de João, mas revelação de Jesus Cristo a João.
• Cristo veio ao mundo para revelar o Pai (Jo-ao 17:6). No Apocalipse é o Pai quem revela a Jesus (Ap 1:1). E como o revela? Como o servo lavando os pés dos discípulos? Como uma ovelha muda que vai para o matadouro? Como aquele de quem os homens escondem o rosto? Como aquele que está pregado na cruz, com o rosto cheio de sangue? Como aquele que têm as mãos atadas e os pés pregados na cruz? Absolutamente não!
• A revelação do Noivo da Igreja pelo Pai é de um Cristo glorioso: Seus cabelos não estão cheios de sangue, mas são alvos como a neve. Seus olhos não estão inchados, mas são como chama de fogo. Seus pés não estão pregados na cruz, mas são semelhantes ao bronze polido. Sua voz não está rouca, porque a língua está colada ao céu da boca, por atordoante sede, mas é voz como voz de muitas águas. Suas mãos não estão cheias de pregos, mas ele segura a igreja e a história em suas onipotentes mãos. Seu rosto não está desfigurado, mas brilha como o sol.

• O objetivo do livro de Apocalipse não é nos dar uma tabela do tempo do fim, mas nos revelar o Noivo glorioso da igreja, o supremo conquistador. A igreja precisa olhar para a supremacia do seu Senhor. Durante a sua primeira vinda a glória de Cristo estava encoberta. Ele viveu se esvaziando da sua glória. Mas na segunda vinda de Cristo, sua glória será auto-evidente (Mc 14:61-62; Ap 1:7).

O AUTOR DO LIVRO DE APOCALIPSE - Apocalipse 1:2,4

1. Deus tem planos distintos ao usar seus servos
• O Espírito Santo usou João para escrever o quarto evangelho, as cartas e o Apocalipse. O objetivo do evangelho é alertar as pessoas a crerem em Cristo (20:31). O objetivo das cartas é encorajar os crentes a terem certeza da vida eterna (5:13). O objetivo do Apocalipse era alertar os crentes para estarem preparados para a segunda vinda de Cristo (22:20).

2. Deus transforma tragédias em triunfo
• Domiciano, o segundo Nero, que arrogou para si o título de Senhor e Deus, baniu João para a Ilha de Patmos, a colónia penal da costa da Ásia Menor. Mas ao mesmo tempo em que se achava fisicamente em Patmos, achou-se também em espírito e Deus abriu-lhe o céu e revelou-lhe as coisas que em breve devem acontecer.
• Num tempo em que a igreja estava sendo massacrada e pisada, perseguida e torturada, João recebe a revelação de que o Noivo da Igreja, o Senhor absoluto dos céus e da terra, está no total controle da igreja e da história (1:1.3; 5:5).

3. Deus esclarece uns e confunde outros
• O livro de Apocalipse é um livro altamente simbológico. Por quê? É como as parábolas: esclarece uns e confunde outros. Para a igreja era uma mensagem clara, mas para os ímpios uma mensagem indecifrável.

• Os símbolos não enfraquecem com o tempo. Em vez de falar do diabo como um ser maligno, falou de um dragão. Em vez de falar de um ditador, falou de uma besta. Em vez de falar de um sistema sedutor, falou de uma Meretriz, Babilónia, a grande.

OS LEITORES DO LIVRO DE APOCALIPSE

1. As sete igrejas da Ásia Menor
• O número sete é um número importante no livro de Apocalipse. Ele aparece 54 vezes neste livro. O livro fala de sete candeeiros, sete estrelas, sete selos, sete trombetas, sete taças, sete espíritos, sete cabeças, sete chifres, sete montanhas. O número sete significa completo, total. Havia mais de sete igrejas na Ásia Menor. Mas quando Jesus envia carta às sete igrejas, significa que ele envia a sua mensagem para toda a igreja, em todos os lugares, em todos os tempos.
• Tudo indica que as sete igrejas representem sete períodos sucessivos da história da igreja, ainda que, as características das sete igrejas sejam transversais simultaneamente a toda a igreja. João escolheu estas sete igrejas para que elas servissem de representantes da igreja toda. O Apocalipse era e é para toda a igreja.

2. Este livro é destinado a todos os cristãos em todos os tempos
• Ele é um livro encorajador para os todos os cristãos em todos os tempos.
• Este livro devia ser lido em voz alta em culto público (v. 3). Há uma bem-aventurança para os que lêem, ouvem, e praticam a mensagem deste livro.
• Para todas as igrejas o Senhor que anda no meio dos candeeiros tem uma palavra de exortação e também de encorajamento. Ele os desafia a serem vencedores!
• A mensagem central de Jesus para a igreja é que nós não devemos nos aproximar da profecia apenas com curiosidade acerca do futuro.

Quando Daniel e João receberam a palavra da profecia, do plano de Deus, do futuro, ambos caíram aos pés do Senhor (Dn 10:7-10; Ap 1:17). Eles ficaram esmagados pela grandeza da manifestação do Senhor. É assim que nós devemos nos aproximar do livro de Apocalipse, como adoradores e não como académicos.

O REMETENTE DO LIVRO DE APOCALIPSE 1

1. Uma saudação de encorajamento e não de medo – Apocalipse 1: 4
• Graça e Paz não é uma palavra de medo, mas de doçura, de encorajamento a uma igreja que passa pelo vale do martírio.

