A viagem que vamos iniciar começa realmente em Patmos, esta é a primeira etapa que para em Éfeso, provavelmente o porto mais importante da época. As luzes são vistas pelos navios que chegam durante a noite. Por isso não é por acaso que Éfeso foi escolhida para representar a primeira Igreja, portadora da primeira luz. O acento da Carta releva sobre esta qualidade “primeira”: como nos dias de Daniel o ciclo profético teve inicio no seu tempo e identificado o primeiro reino, Babilónia e aos tempos do Éden (Daniel 2:37,38; Génesis 1:28). João começa o ciclo também no seu tempo, que é associado do mesmo ao Jardim do Éden: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas. Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer da árvore da vida, que está no paraíso de Deus.” (Ap. 2:7).
É de facto o tempo do primeiro amor. Éfeso significa em grego “desejável”. Os amores são ardente e a recordação recente (Ap. 2:5). É a Igreja do tempo dos Apóstolos (Ap. 2:2) e que recentemente tinha recebido a tocha da Verdade. É a Igreja dos primeiros convertidos de origem pagã. O novo cristão está avisado que deve proteger-se do sentimento do orgulho e lembrar-se de onde estava (Ap. 2:5). É também o aviso deixado por Paulo na Carta aos Romanos (Rom. 11:8). Para os cristãos de Éfeso, o alto luar que ocupava a deusa Artémis, a famosa “Diana dos Efésios” (Act. 19:28), deve ser um lembrete, um a priori extremamente pesado de sentido. Os efésios são famosos pela superstição e o seu comércio de amuletos. A imoralidade e o crime tinham feito chorar o filósofo Heraclito (576-4480, a.C.), o que lhe tinha valido o sobrenome de “filósofo chorão”. É a Igreja de todos os começos da primeira era cristã (entre 31-100, d.C.).
Ora, esta Igreja tão perto da das fontes foi sacudida e joeirada pela apostasia. Já o vai e vem, o cuidado d´Aquele que inspira, “isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas” (Ap. 2:1), está vigilante. É a agitação nervosa dos que de forma nervosa se agitam dentro da Igreja. É o mesmo verbo (peripatei) usado por Pedro para descrever o comportamento de Satanás assanhado (1ª Pedro 5:8; cf. Job 1:7). O que é reprovado de facto a esta Igreja, é o seu fogo que não dura mais que o pavio de uma vela: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.” (Ap. 2.4). Segue-se um apelo revestido de uma certa angustia a que se arrependa: “pratica as primeiras obras” (Ap. 2:5). É o apelo a voltar ao primeiro estado, fazer retorno, é o apelo do profeta, é sobretudo o apelo de Deus. E esta recomendação condiz com o aviso: “arrepende-te, (...) se não, (...) removerei do seu lugar o teu candeeiro,” (Ap. 2.5). a luz seria confiada a outra “a menos que te arrependas”, repete o profeta. Nada é portanto definitivo.
Tão pura quanto o possa ser, como a Igreja dos primeiros tempos pode perder a sua luz. De facto a Igreja foi suscitada por Deus para que ela caminhe nos passos de Deus, não é suficiente que ela faça os primeiros passos com Deus, ela deve continuar com Ele de outro modo o seu futuro não está garantido. A Igreja pode cambalear, cair e pode mesmo ser-lhe retirada a missão que lhe foi confiada. Tremenda lição para todos os que defendem a instituição a qualquer preço. O risco do erro e da apostasia esboça constantemente sobre a Igreja, porque a Igreja não é Deus. Não chega ser membro para ter assegurado a salvação; “mesmo na Igreja, a salvação não é garantida”.
A Carta à Igreja de Éfeso está sob esta nota ameaçadora. Apesar dos seus passos cambaleantes, a Igreja mantém-se direita e mantém as exigências de Deus: “Tens, porém, isto, que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço.” (Ap. 2:6), e este “aborreces” torna-se uma virtude de reconciliação com Deus, porque Ele também “aborrece”.
Assim, torna-se evidente, que ninguém tem autoridade par criticar a Igreja, a não ser o próprio Deus. Ele reconhece que ela por vezes cambaleia, ela porém é sustida por Ele. O Senhor sabe que há um ser assanhado contra a Igreja do Deus vivo. Há também “um Leão da Tribo de Judá” que está permanentemente vigilante. Tenha cuidado com o que diz, tenha cuidado com o que faz!
