quinta-feira, 4 de março de 2010

A PROFECIA DE TEMPO MAIS LONGO – 2 300 DIAS (I)

HOJE vamos estudar a profecia de tempo mais longa encontrada na Bíblia e que termina perto da época em que vivemos. Comecemos por pedir ao Senhor que nos dirija na compreensão deste tão importante assunto.
Vamos rever o que estudámos na semana passada. (Reveja 70 semanas. São os primeiros 490 dias dos 2 300 dias proféticos.)
Podemos ver que os 490 dias proféticos terminaram no ano 34 d.C. No último estudo aprendemos que esta profecia faz parte da profecia dos 2 300 dias proféticos. Portanto, se os primeiros 490 dias/anos nos levam até ao ano 34 d.C., os restantes 1810 anos levam-nos até 1844 d.C. (Some 1810 a 34 = 1844.) O que é que a profecia dos 2 300 dias previu que iria acontecer em 1844? É isso que queremos estudar hoje. Vamos começar por ler a profecia dos 2 300 dias de novo.
Daniel 8:14: “Ele me respondeu: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; então o santuário será purificado.”
Nota: Segundo a profecia, a purificação do santuário começou em 1844. mas o que é que isso significa? Responderemos a esta pergunta hoje.
Primeiro é importante ver o que era o santuário. Abra a Bíblia em Êxodo 25:
“8 E me farão um santuário, para que eu habite no meio deles.
9 Conforme a tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo, e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.”
Nota: Deus disse a Moisés para Lhe fazer um santuário para que Ele pudesse viver no meio deles. Deus deu a Moisés o modelo exacto para a construção do santuário.
* Que modelo deu Deus a Moisés para o santuário? Vejamos em Êxodo 8:
“1 Então disse o Senhor a Moisés: Vai a Faraó, e dize-lhe: Assim diz o Senhor: Deixa ir o meu povo, para que me sirva.
2 Mas se recusares deixá-lo ir, eis que ferirei com rãs todos os teus termos.
5 Disse mais o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua mão com a vara sobre as correntes, e sobre os rios, e sobre as lagoas, e faze subir rãs sobre a terra do Egito.”
Nota: O “verdadeiro” santuário estava no Céu. Deus mostrou-o a Moisés através de uma visão e depois ordenou-lhe que fizesse um modelo à escala do santuário celestial. A cópia de Moisés seria conhecida como o santuário terrestre e o santuário celestial.
Vejamos qual era o aspecto do santuário. (ver imagens)
O santuário tinha três partes: o pátio, o Lugar Santo e o Lugar Santíssimo.
* O pátio tinha o altar do holocausto. Era aí que os judeus sacrificavam os animais. Essa prática simbolizava a morte de Jesus na cruz. Ele pagou pelos nossos pecados para que não tivéssemos de morrer eternamente.
Depois do altar havia a pia que era um grande vaso cheio de agua. Antes do sacerdote entrar no Lugar Santo lavava as mãos e os pés para se assegurar que estava limpo. Esta prática simbolizava a forma como o Espírito de Deus nos limpa do pecado.
* O Lugar Santo era o primeiro compartimento do santuário. Está descrito em Hebreus 9:2 “Pois foi preparada uma tenda, a primeira, na qual estavam o candeeiro, e a mesa, e os pães da proposição; a essa se chama o santo lugar.”
Nota: Nele havia o candeeiro, o altar do incenso e a mesa dos pães da proposição.
A separar o Lugar Santo do Lugar Santíssimo havia uma cortina grossa. Podemos ler acerca do que havia lá dentro nos seguintes textos: Hebreus 9:
“3 mas depois do segundo véu estava a tenda que se chama o santo dos santos,
4 que tinha o incensário de ouro, e a arca do pacto, toda coberta de ouro em redor; na qual estava um vaso de ouro, que continha o maná, e a vara de Arão, que tinha brotado, e as tábuas do pacto;
5 e sobre a arca os querubins da glória, que cobriam o propiciatório; das quais coisas não falaremos agora particularmente.”
Nota: O incensário de ouro era portátil. O summo-sacerdote usava-o quando entrava no Lugar Santíssimo. A arca do concerto era uma arca coberta de ouro que continha os dez mandamentos. A cobrir os dez mandamentos estava o propiciatório feito de ouro.
