quarta-feira, 31 de março de 2010

AS 7 TROMBETAS DO APOCALIPSE: 2ª TROMBETA

2ª TROMBETA:
“O segundo anjo tocou a sua trombeta, e foi lançado no mar como que um grande monte ardendo em fogo, e tornou-se em sangue a terça parte do mar. E morreu a terça parte das criaturas viventes que havia no mar, e foi destruída a terça parte dos navios.” (Apocalipse 8:8,9)
Na primeira trombeta é dada ênfase a “saraiva” e “fogo”, são analogias a rumores de batalhas e à própria guerra. Há também uma referência frequente à “terça parte”. É um recorrência que encontramos em todas as trombetas e tem sempre um sentido específico e é “centralidade” o “foco”, ou epicentro do acontecimento. Esta “terça parte” ou “um terço” dilata o seu sentido também para exprimir “uma grande parte”.
Tendo estes conceitos em mente, entremos nesta segunda trombeta. Ela fala de “mar”, em Apocalipse 17:1,15, “águas” simbolizam “povos, multidões, nações e línguas”. Nos tempos do Antigo Testamento, o Império Babilónico, constituído por vários povos idiomas, é identificado como “monte que destrói”. (Jeremias 51:24,25). O reino futuro de Cristo, incluindo as “nações” e “povos” felizes e leais, também é identificado com o “monte” em Daniel 2:35,44,45.
Deduzir que o “mar” da segunda trombeta é o mar da humanidade é contextualização bíblica. A “criação que tinha vida, existente no mar”, e os seus “navios” são pessoas e as suas possessões materiais. A “montanha” ardente que é lançada ao mar, e que destrói os que habitam no mar e os seus navios, são tribos piratas, grupos de povos hostis que se infiltram em regiões muito povoadas da terra. De facto é isto que a História no seu percurso nos tem apresentado, tribos bem organizadas entram nas cidades estados de forma surpreendente e conseguem tomar todas as riquezas que encontram no caminho.
Genserico, o líder dos vândalos, era um predador humano. A partir da sua base naval no Norte da África, navegava regularmente com o propósito de devastar e despovoar qualquer região costeira romana que lhe estimulasse a imaginação. “Para onde nos dirigiremos hoje?” perguntou-lhe o seu navegador. “Contra aqueles com os quais Deus está irado”, terá respondido Genserico (Procopius, History of the Wars, 3.5.23-25.)
Roma era a cidade estado mais populosa que se tenha conhecimento. Roma tinha-se tornado cristã com Constantino (310-312). Este facto, não tornou os seus governantes mais humanos, em vez, tornavam-se repulsivos os seus crimes. C.D.Gordon é um dos historiadores que observam “os padrões de conduta publica certamente não foram melhorados com a cristianização do Império (C.D. Gordon, The Age of Attila: Fifth-Century Byzantium and the Barbarians, ...p.ix).
É digno de nota que o século de desastres (378-476) a despeito do qual temos falado, abateu-se sobre Roma depois que ela adoptou o cristianismo. Em certo sentido, o Império Romano tornou-se o povo apóstata de Deus, amadurecido para experimentar os juízos de Deus, infligidos por seus inimigos.
(Recomendamos a leitura UMA NOVA ERA SEGUNDO AS PROFECIAS DO APOCALIPSE – de C.Mervyn Maxwell.)
Fique com Deus.

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