terça-feira, 31 de maio de 2011

O PRIMEIRO DIA: O SONHO ESQUECIDO - A ESTÁTUA (Daniel 2:1-49)



Na verdade, é impossível estudar o livro do profeta Daniel sem nos maravilharmos da extraordinária precisão dos detalhes históricos, políticos e religiosos revelados por Deus ao seu profeta séculos antes de tudo acontecer.
A razão de ser do profetismo é a de nos fazer conhecer a vontade última do Deus que só Ele conhece. Efectivamente a profecia é isto mesmo, tal como o revela e define claramente o profeta Amós ao dizer: - “Certamente o Senhor Jeová não fará coisa alguma sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” – Amós 3.7.
Seja agradável ou desagradável o quanto Deus tem para revelar à criatura, o profeta deverá ser o veículo desta informação. Sempre existiram dois tipos de profetas: 1- falsos; 2- verdadeiros. Antes de abordarmos o tema que nos ocupa, abramos um pequeno parêntesis para vermos no Antigo Testamento alguns exemplos de verdadeiros e de falsos profetas:
a)- I Reis 22.1-38
Recordaremos aqui o interessante episódio passado entre o rei de Judá Jeosafá e o rei de Israel Acabe ao se coligarem para fazerem guerra à Síria.
Antes de empreenderem tal propósito, Jeosafá, rei de Judá, quis saber qual a vontade de Deus (v. 5) e, para o efeito, Acabe juntou cerca de 400 profetas. Estes, a uma voz disseram ao rei: - “sobe, porque o Senhor a entregará na mão do rei” – v. 6. Estes comportaram-se como “profetas da corte”, profetas funcionários de Estado “cuja função era de dizer ao rei, aos príncipes e aos poderosos deste mundo o que eles aguardavam, o que eles esperavam e o que eles gostavam de ouvir”.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

O SEGUNDO DIA: OS QUATRO ANIMAIS E UM TRIBUNAL (Daniel 7)

