quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ESTUDO DE APOCALIPSE 15

Podemos ver a crise final no capítulo 14 quando estas uvas se juntam à volta da cidade. Deus derrama sobre eles a Sua ira. E o que é, na verdade, a ira de Deus? Sem dúvida alguma que são as pragas – v.1.
Depois desta crise, quando os justos estão na cidade protegidos por Deus e os injustos do lado de fora, onde estes justos se encontram mais especificamente? A resposta é: - “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, da sua imagem, do seu sinal e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro e tinham as harpas de Deus” – v.2. Estes encontram-se na “montanha”, isto é, no reino eterno, no Céu. Devemos acrescentar um pormenor que não se descreveu anteriormente. O capítulo 14 terminou a falar do grande lagar da ira de Deus. Agora, após os salvos estarem no monte Sião são descritas as pragas “onde são consumadas a ira de Deus”. O relato volta, de novo, atrás para falar do quanto se passou quando a ira de Deus foi derramada.
Como é possível descrever os justos no Céu, que é um evento posterior, quando nada se sabe das pragas – a ira de Deus – que deverá acontecer anteriormente? A seguir, o vidente de Patmos volta atrás para explicar o porquê do quanto foi dito, antecipadamente. Em 1º lugar – João fala do resultado da ocorrência – o efeito das pragas; em 2º lugar – o vidente conta o que, na verdade, aconteceu para explicar o que foi relatado anteriormente. Aqui, neste capítulo, as pragas não são abordadas. Neste capítulo fala-se de um período em que o templo já terminou a sua actividade intercessora a favor dos pecadores, ou seja – o fecho da Porta da Graça187 – o qual ocorrerá, obviamente, antes da 2ª vinda de Cristo.
No versículo 8 é  dito: - “E o templo encheu-se com o fumo da glória de Deus e do seu poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumasse as sete pragas dos sete anjos”. Este texto refere que o templo se encheu de fumo; mas qual a razão para este facto? Isto significa que, no templo, já não existe mais ministério de intercessão. É o fecho da porta da Graça.

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

OS SETE SELOS DO APOCALIPSE

No capítulo 5 do Apocalipse, João descreve a cena em que Jesus toma o livro selado da mão de Deus sob uma aclamação nunca antes vista no Universo. Neste, vamos vê-Lo abrir os selos, um por um. O capítulo 6 trata dos seis primeiros selos, o sétimo será explorado no capítulo 8 de Apocalipse. Ao invés de palavras ditadas por Jesus, João agora visualiza cenas. Assim, como em outros capítulos, a simbologia é bastante utilizada. É importante citar que a seqüência profética e simbólica dos sete selos relaciona-se com o mesmo terreno coberto pela profecia das sete igrejas, mas dando ênfase a outros eventos.

As profecias do Apocalipse não são sucessivas, mas repetitivas; isto é, elas são reafirmadas cobrindo os mesmos períodos de tempo. Os sete selos, por exemplo, e as sete trombetas cobrem o mesmo período das sete igrejas.
O princípio de interpretação profética destacado pelo próprio Senhor Jesus é que somente quando a profecia encontra o seu cumprimento é que pode ser plenamente compreendida. Três vezes Jesus disse isso no cenáculo: “Eis que vos tenho dito antes que aconteça, para que quando acontecer possais crer” (Jo 14:29, 13:19 e 16:4).

O propósito do cumprimento das profecias é fortalecer nossa fé.
Os quatro cavalos e suas diferentes cores – conforme descrito nos quatro primeiros selos – representam as quatro primeiras fases da igreja cristã (Éfeso, Esmirna, Pérgamo e Tiatira).
Os quatros cavaleiros do Apocalipse
O primeiro selo
Apocalipse 6:1: “Vi quando o Cordeiro abriu um dos sete selos, e ouvi um dos quatro seres viventes dizer, como se fosse voz de trovão: Vem!”
Apocalipse 6:2: “Olhei, e vi um cavalo branco. O seu cavaleiro tinha um arco, e foi-lhe dada uma coroa, e ele saiu vencendo, e para vencer.”
O cavalo branco simboliza pureza e vitória. Cristo é o cavaleiro.