2. A Graça e a Paz são enviadas à Igreja pela Trindade - v. 4-5
• O Deus Pai, o Deus Espírito e o Deus Filho estão no completo controlo da história e num tempo de sombras e provas, eles enviam à igreja a sua graça e a sua paz.

3. Como a igreja deve ver o seu Noivo? – v. 5
a) Como a Fiel Testemunha - Jesus foi fiel durante todo o seu ministério. Nunca deixou de testemunhar sobre o Pai, mesmo na hora do sofrimento e da morte. "Eu vim para fazer a vontade do Meu Pai.".
b) Primogénito dos Mortos - Jesus foi o primeiro a ressuscitar em glória. Ele está vivo para sempre. Ele é o primogénito porque é o primeiro da fila e nós vamos logo atrás. Jesus matou a morte. Ele venceu o nosso último inimigo. Uma igreja que está a enfrentar o martírio precisa saber que o seu Deus vencer o poder da morte. A noiva do Cordeiro não tem mais a morte à sua frente, mas atrás de si.
c) O Soberano dos Reis da Terra - A igreja precisa ver Jesus como o presidente dos presidentes, diante de quem todos os poderosos se dobrarão. Jesus está acima de Roma, dos imperadores. Ele está acima dos impérios, das nações soberbas, dos reis da terra, dos presidentes que ostentam o seu poder.

4. Como a igreja deve posicionar-se diante do seu Noivo? – v. 5-6
• Quando João vê a glória do Noivo, ele prorrompe numa doxologia suprema, diante da suprema glória de Cristo. Ele encanta-se com o Cristo que lhe é revelado. O seu coração se derrama em adoração.
• Por que a igreja deve adorar o seu Noivo?
a) Porque ele nos ama - O verbo está no presente. O amor de Cristo é algo que permanece. Ele nos amou, ainda nos ama e nos amará até ao fim.
b) Ele nos libertou dos nossos pecados - Fala de um ato de redenção concluído (5:9). A versão King James diz que ele nos lavou. Ele quebrou as amarras do pecado e nos limpa. O que é maravilhoso é que ele nos amou quando estávamos sujos e perdidos e depois nos libertou.

c) Nos constituiu reis e sacerdotes – A igreja não foi amada e libertada para nada. O alvo do amor é constituir reis e sacerdotes para Deus. Ele nos ama e nos levanta da lama e depois nos coloca a coroa e a mitra. Já estamos assentados com Cristo nas regiões celestiais (pela fé), mas haveremos de ser co-regentes com Ele, pois reinaremos com ele. Somos um reino não apenas porque Cristo reina sobre nós, mas porque participamos do seu reinado. A mitra do sumo sacerdote tinha uma placa de ouro "Santidade ao Senhor’. Temos livre acesso a Ele, pois somos uma raça de sacerdotes reais.

O TEMA DO LIVRO DE APOCALIPSE – Apocalipse 1: 7-8

1. Há uma descrição das características da sua Vinda
• O grande tema do livro de Apocalipse é a glória e a vitória de Cristo na sua vinda. Esta verdade é apresentada nas sete seções paralelas. Cristo vem para estabelecer o juízo e triunfar sobre os seus inimigos. Na primeira vinda a glória de Cristo não era auto-evidente, mas na segunda vinda será (Marcos 14:61). A igreja triunfa com ele, enquanto os seus adversários lamentarão (6:15-16; Zac. 12:10). Os ímpios não se converterão (9:20; 16:9,11).

2. Como virá Jesus?
• Aqueles que o amam se alegrarão na sua segunda vinda, mas aqueles que o rejeitaram se lamentarão. Como será a sua vinda?
a) Pessoal
b) Pública
c) Visível
d) Poderosa
e) Juízo

3. Há uma descrição das características d´Aquele que vem
• Essas características da sua eternidade e omnipotência são dadas, para mostrar que Jesus é poderoso para executar o seu plano na história humana.
CONCLUSÃO

• Temos hoje uma visão da glória do Noivo da Igreja? Temos honrado o nosso Noivo? Estamos a preparar-nos para nos encontrarmos com Ele, como as virgens prudentes? As nossas lâmpadas estão cheias de azeite?

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Os Sete Selos do Apocalipse

Muitas vezes ouvimos falar dos 7 selos, os 4 cavalos e os 4 cavaleiros do Apocalipse. Todos eles formam parte da mesma profecia. Os 4 cavaleiros com os seus respectivos cavalos aparecem nos 4 primeiros selos.

Que representam os 7 selos do Apocalipse? Evidentemente profetizam as características básicas dos 7 períodos que a igreja viveria desde a sua fundação até à segunda vinda de Jesus, descrita na última parte do sexto selo.

A DOUTRINA PURA
 1. Quais são as características básicas do primeiro selo? Apocalipse 6:1, 2.
Rª: 1 E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê.
2 E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.
Nota: A época dos santos apóstolos (século I) coincide com a igreja de Éfeso. Eles receberam a doutrina pura da Bíblia para a pregar (São Marcos 16:10-16). Enfrentaram muitas lutas (Atos 4:1-3, 18-20, 24-30; 5:17-20, 26-29; 6:8; 7:60) mas não permitiram que a doutrina fosse maculada. Houve também grandes vitórias para Cristo: 3.000 conversos no Pentecostes; poucos dias depois já havia 5.000; a conversão de Saulo e o evangelho a todo o mundo conhecido (Colossenses 1:6, 23). Se queremos conhecer a doutrina pura de Cristo devemos estudar a Santa Bíblia, pois nela está escrita pelos apóstolos a época do cavalo branco.