Encontramo-nos numa fase crucial na vida do profeta. Satanás utilizou todos os meios à sua disposição para silenciar o profeta de Deus, pois esta voz era muito incómoda para os seus planos e era preciso silenciá-la para todo o sempre. Os seus intuitos foram, um por um, anulados por Deus para que o profeta, ao ser preservado ao longo das provas anteriores – cap. 1 ao 6 – agora, estivesse pronto para inaugurar o ciclo de visões proféticas visando a trajectória do povo de Deus, ao longo dos séculos, até à gloriosa vinda do Senhor Jesus.
À medida que avançarmos, retomar e reforçar, aqui e ali, o que já aflorámos no decorrer deste trabalho para que, à medida que formos avançando se torne cada vez mais clara a nossa compreensão de quem é quem, neste caso específico – o chifre pequeno – sem qualquer receio de errar nas propostas a apresentar, as quais conduzirão o leitor a uma clara convicção acerca da origem, natureza e propósito deste poder contrário às Escrituras.
Ao longo do estudo deste capítulo iremos ver a continuidade do quanto pudemos ver no capítulo anterior – a estátua – para que possamos saber, à medida que avançamos este Poder contrário a Deus que actuará, sob diversas formas até à gloriosa vinda de Cristo. Assim, o que iremos fazer, desde já, é procurar algumas evidências, à luz das quais possamos concluir com segurança que esta personagem é, inquestionavelmente, a entidade que queremos mostrar. Consequentemente iremos mergulhar nas Sagradas Escrituras para que possamos sublinhar estas mesmas evidências que caracterizam este Poder que se manifesta de diferentes maneiras. Finalmente, a soma de todas as evidências encontradas nos mostrarão, claramente, a identidade que, tal como já vimos, apresenta-se, sub-repticiamente, como um modesto – barro de oleiro.
Façamos, desde já, ao iniciarmos este capítulo, um breve resumo do capítulo anterior, da estátua que era a figura principal do sonho do rei Caldeu:
Como podemos ver, na parte final da estátua (os pés), nestes encontramos ainda o elemento ferro, o que significa que Roma ainda está presente. A seguir, vimos que estes pés têm 10 dedos, ou seja, as correspondentes divisões do Império romano devido às incursões bárbaras – continuando a ser Roma. A seguir a esta fase – Roma dividida - irá juntar-se um outro elemento estranho – barro de oleiro – que representa a Igreja. Nesta última fase de Roma a Igreja unir-se-á a o Poder civil (Estado) apesar destes elementos serem totalmente incompatíveis (Ferro/Barro). De seguida, eis que surge, “no tempo destes reis” uma estranha “pedra” a qual representa o juízo e a 2ª vinda de Cristo; devido ao impacto desta aparecerá uma grande montanha que, representa, por sua vez, a implantação do reino eterno de Jesus Cristo, reino que será estabelecido após o período dos 1000 anos – cf. Apoc. 20. Na sucessão de todos estes elementos podemos ter um vislumbre do que acontecerá desde o rei Nabucodonosor até ao estabelecimento deste reino eterno de Cristo.
A visão
O texto bíblico e refere que foi mostrado ao profeta, em visão, que “os quatro ventos do céu combatiam no mar grande” – v. 2. Comecemos, desde já, por considerar estes dois elementos importantes - ventos e mar - que servem de base para todo o cenário que se segue.
a)- quatro ventos: - a referência aqui feita a estes quatro ventos é uma alusão subentendida dos quatro pontos cardiais (Norte, Sul, Este e Oeste). Estes ventos que agitam o mar, na profecia simbólica, são usados para representar: contendas, guerra, movimentações políticas, diplomáticas e militares – cf. Jeremias 49.36; Zacarias 6.1-5; – necessárias para a mudança de um Império para o outro.
b)- águas: - na Bíblia, quando a profecia se refere a águas, está a referir-se a “povos, multidões, nações, línguas” – cf. Jeremias 46.7,8; Isaías 8.7; 17.12,13; Apocalipse 17.15.
Estes elementos dados pelo profeta, indicam que haverá guerra entre as nações. Estas lutas são necessárias e, ao mesmo tempo, inevitáveis, pois nenhuma potência quer perder a supremacia adquirida. Desde já, estes primeiros elementos deixam antever uma clara sucessão de Impérios, tal como tinha sido anunciado no sonho de Nabucodonosor - a estátua – do capítulo 2. Os acontecimentos a que Daniel se refere, decorreriam na zona de maior aglomeração de população da época – a bacia do mar Mediterrâneo. Passemos agora à apreciação dos diferentes símbolos correspondentes aos sucessivos Impérios.
A- Os diferentes animais
O texto continua a fornecer alguns elementos que visam uma maior e melhor compreensão do que se seguirá, referindo que: - “quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar” – v. 3. Mas, qual o significado destes “animais”, o que é que eles representam? O profeta revela-nos que “são quatro reis que se levantarão da terra” – v. 17. Portanto, estes animais são “diferentes uns dos outros”, isto quer dizer que cada um tem um corpo próprio que o distingue dos demais. Na realidade histórica, cada monarquia universal tem o seu próprio território.
1) O leão
O primeiro animal do texto bíblico é caracterizado da seguinte maneira – “um leão que tinha asas de águia (…) que lhe foram arrancadas (…); foi levantado da terra e posto em pé como um homem e foi-lhe dado um coração de homem” – v. 4. A imagem do leão é símbolo de força, pois é o rei dos animais – Provérbios 30.30. A representação de Babilónia por este animal era familiar ao profeta Jeremias: - 49.19; 50.43,44. Este animal tinha asas de águia, a rainha das aves, a qual ilustra a rapidez das conquistas dos babilónios sob Nabucodonosor – Habacuque 1.6-8.
Depois, as asas foram arrancadas, denunciando que tanto a audácia como o espírito de conquista desapareceriam. Na realidade, a sucessão rápida dos soberanos em Babilónia muito contribuiu para o enfraquecimento e desaparecimento de tal esplendor.68 Um outro pormenor é acrescentado “foi levantado da terra e posto em pé como um homem e foi-lhe dado um