Nos dias em que o Apocalipse foi escrito, o cavalo era o meio mais rápido de comunicação (como o e-mail, hoje). Além disso, a cavalaria era a principal arma de guerra. Cavalo, portanto, é símbolo do poder e da rapidez necessários à pregação do evangelho; tarefa incumbida ao povo de Deus. A cor branca era símbolo de vitória sobre o inimigo.
A mesma figura é aplicada na profecia que menciona a segunda vinda triunfal de Cristo, que o apresenta vindo à Terra vestido de branco e cavalgando um cavalo branco.

O cavalo de cor branca é uma alusão aos triunfos da igreja apostólica, no período de 34 a 100 d.C. A igreja cristã era pura na doutrina porque foi conduzida diretamente por Cristo. O arco que o cavaleiro trazia, nos dias antigos, era uma arma de ataque; um poderoso instrumento de guerra. A grande munição dos exércitos daquele tempo eram as flechas.

Ao sair para a batalha, o cavaleiro recebe uma coroa. Enquanto os vencedores deste mundo recebem a coroa somente após a vitória, Cristo, o cavaleiro do primeiro selo, recebe a coroa antecipadamente, como evidência segura de Sua vitória.

O segundo selo
Apocalipse 6:3: “Quando o Cordeiro abriu o segundo selo, ouvi o segundo ser vivente dizer: Vem!
Apocalipse 6:4: “Então saiu outro cavalo, vermelho. Ao seu cavaleiro foi dado tirar a paz da terra para que os homens se matassem uns aos outros. Também lhe foi dada uma grande espada.”

O cavalo vermelho simboliza sangue, corrupção e pecado. O cavaleiro representa o Império Romano pagão.

O segundo selo apresenta a igreja em estado de corrupção. A cor vermelha, em se tratando de vida espiritual, simboliza o pecado. “Ainda que os vossos pecados sejam vermelhos como o carmesim…” (Is 1:18).
A igreja incorporou doutrinas pagãs e abandonou a pureza da verdade. Este período do segundo selo, de corrupção dos princípios básicos da igreja, estendeu-se do ano 100 ao ano 313 d.C.

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Apostasia: O Engano Final e Seu Antídoto

Nos bastidores do mundo espiritual estão forças que lutam contra as almas dos homens no grande conflito entre Cristo e Satanás [1] (Efésios 6:12). As Escrituras revelam o jogo e o contra jogo destas forças ao longo da história sagrada até o retorno de Cristo e o estabelecimento de Seu reino (Daniel 2:44). É importante para nós sabermos onde estamos no esquema das coisas a fim de estarmos preparados para assumir uma posição do lado certo. Aqueles que não fazem nada, mas se sentam em cima do muro, estão em perigo de serem arrastados pelas ilusões espiritualistas que estão para vir sobre o mundo (Mateus 24:24). Deus nos deu a luz de Sua Palavra, para guiar nossos passos e iluminar nosso caminho (Salmo 119:105). Os enganos e filosofias do espiritismo, cada vez mais se infiltram na igreja, assumindo o manto de sagrado, até que um dia a igreja se tornará um antro de demónios (Apocalipse 18:2)! Deus nos deu advertências em Sua Palavra para nos proteger e guiar, ninguém será enganado, sem primeiro ouvir e rejeitar a verdade (2 Tessalonicenses 2:11-12). Se nós sinceramente desejamos saber a verdade então, devemos conhecer a doutrina a fim de estarmos seguros (João 7:17).
Espiritismo é, essencialmente, rebelião contra Deus. As pessoas são atraídas a ele com alguma promessa de riqueza material, fama, poder, felicidade ou conhecimento especial. Quando alguém se afasta de Deus, seguindo por esse caminho, acaba em um estado de escuridão. As forças espirituais por trás do espiritismo estão elas próprias acorrentadas nas trevas e na rebelião contra Deus (2 Pedro 2:4), então é natural que quem entre no seu território também fique acorrentado à escuridão. Isto leva a um estado ilusório, onde as pessoas acreditam que o certo é errado e o errado é certo (Isaías 5:20); elas pensam que podem viver como querem e, ao mesmo tempo driblarem a morte e o julgamento final (Isaías 28:15-18). Mas a hora do juízo virá, e a Babilónia cairá de repente diante de seus olhos (Apocalipse 18). Então, será demasiado tarde para se escapar da destruição, não haverá bálsamo para aqueles que por suas próprias ações se destruíram. Precisamos estudar com cuidado o que as Escrituras dizem sobre os enganos do tempo do fim para que não fiquemos presos na sua rede. Quaisquer que sejam as promessas que a estrada para Endor ofereça, ela termina em problemas, vazio, trevas e destruição. A estrada larga pode parecer atraente (Mateus 7:13-14), mas falta a companhia vital de Cristo, que deu a Sua vida e derramou Seu sangue pelos pecadores. Ele trilhou o caminho estreito, que não promete riqueza, fama ou poder, mas, no entanto, leva a uma cidade eterna e a uma recompensa incalculável (Hebreus 11:10). O salário do pecado é a morte mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna (Romanos 6:23), é isso que oferece o caminho estreito, companheirismo com Deus e uma existência eterna no paraíso (Apocalipse 21:3-4).
Em Sua Palavra, Deus traçou uma última mensagem de advertência ao mundo antes de aparecer essa enganação final (Apocalipse 14:6-12). Esta mensagem (a mensagem dos três anjos) é o antídoto perfeito para os enganos espiritualistas do tempo do fim. Tudo o que uma nega a outra mensagem afirma como descrita neste livro. A doutrina “sem lei” dos demónios é finalmente uma negação de Cristo como nosso Salvador (1 Timóteo 4:1, 1 João 2:22-23). Jesus é o verdadeiro Deus, o Salvador da humanidade, e o único nome debaixo do céu pelo qual os homens podem ser salvos (Atos 4:12).