 2. Que permissão foi dada ao cavaleiro do segundo selo? Apocalipse 6:3, 4.
Rª: 3  E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem, e vê.4  E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
Nota: A cor vermelha e os símbolos deste selo falam indiscutivelmente de derramamento de sangue. É o período das dez perseguições gerais levadas a efeito pelo império romano contra os cristãos que preferiam morrer a renunciar à fiel obediência aos princípios bíblicos. Este selo começa com a morte do último apóstolo (São João, fim do século I) e chega até ao ano 313, quando Constantino assina em Milão o Édito de Tolerância. Coincide com o período da igreja de Esmirna.

A VERDADE CAI POR TERRA
3. De que cor era o cavalo do terceiro selo? Apocalipse 6:5, 6.
Rª: 5 E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão.
6 E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.
Nota: A igreja que enfrentou lutas para manter a pureza das suas doutrinas e que viu ser derramado o sangue dos seus membros por não renunciar à fidelidade, agora é representada pelo preto, antítese do branco. A cor negra muitas vezes representa na Santa Bíblia as trevas morais, o pecado, a apostasia, ou o erro. Corresponde ao período que vai desde 313 a 538. São Paulo profetizou acerca do tempo em que se mudariam as doutrinas através de um processo de paganização (Atos 20:27-31; II Tessalonicenses 2:3-6; II Timóteo 4:1-4). São Pedro também profetizou como um dia a igreja haveria de se corromper (II São Pedro 2:1-3). A balança, o espírito de comercialização e o materialismo que penetraria na igreja. Um dinheiro era o salário de um dia de trabalho, com o qual comprariam apenas 654 g de trigo ou menos de 2 quilos (1.962 g) de cevada.

Isto é o símbolo da tremenda escassez da Palavra de Deus, proibida nesse tempo (Amós 8:11, 12), que produziu fome de ouvir a Palavra. Muitas doutrinas começam a morrer e entram crenças pagãs (Ex.: Em 7 de março de 321, Constantino emite a lei dominical mais antiga que se conhece). A maioria acompanha o processo de deterioração doutrinal. Uns poucos fiéis (remanescentes) seguem respeitando a verdade bíblica. O azeite representa o Espírito Santo (Zacarias 4:2-6). O vinho representa o sangue de Cristo derramado pelos pecadores (São Mateus 26:27-29).

 4. Que nome tinha o cavaleiro do cavalo amarelo do quarto selo e quem o seguia? Apocalipse 6:7, 8.
Rª: 7 E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê.
8 E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.
Nota: A simbologia expressa a aflição espantosa da época da inquisição predita por Jesus (São Mateus 24:21), também profetizada por Daniel (Daniel 7:21, 25; 12:7) e que será estudada em Apocalipse 13:5. Corresponde ao período que vai de 538, quando entra em vigência o decreto de Justiniano, até 1517, o começo da Reforma. As doutrinas puras são pisoteadas cada vez mais e os cristãos paganizados perseguem implacavelmente o pequeno remanescente fiel à doutrina bíblica.

 5. Quando se abriu o quinto selo, que viu São João debaixo do altar? Que lhes foi dado? Apocalipse 6:9-11.
Rª: 9 E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.
10 E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
11 E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.
Nota: No altar de bronze do santuário do Antigo Testamento se ofereceriam os sacrifícios de animais. O sacrifício era queimado e o sangue era derramado na base do altar (Levítico 4:7). A vida ou a alma está no sangue (Levítico 17:11; Deuteronómio 12:23). O símbolo é claro: O sangue dos mártires do pequeno remanescente fiel que não aceitou a paganização doutrinal é derramado como um sacrifício ao pé do altar. Esse sangue simbolicamente clama a Deus, como o fez o sangue de Abel que foi morto por seu irmão (Génesis 4:10). As vestiduras brancas simbolizam a dignidade que lhes confere a justiça de Cristo (Apocalipse 19:8; 3:5; 7:14). Mas, embora tivessem ganho a vitória em Cristo, deviam descansar na tumba um pouco de tempo até que Jesus venha e lhes dê a recompensa (Heb. 11:39, 40).

O quinto selo cobre o período que vai de 1517 a 1755.

O FIM SE APROXIMA
O sexto selo culmina com a segunda vinda de Cristo. Por isso podemos adequadamente chamá-lo o tempo do fim.

 6. Quais são os quatro acontecimentos que dão abertura ao sexto selo (tempo do fim)? Apocalipse 6:12, 13.
Rª: 12 E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue;
13 E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
a.  um grande tremor de terra;
b.  sol tornou-se negro como saco de cilício,
c.  a lua tornou-se como sangue;
d.  E as estrelas do céu caíram sobre a terra,
Nota: O grande terremoto tem sido identificado por muitos teólogos como o grande terremoto de Lisboa, de 1 de novembro de 1755. O escurecimento do Sol ocorreu em 19 de maio de 1780. E a Lua se tornou como sangue na noite do mesmo dia. A chuva de estrelas foi em 13 de novembro de 1833. Esses quatro episódios deram origem ao tempo do fim, o qual terminará com a segunda vinda de Cristo.