Vamos agora ver o que o santuário ensinava: Hebreus 9:
“11 Mas Cristo, tendo vindo como sumo sacerdote dos bens já realizados, por meio do maior e mais perfeito tabernáculo (não feito por mãos, isto é, não desta criação),
12 e não pelo sangue de bodes e novilhos, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez por todas no santo lugar, havendo obtido uma eterna redenção.
13 Porque, se a aspersão do sangue de bodes e de touros, e das cinzas duma novilha santifica os contaminados, quanto à purificação da carne,
14 quanto mais o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará das obras mortas a vossa consciência, para servirdes ao Deus vivo?”
Nota: Deus deu o santuário terrestre a Israel para eles entenderem o que Jesus iria, um dia, fazer no plano de salvação.
O pátio representa o que Jesus faria na Terra como nosso Salvador. O Lugar Santo e o Lugar Santíssimo representam o que Jesus faria no Céu para a nossa salvação (Hebreus 9:23).
Como é que o santuário terrestre ensina o plano da salvação? Vamos ver Levítico 4:29 “porá a mão sobre a cabeça da oferta pelo pecado, e a imolará no lugar do holocausto.”
Nota: No antigo Israel, quando alguém pecava levava uma oferta, um cordeiro, até ao pátio. O pecador confessava os seus pecados na cabeça do cordeiro inocente. Depois, com a sua própria mão, cortava o pescoço do cordeiro e matava-o. Jesus é o cordeiro que tira o pecado do mundo (João 1:29). Foi o nosso pecado que provocou a Sua morte. O santuário ensina-nos que precisamos dum Salvador que pode pagar o preço do pecado, para que possamos viver. Tal como o cordeiro não podia ter defeito, também o nosso Salvador tem de ser perfeito, sem pecado, para que possa pagar o preço do nosso pecado. A boa noticia é que Jesus é o Cordeiro de Deus sem mancha que deu voluntariamente a Sua vida por nós (1ª Pedro 1:19).
* O que acontecia depois com esta oferta?
Levíticos 4:
“30 Depois o sacerdote, com o dedo, tomará do sangue da oferta, e o porá sobre as pontas do altar do holocausto; e todo o resto do sangue derramará à base do altar.
31 Tirará toda a gordura, como se tira a gordura do sacrifício pacífico, e a queimará sobre o altar, por cheiro suave ao Senhor; e o sacerdote fará expiação por ele, e ele será perdoado.”
Nota: O sacerdote aspergia o sangue do animal nas quatro pontas do altar. A seguir queimava o animal ou a sua gordura no altar. Esta prática simbolizava o impacto que o pecado tem na Terra. Quando pecamos não nos magoamos apenas a nós. É como o efeito duma bola de neve, o sofrimento passa de pessoa para pessoa e de geração para geração. A oferta simbolizava a morte de Jesus no calvário.
A seguir o sumo-sacerdote lava-se na pia antes de levar o sangue para o Lugar Santo. Depois salpica o sangue nas quatro pontas do altar do incenso. Podemos ler isso em Levíticos 4:
“6 e, molhando o dedo no sangue, espargirá do sangue sete vezes perante o Senhor, diante do véu do santuário.
7 Também o sacerdote porá daquele sangue perante o Senhor, sobre as pontas do altar do incenso aromático, que está na tenda da revelação; e todo o resto do sangue do novilho derramará à base do altar do holocausto, que está à porta da tenda da revelação.”
Nota: Isto representava o impacto que o pecado tem não só nos seres que habitam na Terra, mas também o impacto que tem no Céu. Pense bem. Foi por causa do pecado que Jesus teve de deixar o Céu. Os anjos estão envolvidos em serviço a nosso favor, a tempo inteiro, porque somos pecadores. Não podemos compreender totalmente como é que o pecado afectou a vida no Céu.
Esta foi a primeira parte do nosso estudo, vamos parar aqui e continuar amanhã. Temos tanta coisa para dizer sobre este fantástico assunto que seria uma pena você cansar-se. Gostou desta parte? Então esteja atento porque não vamos demorar. Até lá que Deus o/a abençoe em Jesus. Amem.

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