Vamos aprofundar mais acerca deste tema. Convido a ler Jeremias 7:1 “O pecado de Judá está escrito com um ponteiro de ferro; com ponta de diamante está gravado na tábua do seu coração e nas pontas dos seus altares.”
Nota: o sangue aspergido nas pontas simbolizava um registo escrito do pecado e da nossa confissão no Céu. No próximo estudo vamos ver que Deus tem um registo da vida de toda a gente no Céu. (Apoc. 20:12).
Tudo o que acabámos de ler fazia parte do chamado serviço diário. Todos os dias os pecadores traziam as suas ofertas, confessavam os pecados, ofereciam sacrifícios e transferiam o sangue para o Lugar Santo.
Mas, depois, havia um dia muito especial incluído nos serviços anuais. Este dia era chamado o Dia da Expiação ou de purificação do santuário.
O serviço anual está descrito em Hebreus 9.
Hebreus 9:7 “Mas na segunda só o sumo sacerdote, uma vez por ano, não sem sangue, o qual ele oferece por si mesmo e pelos erros do povo.”
Nota: Este serviço acontecia uma vez por ano. O sacerdote nunca podia entrar no Lugar Santíssimo, excepto neste dia. Este serviço tão especial chamava-se purificação do santuário. E é este evento que é referido em Daniel 8:14 “Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado.”
Vamos ver a purificação do santuário e o seu significado actual. Vamos a Levíticos 16:
“15 Depois imolará o bode da oferta pelo pecado, que é pelo povo, e trará o sangue o bode para dentro do véu; e fará com ele como fez com o sangue do novilho, espargindo-o sobre o propiciatório, e perante o propiciatório;
16 e fará expiação pelo santuário por causa das imundícias dos filhos de Israel e das suas transgressões, sim, de todos os seus pecados. Assim também fará pela tenda da revelação, que permanece com eles no meio das suas imundícias.
17 Nenhum homem estará na tenda da revelação quando Arão entrar para fazer expiação no lugar santo, até que ele saia, depois de ter feito expiação por si mesmo, e pela sua casa, e por toda a congregação de Israel.
18 Então sairá ao altar, que está perante o Senhor, e fará expiação pelo altar; tomará do sangue do novilho, e do sangue do bode, e o porá sobre as pontas do altar ao redor.
19 E do sangue espargirá com o dedo sete vezes sobre o altar, purificando-o e santificando-o das imundícias dos filhos de Israel.”
Nota: Repare que no versículo 16 o sangue foi levado para o Lugar Santíssimo e foi aspergido no propiciatório que cobre a arca. Este sangue foi aspergido ali para “fazer expiação...por causa das IMUNDÍCIAS dos filhos de Israel e das suas transgressões, segundo TODOS os seus pecados.” Depois, era levado mais sangue e aspergido n altar do incenso no Lugar Santo (verso 18). O versículo 19 diz que este acto se destinava a PURIFICAR o altar das IMUNDÍCIAS de Israel. Esta é a purificação do santuário referida em Daniel 8.
Os altares precisavam de ser purificados cerimoniosamente por causa de “todos os seus pecados” (verso 16) que tinham sido cometidos durante o ano. Todos os dias do ano os pecadores tinham cometido e confessado pecados. Estes pecados eram representados como se fossem escritos no Céu pelo sangue que era aspergido nas pontas doa altar. No Dia da Expiação estes pecados eram todos apagados, esquecidos, de uma vez por todas, através da purificação do santuário.
Agora venha ler comigo em Levítico 23:
“27 Ora, o décimo dia desse sétimo mês será o dia da expiação; tereis santa convocação, e afligireis as vossas almas; e oferecereis oferta queimada ao Senhor.
28 Nesse dia não fareis trabalho algum; porque é o dia da expiação, para nele fazer-se expiação por vós perante o Senhor vosso Deus.
29 Pois toda alma que não se afligir nesse dia, será extirpada do seu povo.
30 Também toda alma que nesse dia fizer algum trabalho, eu a destruirei do meio do seu povo.
31 Não fareis nele trabalho algum; isso será estatuto perpétuo pelas vossas gerações em todas as vossas habitações.
32 Sábado de descanso vos será, e afligireis as vossas almas; desde a tardinha do dia nono do mês até a outra tarde, guardareis o vosso sábado.”
Nota: O Dai da Expiação era um dia muito solene. Nenhum trabalho era feito. As pessoas examinavam o seu coração para terem a certeza de que os pecados que confessaram durante o ano tinham passado por arrependimento e sido verdadeiramente esquecidos. Deus ordenou que todos aqueles que não participassem fossem sentenciados à morte (verso 29-30). Os judeus consideravam este dia como o dia do julgamento. Ainda hoje eles celebram o Dia da Expiação como o dia do julgamento, quando têm de responder perante Deus pelos pecados que cometeram durante o ano. Ouça esta citação de um livro judeu:
“É o Rosh Hashana, o dia do julgamento. Os pergaminhos do destino desenrolam-se perante o Senhor. Nestes pergaminhos cada Homem escreveu com a sua mão as suas acções do ano passado. Deus lê as entradas e profere o julgamento ... Yom Kippur, o último destes dias de graça é uma crise de confissão e arrependimento. À medida que o sol cai no horizonte, o pergaminho do destino fecha-se. Os destinos de todos os Homens para o ano seguinte estão selados. O julgamento anual termina ao pôr do Sol com um toque de corneta.” (Herman Wouk, This My God, /Este é o Meu Deus/ pp. 85-86.
Voltemos ao texto que estamos a estudar, Daniel 8:14 “Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado.”
Nota: A purificação do santuário, o dia do julgamento, representa o julgamento nos últimos dias.
Já definimos as datas desta profecia e descobrimos que os 2 300 dias proféticos nos levam até 1844. Em 1844 Jesus começou o julgamento deste planeta. É a última data específica e significativa que nos é dada através da profecia.
Algumas pessoas têm medo do julgamento e de viver nos últimos dias. Não temos de ter medo se demos o nosso coração a Jesus. O santuário ensina-nos claramente isto. O pecador não precisa de morrer pelos seus pecados. Jesus já pagou o preço por nós! São boas notícias, não acha? Deus pode apagar a nossa culpa. Pode dar-nos paz interior. E tudo com um dom gratuito se simplesmente Lhe pedirmos que entre na nossa vida. Posso fazer-lhe uma pergunta? Já aceitou Jesus como seu salvador? Você pode no silêncio do seu espaço dizer: “Senhor por favor perdoa os meus pecados, eu aceito-Te como meu Salvador pessoal, agora. Amem.”
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