Às vezes as pessoas são enredadas no espiritualismo sendo impossível escapar sem ajuda divina ou, em alguns casos, orações de intercessão de pessoa(s) justa(s) [2] (Tiago 5:16). Seria muito prudente não se envolver em tais coisas (Provérbios 28:26). Espero que este livro ajude a orientar as pessoas a se manterem longe dos perigos e torne os leitores conscientes das questões em jogo. Como diz o ditado, olhe antes de saltar!
Nós precisamos ser cuidadosos na forma de abordar o espiritismo; nossos passos precisam ser guiados pela Palavra de Deus e oração; isso será cada vez mais importante à medida que nos aproximamos do fim dos tempos. Alguns cristãos têm perdido o seu caminho entrando em território inimigo, pensando que eles eram fortes o suficiente para combater as forças das trevas [3], eles correm para lugares onde anjos temem pisar. Quando nos movemos com Jesus ao nosso lado, não temos nada a temer, porque Ele venceu as forças das trevas:

“e, tendo despojado os principados e potestades, os exibiu publicamente e deles triunfou na mesma cruz” (Colossenses 2:15).

A Natureza do Engano Final

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

MIL ANOS DE PAZ E O GLORIOSO FINAL.

"E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já se foram o primeiro céu e a primeira terra, e o mar já não existe." Apocalipse 21:1.
Muitas pessoas que já aceitaram a maravilhosa promessa do retorno de Jesus e O estão aguardando com grande expectativa ficam se perguntando sobre o que ocorrerá depois desse espectacular acontecimento. "Será que nos tornaremos anjos?" Questionam alguns: "Viveremos aqui nesta terra?" Outros: "E quanto à ressurreição dos mortos; “Será possível que aconteça, já morreram há tantos anos?” “Ah! E o que fará Deus com Satanás e os seus demónios?". Todas estas questões são pertinentes e merecem uma resposta fundamentada nas Escrituras, mas, para simplificar o nosso estudo, vamos resumi-las na seguinte pergunta: o que acontecerá logo depois que Jesus regressar? Recorramos à Bíblia em busca de uma resposta segura.
Quando esteve fisicamente entre nós, por ocasião do Seu primeiro advento, nosso Senhor Jesus Cristo fez menção a 2 ressurreições: "Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a Sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo." João 5:28 e 29. E o livro de Apocalipse, no seu vigésimo capítulo, explica que essas ressurreições estão separadas por um período de mil (I.000) anos. Assim, a ressurreição da vida terá lugar no início do milénio e a ressurreição do juízo, também denominada de ressurreição da condenação, ocorrerá no final daquele período. Vejamos as evidências bíblicas para tais conclusões.