 7. Por que razão os infiéis rogarão desesperadamente às rochas e às montanhas que caiam sobre eles? Apocalipse 6:14-17.
Rª: 14 E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
15 E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas;
16 E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro;
17 Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
Nota: Diante da segunda vinda de Cristo, aqueles que se ampararam na graça salvadora receberão a vida eterna, aqueles que recusaram a salvação em Cristo terão de enfrentar as circunstâncias. Jesus disse: "Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem n´Ele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de Deus” (São João 3:17,18).

 8. Que outros sinais nos ajudarão a distinguir em que altura do tempo do fim nos encontramos?
Comentário: Embora só Deus o Pai conheça o dia e a hora (São Mateus 24:36) podemos identificar a época. Entre outros muitos sinais para conhecer o tempo do fim, identificaremos os seguintes: Guerras (São Mateus 24:7); grandes calamidades e terremotos (São Mateus 24:7); luta entre o capital e o trabalho (São Tiago 5:1-8); o comportamento social distorcido de nossa época (2ª Timóteo 3:1-5). O último sinal a cumprir-se será a pregação do evangelho em todo o mundo (São Mateus 24:14). Esses sinais nos permitem conhecer a época em que virá Jesus. Em São Lucas 21:28 Jesus nos dá Seu sábio conselho para este tempo.

EIS QUE VEM COM AS NUVENS
“Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá, até os mesmos que o traspassaram; e todas as tribos da terra se lamentarão sobre ele. Sim. Amém.” Apocalipse 1:7

 9. Antes de abrir-se o sétimo selo (a segunda vinda de Cristo) Jesus interrompe a profecia e dedica todo o capítulo 7 para explicar-nos quem são os que serão salvos. Que farão os anjos nas frontes dos servos de Deus? Apocalipse 7:2, 3.
Rª: 2 E vi outro anjo subir do lado do sol nascente, e que tinha o selo do Deus vivo; e clamou com grande voz aos quatro anjos, a quem fora dado o poder de danificar a terra e o mar,
3 Dizendo: Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que hajamos assinalado nas suas testas os servos do nosso Deus.
Nota: No próximo estudo analisaremos qual é o selo de Deus que será aplicado nas frontes dos crentes que serão salvos.

 10. Que viu São João acontecer no Céu ao abrir-se o sétimo selo? Apocalipse 8:1.
Rª: 1  E, HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.
Nota: Esse silêncio se produzirá por ocasião da segunda vinda de Cristo, quando os anjos virão com Jesus ( São Mateus 25:31 ). Alguns têm aplicado a essa meia hora o princípio profético de dia-ano e dizem que poderá representar uma semana literal.


DECISÃO - Considerando que o nosso Senhor Jesus Cristo voltará para terminar com as injustiças, a dor, o pecado e que estabelecerá um reino eterno, sem corrupção, decido preparar-me de acordo com a Palavra de Deus para receber com alegria a meu Senhor Jesus.

José Carlos Costa, pastor

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Os Sete Selos do Apocalipse

Muitas vezes ouvimos falar dos 7 selos, os 4 cavalos e os 4 cavaleiros do Apocalipse. Todos eles formam parte da mesma profecia. Os 4 cavaleiros com os seus respectivos cavalos aparecem nos 4 primeiros selos.

Que representam os 7 selos do Apocalipse? Evidentemente profetizam as características básicas dos 7 períodos que a igreja viveria desde a sua fundação até à segunda vinda de Jesus, descrita na última parte do sexto selo.

A DOUTRINA PURA
 1. Quais são as características básicas do primeiro selo?
Rª: “Observei quando o Cordeiro abriu o primeiro dos sete selos. Então ouvi um dos seres viventes dizer com voz de trovão: "Venha!"
Olhei, e diante de mim estava um cavalo branco (pureza). O Seu cavaleiro empunhava um arco, e foi-lhe dada uma coroa; ele cavalgava como vencedor determinado a vencer.” Apocalipse 6:1, 2 (luta e vitória).
Nota: A época dos santos apóstolos (século I) coincide com a igreja de Éfeso. Eles receberam a doutrina pura da Bíblia para a pregar (São Marcos 16:10-16). Enfrentaram muitas lutas (Atos 4:1-3, 18-20, 24-30; 5:17-20, 26-29; 6:8; 7:60) mas não permitiram que a doutrina fosse maculada. Houve também grandes vitórias para Cristo: 3.000 conversos no Pentecostes; poucos dias depois já havia 5.000; a conversão de Saulo e o evangelho a todo o mundo conhecido (Colossenses 1:6, 23). Se queremos conhecer a doutrina pura de Cristo devemos estudar a Santa Bíblia, pois nela está escrita pelos apóstolos a época do cavalo branco.

 2. Que permissão foi dada ao cavaleiro do segundo selo?
Rª: “Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: "Venha!"
Então saiu outro cavalo; e este era vermelho. Seu cavaleiro recebeu poder para tirar a paz da terra e fazer que os homens se matassem uns aos outros. E lhe foi dada uma grande espada.” Apocalipse 6:3, 4.
Nota: A cor vermelha e os símbolos deste selo falam indiscutivelmente de derramamento de sangue. É o período das dez perseguições gerais executadas pelo império romano contra os cristãos que preferiam morrer a renunciar à fiel obediência aos princípios bíblicos. Este selo começa com a morte do último apóstolo (São João, fim do século I) e chega até o ano 313, quando Constantino assina em Milão o Édito de Tolerância. Coincide com o período da igreja de Esmirna. 