SEGUNDO DIA: OS QUATRO ANIMAIS E UM TRIBUNAL (Daniel 7) B

Ordem Histórico/Humana A medida de tempo que conhecemos está relacionada com o movimento dos astros e, consequentemente, o comprimento deste tempo tem uma explicação astronómica. Assim sendo podemos perceber alguns ciclos:
1º- O ciclo diário – Segundo esta ciência, o dia tem a duração de 24 horas. Este é o tempo que o nosso planeta precisa para dar uma volta completa no seu eixo.
2- O ciclo mensal – A mesma ciência dá-nos a conhecer este se desenvolve, sensivelmente, ao longo de 30 dias, ou seja, este é o tempo que a Lua demora a fazer uma revolução completa em torno da Terra.
3- O ciclo anual – Uma vez mais, a astronomia ensina-nos que este tem a duração de 365 dias + ¼ do dia, ou seja, o tempo resultante da Terra a efectuar uma revolução completa em torno do Sol. Devido ao excedente dos 365 dias é por isso que existe um ano bissexto em cada 4 anos.
4- O ciclo semanal – Este é totalmente diferente dos anteriores. A mesma ciência, curiosamente, acerca deste ciclo é simplesmente – MUDA! De onde teria vindo este ciclo de 7 dias? Pois este poderia ter 5, 10, ou mais dias.163 Mas, porquê 7 dias se não têm qualquer relação com os astros?
A nossa curiosidade é estimulada ao ponto de nos perguntarmos; - afinal, de onde vem este ciclo de 7 dias? Fora do relato bíblico, o silêncio deste é total.164 Ao olharmos para o relato da Criação – Génesis 1 e 2 – como cristãos, será que cremos que Deus poderia ter chamado à existência, caso fosse este o Seu plano, este mundo num só instante? 165 Claro, porque para Ele nada é impossível – cf. Lucas 1.37. Mas Ele decidiu criar este mundo em 7 dias de 24 horas cada um, porquê? Porque é que Ele deu uma e outra voz de comando e no final de cada uma delas deixou passar um espaço de 24 horas? Pensamos que a razão é muito simples, pois era Seu propósito criar um ciclo semanal para a obra-prima das Suas mãos – o homem.

SEGUNDO DIA: OS QUATRO ANIMAIS E UM TRIBUNAL (Daniel 7) C

Ordem Bíblica
Na afirmação feita acima - “Criação nova, inaugurada na Ressurreição de Cristo”, qual será a relação que esta terá com o “Sábado” para que este último seja substituído pelo Domingo? Na verdade, quando é invocado por todas as confissões religiosas a mudança do Sábado para o Domingo, esta mudança terá qualquer apoio bíblico? Para que estejamos claramente firmados na rocha, que é a Palavra de Deus, vejamos:
Na verdade, esta dita “Criação nova, inaugurada na Ressurreição de Cristo”, para que não seja considerada mais do que simples palavreado humano deverá estar atestada nas Sagradas Escrituras, pois assim manda a mais elementar coerência e honestidade intelectual. O que para nós é o Domingo, as Sagradas Escrituras unicamente o conhece por – 1º dia da semana – nada mais. Existem unicamente oito referências ao 1º dia da semana e, todas elas, no Novo Testamento. Iremos analisá-las e submeter, cada uma delas, a três perguntas para vermos se estes diferentes textos lhes dão uma resposta satisfatória. As perguntas são: - 1ª- Diz este texto bíblico que o Domingo ocupa o lugar do Sábado, como dia de repouso? 2ª- Diz este texto bíblico que o Domingo é um dia santo, que foi santificado e que deve ser guardado? 3ª- Há alguma indicação dada por Cristo, ou pelos apóstolos de que o Domingo deva ser

quarta-feira, 25 de maio de 2011

SEGUNDO DIA: OS QUATRO ANIMAIS E UM TRIBUNAL (Daniel 7) D

O juízo investigativo, no céu.
- “Eu continuei olhando, (…) e um ancião de dias se assentou” – v. 9ª. A expressão é mais uma descrição do que um título, pois refere-se a Deus, o Pai. Este entra em cena e o julgamento começa.
– “(…) assentaram-se os juízes” – v. 10b. Estas palavras implicam, como facilmente se compreenderá, uma postura que visa a apreciação sobre um certo número de casos.
- “(…) e abriram-se os livros” – v. 10. Depois de ser descrito o tribunal, o juízo que se seguirá é, manifestamente, investigativo ou fase pré-advento, devido à alusão da abertura dos registos (livros) que se encontram no céu. A abertura destes livros é importante, na medida em que estes contêm informações que deverão ser examinadas.
A questão que importa esclarecer é: - quem é que será investigado? Neste inquérito preliminar “os únicos casos a serem considerados são os do povo de Deus” – cf. I Pedro 4.17. Deus é o supremo juiz, enquanto que o papel de Cristo é o de Advogado e, em simultâneo, de Mediador – I Timóteo 2.5; Hebreus 9.11-15,23-26; I João 2.1. Tal como o texto refere – Daniel 7.18,27 - devido ao prévio exame dos seus casos, os santos receberão o reino como herança, após o julgamento; e só assim se compreenderá tal gesto. Assim, devido a este facto, “todos quantos desejem que o seu nome seja conservado no livro da vida, devem, agora, nos poucos dias de graça que restam, afligir a alma diante de Deus, em tristeza pelo pecado e em arrependimento verdadeiro”.
O juízo investigativo que tem por objectivo recapitular a obra da Graça e de justificar o carácter de Deus, “deve efectuar-se antes do segundo advento do Senhor”, antes: 1- que recaia a sentença sobre o pecado e pecadores; 2- da instauração de um mundo novo. Por isso, o povo de Deus é admoestado a “ter agora os olhos fixos no santuário celeste, onde se está processar o ministério final do nosso grande Sumo-sacerdote na obra do juízo – e onde está a interceder pelo Seu povo”. Assim, neste “juízo investigativo todos os casos serão examinados. Esta investigação não tem por objectivo informar Deus ou o Cristo, mas sim todo o