PRIMEIRA RESSURREIÇÃO.
Em Apocalipse 20:6 encontramos a seguinte declaração: "Bem-aventurado e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele os mil anos.". Dessa passagem fica evidente a ideia de que serão os justos que tomarão parte na primeira ressurreição, pois é dito que quem dela participa é bem-aventurado e santo; também é dito que eles reinarão com Cristo os 1.000 anos, o que indica que a ressurreição dos fiéis terá lugar no começo do período milenar. Essa ressurreição ocorrerá por ocasião do segundo advento do Salvador, senão, vejamos os seguintes esclarecimentos do apóstolo Paulo: "Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor." I Tessalonicenses 4:16 e 17. Nessa passagem, além de explicar o que se dará com os justos mortos, Paulo também projeta certa luz sobre a situação dos justos vivos. Os fiéis adormecidos ressuscitarão e os que já estiverem vivos formarão um só grupo com os ressurrectos e ascenderão nas nuvens para o encontro do Senhor nos ares. Porém, antes que possam ser conduzidos pelos anjos para perto do Salvador, os justos vivos serão transformados: "Eis que vos digo um mistério: Nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade." I Coríntios 15:51-53. Todas as doenças e deficiências físicas serão removidas. Que maravilha! É o presente de Deus para todos aqueles que, mesmo sofrendo das mais terríveis moléstias, guardaram a fé e não perderam a esperança. Oh, incomensurável amor! Não há palavras para descrevê-lo!

SEGUNDA RESSURREIÇÃO.
"Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil anos." Apocalipse 20:5. Quem são esses "restantes dos mortos"? Visto que os justos adormecidos foram despertados pelo soar da trombeta de Deus na segunda vinda de Cristo, os "restantes dos mortos" só poderiam ser os ímpios, ou seja, aqueles que se mantiveram rebeldes a Deus e ao Seu Evangelho. Esses só despertarão no final do milénio; não para receberem a vida eterna, mas para serem destruídos. Essa é a segunda ressurreição, denominada de "ressurreição do juízo".

Mas, e o que dizer dos ímpios que estiverem vivos quando Jesus voltar? O que lhes sucederá? A Bíblia responde com precisão: serão destruídos pelo resplendor da glória de Cristo. Veja o que diz

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Cristo é o centro de todas as profecias