A VERDADE CAI POR TERRA
 3. De que cor era o cavalo do terceiro selo?
Rª: Quando o Cordeiro abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente dizer: "Venha!" Olhei, e diante de mim estava um cavalo preto. Seu cavaleiro tinha na mão uma balança.
Então ouvi o que parecia uma voz entre os quatro seres viventes, dizendo: ´Um quilo de trigo por um denário e três quilos de cevada por um denário, e não danifique o azeite e o vinho!´” Apocalipse 6:5, 6.
Nota: A igreja que enfrentou lutas para manter a pureza de suas doutrinas e que viu ser derramado o sangue de seus membros por não renunciar a fidelidade, agora é representada pelo preto, antítese do branco. A negrura muitas vezes representa na Santa Bíblia as trevas morais, o pecado, a apostasia, ou o erro. Corresponde ao período que vai desde 313 a 538. São Paulo profetizou acerca do tempo em que se mudariam as doutrinas por um processo de paganização (Atos 20:27-31; II Tessalonicenses 2:3-6; II Timóteo 4:1-4). São Pedro também profetizou como um dia a igreja haveria de se corromper (II São Pedro 2:1-3). A balança, o espírito de comercialização e materialismo que penetraria na igreja. Um dinheiro era o salário de um dia de trabalho, com o qual comprariam apenas 654 g de trigo ou menos de 2 quilos (1.962 g) de cevada.

Isto é o símbolo da tremenda escassez da Palavra de Deus, proibida nesse tempo (Amós 8:11, 12), que produziu fome de ouvir a Palavra. Muitas doutrinas começam a morrer e entram crenças pagãs (Ex.: Em 7 de março de 321, Constantino emite a lei dominical mais antiga que se conhece). A maioria acompanha o processo de deterioração doutrinal. Uns poucos fiéis (remanescentes) seguem respeitando a verdade bíblica. O azeite representa o Espírito Santo (Zacarias 4:2-6). O vinho representa o sangue de Cristo derramado pelos pecadores (São Mateus 26:27-29).

 4. Que nome tinha o cavaleiro do cavalo amarelo do quarto selo e quem o seguia?
Rª: “Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente dizer: "Venha!"
Olhei, e diante de mim estava um cavalo amarelo. Seu cavaleiro chamava-se Morte, e o Hades (sepulcro) o seguia de perto. Foi-lhes dado poder sobre um quarto da terra para matar pela espada, pela fome, por pragas e por meio dos animais selvagens da terra.” Apocalipse 6:7, 8.
Nota: A simbologia expressa a aflição espantosa da época da inquisição predita por Jesus (São Mateus 24:21), também profetizada por Daniel (Daniel 7:21, 25; 12:7) e que será estudada em Apocalipse 13:5. Corresponde ao período que vai de 538, quando entra em vigência o decreto de Justiniano, até 1517, o começo da Reforma. As doutrinas puras são pisoteadas cada vez mais e os cristãos paganizados perseguem implacavelmente o pequeno remanescente fiel à doutrina bíblica.

 5. Quando se abriu o quinto selo, que viu São João debaixo do altar? Que lhes foi dado?
Rª: “Quando ele abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas daqueles que haviam sido mortos por causa da palavra de Deus e do testemunho que deram.
Eles clamavam em alta voz: "Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, esperarás para julgar os habitantes da terra e vingar o nosso sangue?"
Então cada um deles recebeu uma veste branca, e foi-lhes dito que esperassem um pouco mais, até que se completasse o número dos seus conservos e irmãos que deveriam ser mortos como eles.” Apocalipse 6:9-11.
Nota: No altar de bronze do santuário do Antigo Testamento se ofereceriam os sacrifícios de animais. O sacrifício era queimado e o sangue era derramado na base do altar (Levítico 4:7). A vida ou a alma está no sangue (Levítico 17:11; Deuteronómio 12:23). O símbolo é claro: O sangue dos mártires do pequeno remanescente fiel que não aceitou a paganização doutrinal é derramado como um sacrifício ao pé do altar. Esse sangue simbolicamente clama a Deus, como o fez o sangue de Abel que foi morto por seu irmão (Génesis 4:10). As vestiduras brancas simbolizam a dignidade que lhes confere a justiça de Cristo (Apocalipse 19:8; 3:5; 7:14). Mas, embora tivessem ganho a vitória em Cristo, deviam descansar na tumba um pouco de tempo até que Jesus venha e lhes dê a recompensa (Heb. 11:39, 40).

O quinto selo cobre o período que vai de 1517 a 1755.

O FIM SE APROXIMA
O sexto selo culmina com a segunda vinda de Cristo. Por isso podemos adequadamente chamá-lo o tempo do fim.