sexta-feira, 20 de maio de 2011

QUEM DIZ O PAPA SER NA TERRA?

Ao longo dos séculos da existência de Roma, os papas têm regularmente alegado serem divinos. Como o suposto sucessor de Pedro, o Papa afirma a infalibilidade, ocupar a posição de Deus na Terra, e ter a capacidade de julgar e excomungar os anjos.
O Concílio católico de Trento em 1545 declarou o seguinte:
“Nós definimos que a Santa Sé Apostólica (Vaticano) e o Pontífice Romano (Papa) têm a supremacia sobre todo o mundo” (The Most Holy Councils Volume XIII, Column 1167).
No mesmo século, o cardeal Roberto Belarmino afirmou o seguinte:
“Todos os nomes que nas escrituras se aplicam a Cristo, por virtude dos quais é estabelecido ser Ele cabeça da igreja, são aplicáveis ao papa” (Robert Bellarmine, On the Authority of Councils Volume 2: 266).
Em 1895, um artigo do National Catholic disse o seguinte:
“O Papa não é apenas o representante de Jesus Cristo, mas ele é Jesus Cristo, Ele mesmo, oculto sob o véu da carne” (Catholic National – July 1895).

quinta-feira, 19 de maio de 2011

QUEM FOI O NOSSO SUBSTITUTO

Como Deus podia expressar simultaneamente a Sua justiça no juízo e o Seu amor no perdão? A solução foi esta: providenciando um substituto para o pecador, de modo que o substituto recebesse o juízo, e o pecador, o perdão. É claro que nós, pecadores, ainda estamos sofrendo algumas das conseqüências dos nossos pecados, mas a conseqüência penal, a penalidade merecida pela rebelião contra Deus, essa foi levada por Outro em nosso lugar, e pela providência divina acabamos não precisando suportá-la.
A questão vital então é a seguinte: quem foi o nosso substituto? Quem tomou o nosso lugar, levou o nosso pecado, sofreu a nossa penalidade, morreu a nossa morte? É certo que a Escritura ensina: “Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rom. 5:8). Conquanto correta, essa é uma resposta superficial.

"Programa na Mira da Verdade" - Somente os "144 mil" serão salvos?

domingo, 15 de maio de 2011

TERCEIRO DIA - A MULHER E O DRAGÃO (Apocalipse 12)

Quando nos aproximamos do livro do Apocalipse parece que estamos numa espécie de ante câmara do quanto o apóstolo Pedro chamou de “outras Escrituras”, ou seja, o Antigo Testamento – II Pedro 3.16. Na verdade, dos quatrocentos e quatro versículos que compõem este livro, cerca de duzentos e setenta e oito pertencem a estas “outras Escrituras”. Tendo em conta este enraizamento, alguns comentadores precisam que “este livro do Novo Testamento é o que mais se refere ao Antigo Testamento e às instituições judaicas tradicionais. Neste contam-se, não menos de duas mil alusões ao Antigo Testamento, das quais quatrocentas alusões explícitas e noventa citações literais do Pentateuco ou dos profetas”.
Tendo em conta este contexto próximo, para podermos compreender este capítulo que nos ocupa, temos que entender um versículo que encontramos logo no princípio da Bíblia, um versículo de capital importância; diríamos até que, dentro da importância que todos os textos têm, este é um dos mais importantes, pois nele encontramos de uma forma resumida a razão de ser de toda a Escritura. O texto em causa encontramo-lo em Génesis 3.15. Aqui podemos ver um diálogo de Deus com Satanás: - “E porei inimizade entre ti e a mulher; e entre a tua semente e a sua semente; esta (este) te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Aqui encontramos quatro aspectos: 1- inimizade; 2- serpente; 3- mulher; 4- duas sementes (do dragão e da mulher). Irá existir uma inimizade mortal entre a serpente e a mulher; entre a semente da serpente e a da mulher. Mas, como nos podemos aperceber, a verdadeira guerra não é entre a serpente e a mulher e as respectivas sementes.207 Se repararmos bem para a última parte do versículo, é dito que “(…) este te ferirá