Para ilustrarmos este princípio, vejamos alguns excertos da Palavra de Deus.
a) Gálatas 3.16
“Ora, as promessas foram feitas a Abraão e à sua posteridade. Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo”. Como podemos ver, aqui está dito que Deus fez a Abraão algumas promessas. E quais foram elas? Uma delas é: - “E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção” – Génesis 12.2; uma outra, logo a seguir: - “(…); e em ti serão benditas todas as famílias da terra” – v.3; ou: - “E em tua semente serão benditas todas as nações da terra; porquanto obedeceste à minha voz” – Génesis 22.18; e ainda: - “Porque toda esta terra que vês, te hei-de dar a ti, e à tua semente, para sempre” – Génesis 13.15.
Todas estas promessa visavam uma terra, mas qual? Para a cristandade, em geral, esta terra tem que ver com Israel. Mas, a promessa de Deus está muito para além, geograficamente falando desta dita terra de Israel. Não só lhe foi prometido que dele sairia uma grande multidão, como também uma grande bênção sobre Israel. Vejamos o texto Paulino que assim se expressa: - “Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão, ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé” – Romanos 4.13. À luz deste texto, qual era a terra que Deus prometeu a Abraão? Tal como ele próprio refere – o mundo. Sim, ele seria, na verdade uma bênção para todas as nações.
Voltemos, de novo, ao texto inicial - a epístola aos Gálatas 3.16 – exposto acima. Sem será, na verdade, a posteridade do patriarca Abraão? Será um qualquer governante actualmente em Israel tenha ele o nome que tiver? Este, apesar de ser natural desta terra, segundo a Palavra de Deus, um judeu que não aceita Cristo não é, de modo algum, um verdadeiro descendente de Abraão. Os verdadeiros descendentes deste patriarca são, única e somente, todos aqueles que se unem a Jesus Cristo. A Igreja – o Israel de Deus (Gálatas 6.16) – está vinculada a Cristo; esta Igreja não é uma Igreja local, mas de âmbito mundial. Na verdade, à luz deste contexto, esta terra é, como facilmente se compreenderá – o mundo. Mais tarde, quando abordarmos o capítulo 11 do livro do profeta Daniel, aqui encontraremos, como não podia deixar de ser, terminologia israelita, a saber: Sião, Jerusalém, Mar Mediterrâneo. Mas, isto não significa que tudo ali descrito se desenrolará num palco local, pela simples razão de que Israel, nos dias de hoje, é, repetimos uma vez mais, de âmbito mundial. Em termos proféticos, estes nomes são meros símbolos, tais como: rei do Norte, rei do Sul, o mar, o monte de Sião.
Retomando o texto de Gálatas 3.16 – “(…). Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: E à tua posteridade, que é Cristo”. Qual é a única semente de Abraão? Segundo o texto, ela é – Cristo. E quanto a nós, qual será o nosso lugar em tudo isto? Vejamos para um cabal esclarecimento da situação, a continuação do texto Paulino, um pouco mais à frente: - (v. 28)- “Nisto, não há judeu nem grego; não há servo nem livre; não há macho e fêmea porque todos vós sois um em Cristo Jesus. (29)- E, se sois de Cristo, então sois descendentes de Abraão, e herdeiros conforme a promessa”. Como foram cumpridas as promessas que, no passado, foram feitas a Abraão e através de quem? Não, certamente, de Isaque, que mais não era do que um símbolo, mas de Cristo, o seu total cumprimento. Alguns pensam que Deus colocou os judeus em Israel em 1948; mas estes, obviamente não crêem nem aceitam Cristo. Assim sendo como é que nestes se poderá cumprir a promessa, segundo a qual, Deus dará a terra a Israel? Um verdadeiro contra-senso.
O estabelecimento da nação, do Estado de Israel não é, de modo algum, o cumprimento de nenhuma profecia. Porque, para que Deus possa, na verdade cumprir a Sua promessa, as profecias, o povo judeu tem que crer e aceitar Cristo. Estas, de modo algum se estão a cumprir com o povo judeu literal, mas sim com os verdadeiros descendentes de Abraão, ou seja, os que se unem a Cristo. Na verdade, quantos de nós somos israelitas? Pelos parâmetros modernos a pergunta não tem qualquer sentido, pois não só não temos características físicas deste povo, como não vivemos em solo israelita. Assim sendo, se os israelitas ou judeus, são espirituais – os membros da Igreja - então, a terra onde estes vivem também deverá ser Jerusalém espiritual, tal como os seus inimigos – de âmbito mundial.
b) Romanos 2.28,29
(v.28)- “Porque não é judeu o que o é exteriormente, nem é circuncisão a que o é exteriormente, na carne. (29)- Mas é judeu o que o é no interior, e circuncisão a que é do coração, no espírito, não na letra; cujo louvor não provém dos homens, mas de Deus”. Aqui vemos, uma vez mais reforçada a ideia de que qualquer governante ou cidadão de Israel não é judeu. A Igreja, tal como já dissemos, ao englobar os cristão ela representa na sua totalidade o povo judeu aos olhos de Deus. O que diferencia, segundo as Sagradas Escrituras, um judeu de um outro homem é a circuncisão que, segundo o estipulado na lei, era aplicada na criança no 8º dia 24 após o seu nascimento; esta significava a pertença, “a incorporação no povo de Deus”. Mas, biblicamente falando, ser judeu é ser circunciso de coração, dito por outras palavras – convertido. Mas, convertido a quem? Será que poderá existir uma verdadeira conversão sem que creiamos em Cristo? Poderemos estar convertidos sem O conhecermos? Ou confundimos estar convertidos com estar convencidos? Conhecemos a obra ou o Senhor da obra? A confusão por vezes instala-se e é a desgraça! Pois pensamos que não é possível estarmos convertidos sem O conhecermos verdadeiramente. No episódio com Nicodemos27 Jesus o mostrou claramente: - “(…) todo aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” – João 3.5. E quem é este Espírito Santo? Este é, segundo as Sagradas Escrituras, o r