 6. Quais são os quatro acontecimentos que dão abertura ao sexto selo (tempo do fim)?
Rª: “Observei quando ele abriu o sexto selo. Houve um grande terramoto. O sol ficou escuro como tecido de crina negra, toda a lua tornou-se vermelha como sangue, e as estrelas do céu caíram sobre a terra como figos verdes caem da figueira quando sacudidos por um vento forte.” Apocalipse 6:12, 13.

a.  Houve um grande terremoto

b.  O sol ficou escuro como tecido de crina negra

c.  toda a lua tornou-se vermelha como sangue

d.  estrelas do céu caíram sobre a terra como figos verdes

Nota: O grande terramoto tem sido identificado por muitos teólogos como o grande terramoto de Lisboa, de 1 de novembro de 1755. O escurecimento do Sol ocorreu em 19 de maio de 1780. E a Lua se tornou como sangue na noite do mesmo dia. A chuva de estrelas foi em 13 de novembro de 1833. Esses quatro episódios deram origem ao tempo do fim, o qual terminará com a segunda vinda de Cristo.

 7. Por que razão os infiéis rogarão desesperadamente às rochas e às montanhas que caiam sobre eles?
Rª: “O céu se recolheu como se enrola um pergaminho, e todas as montanhas e ilhas foram removidas de seus lugares.
Então os reis da terra, os príncipes, os generais, os ricos, os poderosos - todos, escravos e livres, se esconderam em cavernas e entre as rochas das montanhas.
Eles gritavam às montanhas e às rochas: "Caiam sobre nós e escondam-nos da face daquele que está assentado no trono e da ira do Cordeiro!
Pois chegou o grande dia da ira deles; e quem poderá suportar?" Apocalipse 6:14-17.
Nota: Diante da segunda vinda de Cristo, aqueles que se ampararam na graça salvadora receberão a vida eterna, aqueles que recusaram a salvação em Cristo terão de enfrentar as circunstâncias. Jesus disse: "Porquanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. Quem n´Ele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigénito Filho de Deus" (São João 3:17,18).

 8. Que outros sinais nos ajudarão a distinguir em que altura do tempo do fim nos encontramos?
Rª: Embora só Deus o Pai conheça o dia e a hora (São Mateus 24:36) podemos identificar a época. Entre outros muitos sinais para conhecer o tempo do fim, identificaremos os seguintes: Guerras (São Mateus 24:7); grandes calamidades e terramotos (São Mateus 24:7); luta entre o capital e o trabalho (São Tiago 5:1-8); o comportamento social distorcido da nossa época (II Timóteo 3:1-5). O último sinal a cumprir-se será a pregação do evangelho em todo o mundo (São Mateus 24:14). Esses sinais nos permitem conhecer a época em que virá Jesus. Em São Lucas 21:28 Jesus nos dá Seu sábio conselho para este tempo.


EIS QUE VEM COM AS NUVENS
Apocalipse 1:7

 9. Antes de abrir-se o sétimo selo (a segunda vinda de Cristo) Jesus interrompe a profecia e dedica todo o capítulo 7 para explicar-nos quem são os que serão salvos. Que farão os anjos nas frontes dos servos de Deus?
R: “Então vi outro anjo subindo do Oriente, tendo o selo do Deus vivo. Ele bradou em alta voz aos quatro anjos a quem havia sido dado poder para danificar a terra e o mar:
 "Não danifiquem nem a terra, nem o mar, nem as árvores até que selemos as testas dos servos do nosso Deus". Apocalipse 7:2, 3.
Nota: No próximo estudo analisaremos qual é o selo de Deus que será aplicado nas frontes dos crentes que serão salvos.

 10. Que viu São João acontecer no Céu ao abrir-se o sétimo selo?
Rª: “Quando ele abriu o sétimo selo, houve silêncio nos céus cerca de meia hora.” Apocalipse 8:1.
Nota: Esse silêncio se produzirá por ocasião da segunda vinda de Cristo, quando os anjos virão com Jesus (São Mateus 25:31). Alguns têm aplicado a essa meia hora o princípio profético de dia-ano e dizem que poderá representar uma semana literal.

A MINHA DECISÃO - Considerando que o nosso Senhor Jesus Cristo voltará para terminar com as injustiças, a dor, o pecado e que estabelecerá um reino eterno, sem corrupção, decido preparar-me de acordo com a Palavra de Deus para receber com alegria a meu Senhor Jesus.

José Carlos Costa, pastor

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

O Selo de Deus no Apocalipse

O sexto selo do Apocalipse ajuda a descobrir quando começaria o tempo do fim e conclui com a descrição da segunda vinda de Jesus. O sétimo selo descreve o silêncio que se produzirá no Céu quando Jesus e os Seus anjos vierem buscar-nos. No capítulo 7, como uma espécie de parêntesis entre o sexto e o sétimo selo, Jesus diz que antes de vir, seria colocado o selo de Deus na fronte dos que serão salvos. Este capítulo também aumenta a nossa compreensão dos acontecimentos prévios ao retorno do Senhor.

SERÁ A TERRA DESTRUÍDA POR UMA GUERRA TERMONUCLEAR?

1. Que faziam os anjos nos quatro ângulos (pontos cardeais) da Terra?
Rª: “Depois disso vi quatro anjos em pé nos quatro cantos da terra, retendo os quatro ventos, para impedir que qualquer vento soprasse na terra, no mar ou em qualquer árvore.” Apocalipse 7:1.
Nota: Que significariam esses ventos? Há antecedentes proféticos na Bíblia que nos dão a chave. Representam guerras (Ex.: Jeremias 49:36, 37). O fato de que a guerra que se está retendo em Apocalipse 7 viria dos quatro pontos cardeais da Terra, dá a entender que se trata de uma guerra mundial.