segunda-feira, 9 de maio de 2011

QUARTO DIA: AS DUAS BESTAS DO APOCALIPSE (Apocalipse 13

Este capítulo comporta quatro temas principais: 1- a besta que sobe do mar; 2- a besta que sobe da terra; 3- a marca da besta; 4- o número misterioso 666. Assim começa o vidente de Patmos a sua visão: - “E eu pus-me sobre a areia do mar, e vi subir do mar uma besta que tinha sete cabeças e dez chifres e sobre os seus chifres, dez diademas, e sobre as suas cabeças um nome de blasfémia. E a besta que vi era semelhante ao leopardo, e os seus pés como os de urso; e a sua boca como a de leão; e o dragão deu-lhe o seu poder e o seu trono e grande autoridade” – Apoc. 13.1,2.
Antes de mais, convinha precisar que, no princípio não existiam capítulos e versículos.224 Eles surgiram para conforto do leitor e, ao mesmo tempo, para facilitar qualquer citação de qualquer parte das Escrituras, pois assim com excepcional facilidade encontraremos o texto citado, o que não acontecia, por exemplo no tempo de Jesus. Por esta razão, quando lemos na Palavra de Deus que alguém está a citar as Escrituras, para apoiar o que pretende dizer ou ensinar, unicamente diz: - “Está escrito”. Vejamos alguns exemplos: - O próprio Jesus nas Suas tentações – Mateus 4.4; Ou o apóstolo S. Paulo quando falava equiparava o 1º ao 2º Adão (Cristo) - I Cor. 15.45; ou ainda quando o apóstolo Pedro falava no contexto do Pentecostes para justificar os sonhos e as visões, irá citar um profeta do Antigo Testamento – o profeta Joel - ou “O que foi dito pelo profeta Joel” – Actos 2.16.
Mas, como podemos ver, é citado unicamente: - “Está escrito” -, estando subentendido que o ouvinte sabia que a referida citação pertencia a este ou aquele profeta, pois não há qualquer contestação à referida citação. Mas, onde encontrar unicamente este pequeno excerto que compõe a citação no quanto o profeta escreveu? Convenhamos que era difícil, não é verdade? No caso de Jesus, bastaria ter citado – Deut. 8.3 –

quarta-feira, 4 de maio de 2011

QUINTO DIA: A FALSA IGREJA DO APOCALIPSE (Apocalipse 17)

Há muita especulação, no presente, em relação a este capítulo do livro do Apocalipse. Há muitas interpretações na Igreja Adventista que, numa análise mais profunda das mesmas, não estão fundamentadas, baseadas na palavra profética mais segura. A razão pela qual se chega a determinadas interpretações deste capítulo é, devido ao facto, de isolar este capítulo do contexto profético de Daniel 2 e 7 e de Apocalipse 12 e 13. Ora, se este capítulo fosse analisado à luz deste contexto, certamente que não haveria nenhum problema em compreender este capítulo. O conteúdo deste fala-nos da última etapa do domínio do chifre pequeno, da besta ou do homem do pecado.
Como vimos até aqui, existem 3 símbolos que representam o mesmo poder na História: 1- o chifre pequeno; 2- a besta; 3- o homem do pecado; 4- a mulher prostituta. Aqui iremos falar da prostituta, mas na sua 2ª fase de domínio, ou seja, no período em que a sua ferida mortal foi curada após um período de 1260 anos. O chifre pequeno, na sua 2ª fase, é o último poder que irá dominar o mundo até à 2ª vinda de Cristo e, consequentemente, o cap. 17 do Apocalipse deverá ter algo que ver com esta mesma etapa. Este capítulo, de modo algum, se poderá referir a outra coisa, porque não há mais poder nas profecias, pois o último que domina é, efectivamente, o chifre pequeno, a besta, o homem do pecado e, consequentemente, esta