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

As Chaves deste Sangue – A Igreja Católica Romana e o Poder

A Igreja Católica romana é hoje, mais do que nunca, uma força que será preciso ter em conta, pois move-se como ninguém no seu meio ambiente preferido, onde ela é mestre e exímia devido à sua larga experiência de séculos – o xadrez político. Como material de base reportar-nos-emos a um volumoso livro escrito por um teólogo jesuíta chamado Malachi Martin, que foi professor na Universidade Pontifícia, no Vaticano. Este escreveu o livro que fazemos referência, na década de 1980, acerca desta mesma problemática. O livro, todo ele, é sugestivo, pois desde logo, na capa, tem a figura da personagem mais importante, politicamente falando, do passado recente – o Papa João Paulo II.394
Como se isto não bastasse, o título do livro em causa é, de igual modo, tremendamente sugestivo: - “As Chaves deste Sangue”. Este tem como subtítulo algo ainda mais extraordinário para um livro de aparência religiosa. Eis o subtítulo em causa: - “O Papa João Paulo II versus Rússia e o Oeste para controlo da Nova Ordem Mundial”. Isto dito por outras palavras, teremos: - a luta pelo domínio do mundo entre: João Paulo II, Mikhail Gorbatchev e o Ocidente capitalista (U.S.A). Abramos aqui um breve parêntesis para analisarmos a, desde já, alguns excertos do livro em causa:
1ª- A competição será a nível global, segundo o autor, entre estas três partes beligerantes, politicamente falando. Diz ele que: - “a vida individual dos cidadãos, das famílias, do comércio, dinheiro, sistemas de educação, religiões e culturas e a identidade nacional, tudo será poderosa e radicalmente alterado para sempre. Ninguém pode estar isento dos seus efeitos. Nenhum sector das nossas vidas será intocável”.
2ª- Ele, o autor, dá um passo em frente na explanação dos seus argumentos e refere que, nesta competição – “o pontificado de João Paulo é o vitorioso nesta competição”.
3ª- Assim, princípios como a “separação da Igreja do Estado foi a causa da ruína moral do Ocidente”. Curiosamente, o Espírito de Profecia, a este propósito refere, exactamente, o contrário – “Foi também concedida liberdade de fé religiosa, sendo permitido a todo o homem adorar a Deus, segundo os ditames da sua consciência. Republicanismo e protestantismo tornaram-se os princípios fundamentais da nação. Estes princípios são o segredo do seu poder e prosperidade”. Nesta qualidade é necessário restabelecer o que se perdeu – moral e espiritualmente – falando. Assim: - “Os valores da libertação e liberdade são garantidos por valores elevados”. Continuando o autor a dizer que: - “A santidade é o objectivo não só das pessoas, mas também das instituições humanas. Tudo isto, claro, é rejeitado pelo actual secularismo”.
Claro, perante a falência dos sistemas políticos, qual será a potência que garante a estabilidade de todos estes valores morais e espirituais? A resposta, para a época, estava no pontificado de João Paulo II – na medida em que “João Paulo II é não só a cabeça espiritual de um corpo mundial de crentes, mas também o líder executivo de um Estado soberano que é membro reconhecido da sociedade de Estados do final do século vinte. Com um objectivo e uma estrutura política? Sim, com um objectivo e uma estrutura geopolítica. Pois, em análise final, João Paulo II, reclamando o título de Vigário de Cristo também reclama ser o tribunal de última instância da sociedade de Estados enquanto sociedade”.
4ª- Alguns ao caracterizarem o papa João Paulo II, dizem: - “Neste século, este Papa é, certamente, depois de Pio XII, o mais fervoroso devoto da Virgem no trono de S. Pedro”. Isto tem que ver como Malachi Martin descreve a relação do 3º segredo de Fátima com o papado – João Paulo II.402 Ao contexto próximo estão ligadas algumas vertentes, tais como: 1ª- a consagração da Rússia; 2ª- o atentado que este papa foi alvo, etc. O papa, ele mesmo refere, a propósito: - “uma mão que puxou o gatilho e uma outra mão materna que guiou a trajectória da bala”. < (…). A piedade mariana de Wojtyla (João Paulo II) torna-se cristocêntrica. Torna-se o próprio sofrimento de Cristo na cruz>”.
Este terceiro segredo de Fátima foi analisado por três papas e, segundo Malachi Martin: - “João XXIII achou que os acontecimentos ali relatados não tinham relevância para o seu pontificado (…). Paulo VI