2. Que seria danificado na guerra que os quatro anjos estavam retendo?
Rª: "Não danifiquem nem a terra, nem o mar, nem as árvores até que selemos as testas dos servos do nosso Deus". Apocalipse 7:3.
Nota: Evidentemente a guerra de que se está falando aqui, não está no passado. Não é a Primeira nem a Segunda Guerra Mundial, pois os danos que são profetizados aplicam-se com mais propriedade a uma guerra termonuclear, capaz de danificar a Terra, a vida no mar e a vida vegetal. Portanto, refere-se a uma guerra mundial como a que poderia ocorrer se fossem usadas armas como as atuais.

 3. Até quando seria detida esta guerra infernal?
Rª: “Então vi outro anjo subindo do Oriente, tendo o selo do Deus vivo. Ele bradou em alta voz aos quatro anjos a quem havia sido dado poder para danificar a terra e o mar:
 "Não danifiquem nem a terra, nem o mar, nem as árvores até que selemos as testas dos servos do nosso Deus".” Apocalipse 7:2, 3.

QUAL É O SELO DO DEUS VIVO?
Apocalipse 7 não está a falar do selo do evangelho que é aplicado pelo Espírito Santo para dar-nos a certeza de que somos filhos de Deus. Os de Apocalipse 7 já o receberam. Como sabemos? Porque o selo de Apocalipse 7:1-3 é aplicado sobre os servos de Deus, o que demonstra que já são convertidos.

4. Onde, revela Deus, está o Seu selo para os crentes?
Rª: “Guarde o mandamento com cuidado e sele a lei entre os meus discípulos.” Isaías 8:16.
Nota: Alguns cristãos se surpreendem ao ler este versículo. Não obstante, ele se harmoniza plenamente com o Novo Testamento, onde diz: "Ora, sabemos que O temos conhecido por isto, se guardamos os Seus mandamentos. Aquele que diz: Eu O conheço, e não guarda os Seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade" (I São João 2:3, 4). São Paulo disse que a obediência da lei distingue o cristão espiritual do carnal, "por isso o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar, portanto os que estão na carne não podem agradar a Deus" (Romanos 8:7, 8).

Seria bom fazermos uma análise para comprovar a firme certeza do que acabamos de descobrir. Busquemos na lei de Deus ( Êxodo 20:3-17 ) as três características básicas de um selo completo:

Nome;
Cargo;
Jurisdição.
Encontraremos no mandamento que estabelece o dia de repouso.
 5. Quais são as três características do Selo de Deus que encontramos nos Dez Mandamentos?
Texto bíblico: 8 "Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo.
9 Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos,
10 mas o sétimo dia é o sábado dedicado ao Senhor, o teu Deus. Nesse dia não farás trabalho algum, nem tu, nem teus filhos ou filhas, nem teus servos ou servas, nem teus animais, nem os estrangeiros que morarem em tuas cidades.
11 Pois em seis dias o Senhor fez os céus e a terra, o mar e tudo o que neles existe, mas no sétimo dia descansou. Portanto, o Senhor abençoou o sétimo dia e o santificou.” Êxodo 20:8-11.
1. Nome: Senhor Deus
2. Cargo: Criador - ("porque em 6 dias fez o Senhor").
3. Jurisdição: Universo - "(... fez o Senhor os   e a   o   e   o que neles há, e ao   dia   ; por isso o Senhor   o dia de   e o  ".
Nota: A Santa Bíblia ensina o que acabamos de descobrir. Por ex.: Em Ezequiel 20:11 diz Deus: "Também lhes dei os Meus   para servirem de   entre Mim e eles, para que soubessem que Eu sou o Senhor que os santifica." Note que Apocalipse 7:2, 3 diz que o selo ou sinal de Deus teria que ser aplicado na fronte dos servos de Deus, o que na profecia significa na mente, ou seja, aceitação plena. Em Ezequiel 20:20 nos é dito que não o conseguiremos pelo saber, mas por praticar a observância do sábado de Deus." Santificai os Meus sábados, pois servirão de sinal entre Mim e vós, para que saibais que Eu sou o Senhor vosso Deus." O selo de Deus (sábado) na lei, demonstra a autoridade de quem promulgou a lei. O selo no crente (eu decido guardar o sábado como dia de repouso) demonstra a quem pertence esse servo, tem o nome de Deus em sua fronte, lhe pertence.

O SELO NO NOVO TESTAMENTO
 6. Que profecia demonstra que os crentes não-judeus do Antigo Testamento e os cristãos do Novo Testamento recebem por igual o selo da observância do sábado?
Rª: Isaías 56:1-7.
1 Assim diz o Senhor: "Mantenham a justiça e pratiquem o que é direito, pois a minha salvação está perto, e logo será revelada a minha retidão.
2 Feliz aquele que age assim, o homem que nisso permanece firme, observando o sábado para não profaná-lo, e vigiando sua mão para não cometer nenhum mal".
3 Que nenhum estrangeiro que se disponha a unir-se ao Senhor venha a dizer: "É certo que o Senhor me excluirá do seu povo". E que nenhum eunuco se queixe: "Não passo de uma árvore seca".
4 Pois assim diz o Senhor: "Aos eunucos que guardarem os meus sábados, que escolherem o que me agrada e se apegarem à minha aliança,
5 a eles darei, dentro de meu templo e dos seus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos e filhas, um nome eterno, que não será eliminado.
6 E os estrangeiros que se unirem ao Senhor para servi-lo, para amarem o nome do Senhor e prestar-lhe culto, todos os que guardarem o sábado deixando de profaná-lo, e que se apegarem à minha aliança,
7 esses eu trarei ao meu santo monte e lhes darei alegria em minha casa de oração. Seus holocaustos e demais sacrifícios serão aceitos em meu altar; pois a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos".
Nota: Assim como Êxodo 31:16, 17 diz que o sábado seria sinal perpétuo entre Deus e Seu povo, Isaías 56 demonstra claramente que o sinal seria para todo crente, independente de sexo, nacionalidade, raça ou qualquer outra diferença humana. Note que Jesus aplicou esta profecia aos dias do Novo Testamento. (Mateus 21:13; Marcos 11:17; Lucas 19:46).

 7. Qual era o dia de descanso que guardavam nosso Senhor Jesus e a bem-aventurada virgem Maria junto com outras piedosas mulheres? São Lucas 4:16,31
1) Rª: “Ele foi a Nazaré, onde havia sido criado e no dia de sábado entrou na sinagoga, como era seu costume. E levantou-se para ler.” Lucas 4:16.
2) Rª: “Era o Dia da Preparação, e estava para começar o sábado.
As mulheres que haviam acompanhado Jesus desde a Galileia, seguiram José e viram o sepulcro e como o corpo de Jesus fora colocado nele.
56 Em seguida, foram para casa e prepararam perfumes e especiarias aromáticas. E descansaram no sábado, em obediência ao mandamento.” Lucas 23:52-56.
Nota: Apesar da tremenda emergência que significou a morte do seu amado Filho, a bem-aventurada virgem Maria não fez as compras dos aromas para embalsamar a Jesus no sábado, mas esperou o domingo para ungir o Seu corpo. Isto mostra que ela guardava o mandamento do sábado, no qual está o selo de Deus. Outras mulheres piedosas, as quais não puderam comprar na sexta-feira, guardaram o sábado e fizeram as suas compras no domingo. (São Marcos 16:1-2).

AS PROFECIAS ANUNCIAM UM ATAQUE CONTRA A LEI DE DEUS
 8. Assim como em Apocalipse 12:7-9 o grande dragão representa a Satanás em sua rebelião contra Deus, em Daniel 7 o chifre pequeno representa o anticristo, instrumento de Satanás. Que tentaria mudar o chifre pequeno? Daniel 7:25.
Rª: “Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os seus santos e tentará mudar os tempos e as leis. Os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e meio tempo.”
Nota: Nosso Senhor Jesus Cristo foi muito enfático ao declarar que Ele não veio mudar a lei (São Mateus 5:17) e que não autoriza a mudança sequer de uma letra ou sinal enquanto durarem os céus e a Terra (São Mateus 5:18). Portanto, qualquer mudança da lei de Deus não obedece à vontade divina, mas a daquele que se rebelou contra Deus e foi expulso do Céu (Apocalipse 12:7-9). Por isso é que a obediência ao mandamento do sábado se constitui num sinal ou selo de lealdade a Deus (Ezequiel 20:20).

AS PROFECIAS ANUNCIAM A RESTAURAÇÃO DO SÁBADO
 9. O Apocalipse prediz que o remanescente fiel de Deus voltaria a adorá-Lo como o ordena o mandamento do sábado?
Rª: “Então vi outro anjo, que voava pelo céu e tinha na mão o evangelho eterno para proclamar aos que habitam na terra, a toda nação, tribo, língua e povo.
 Ele disse em alta voz: "Temam a Deus e glorifiquem-no, pois chegou a hora do seu juízo. Adorem aquele que fez os céus, a terra, o mar e as fontes das águas". Apocalipse 14:6, 7.
Nota: (Veja Êxodo 20:11). Quando analisamos a razão pela qual devemos respeitar o sábado como dia de repouso, descobrimos que é "porque em seis dias fez o Senhor os céus a terra e o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou". Quer dizer que, apesar do plano do anticristo de mudar a lei e o sábado, haveria uma Igreja fiel que adoraria a Deus como manda o mandamento do Criador.

 10. Quem são os que guardam os mandamentos no Novo Testamento?
Rª: “Aqui está a perseverança dos santos que obedecem aos mandamentos de Deus e permanecem fiéis a Jesus.” Apocalipse 14:12.
Nota: Estes cristãos de Apocalipse 14:12, são aqueles servos de Deus pelos quais o anjo clamava: "Não danifiqueis nem a terra, nem o mar, nem as árvores, até selarmos em suas frontes os servos do nosso Deus" (Apocalipse 7:3). A preposição até sugere que, quando o último sincero receber o sinal do sábado em sua vida, os ventos se soltarão em meio à violência descrita em Apocalipse 11:18, e o Senhor virá para destruir "os que destroem a Terra".


A MINHA DECISÃO - Decido colocar a minha vida nas suas mãos e pedir-Lhe forças para obedecer a cada um de Seus mandamentos.