O mal que tentou a primeira comunidade cristã tem os traços dos nicolaítas. Trata-se dos discípulos de Nicolau, que encontramos em Actos (6:5) “prosélito de Antioquia”, uma das igrejas vizinhas de Éfeso (chamo a atenção para este Nicolau, foi designado pelos apóstolos e pelo Espírito Santo a ser diácono, no entanto negou a Verdade da Testemunha Fiel e Verdadeira e semeava o joio dentro da Igreja, não é isto actual?). Sabe-se que este Nicolau fez uma má interpretação dos ensinos de Paulo sobre a Lei e a Graça e levava os seus seguidores a renegarem todas as exigências da Lei.
Este argumento era muito convincente aliado a uma visão dualista. O corpo releva da ordem física e do mal, assim, o que o corpo faz não tem nada a ver com o espírito. Pode fazer-se tudo o que o corpo queira. Só o espírito importa. Nesta dialéctica graça/lei, ensinava-se que o corpo é do domínio da lei, por isso desprezível, enquanto que a alma, do domínio da graça, é por isso exaltada. Esta obra era e é aborrecida por Deus.
Tendo em conta o testemunho profético desta Carta, os primeiros fermentos da apostasia relacionam-se com a lei e antropologia. Rejeita-se a lei por causa da graça, e o corpo por causa do espírito. Os primeiros cristãos resistiram a esta tentação dualista. E Deus louva-os. Porque rejeitar a lei era equivalente a rejeitar Deus que se revelou e incarnou na escolha ética da existência. E rejeitar o corpo é como rejeitar o Deus da Criação e da vida.
Aceite o Deus da vida, agora!
É de facto o tempo do primeiro amor. Éfeso significa em grego “desejável”. Os amores são ardente e a recordação recente (Ap. 2:5). É a Igreja do tempo dos Apóstolos (Ap. 2:2) e que recentemente tinha recebido a tocha da Verdade. É a Igreja dos primeiros convertidos de origem pagã. O novo cristão está avisado que deve proteger-se do sentimento do orgulho e lembrar-se de onde estava (Ap. 2:5). É também o aviso deixado por Paulo na Carta aos Romanos (Rom. 11:8). Para os cristãos de Éfeso, o alto luar que ocupava a deusa Artémis, a famosa “Diana dos Efésios” (Act. 19:28), deve ser um lembrete, um a priori extremamente pesado de sentido. Os efésios são famosos pela superstição e o seu comércio de amuletos. A imoralidade e o crime tinham feito chorar o filósofo Heraclito (576-4480, a.C.), o que lhe tinha valido o sobrenome de “filósofo chorão”. É a Igreja de todos os começos da primeira era cristã (entre 31-100, d.C.).
Ora, esta Igreja tão perto da das fontes foi sacudida e joeirada pela apostasia. Já o vai e vem, o cuidado d´Aquele que inspira, “isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas” (Ap. 2:1), está vigilante. É a agitação nervosa dos que de forma nervosa se agitam dentro da Igreja. É o mesmo verbo (peripatei) usado por Pedro para descrever o comportamento de Satanás assanhado (1ª Pedro 5:8; cf. Job 1:7). O que é reprovado de facto a esta Igreja, é o seu fogo que não dura mais que o pavio de uma vela: “Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.” (Ap. 2.4). Segue-se um apelo revestido de uma certa angustia a que se arrependa: “pratica as primeiras obras” (Ap. 2:5). É o apelo a voltar ao primeiro estado, fazer retorno, é o apelo do profeta, é sobretudo o apelo de Deus. E esta recomendação condiz com o aviso: “arrepende-te, (...) se não, (...) removerei do seu lugar o teu candeeiro,” (Ap. 2.5). a luz seria confiada a outra “a menos que te arrependas”, repete o profeta. Nada é portanto definitivo.
Tão pura quanto o possa ser, como a Igreja dos primeiros tempos pode perder a sua luz. De facto a Igreja foi suscitada por Deus para que ela caminhe nos passos de Deus, não é suficiente que ela faça os primeiros passos com Deus, ela deve continuar com Ele de outro modo o seu futuro não está garantido. A Igreja pode cambalear, cair e pode mesmo ser-lhe retirada a missão que lhe foi confiada. Tremenda lição para todos os que defendem a instituição a qualquer preço. O risco do erro e da apostasia esboça constantemente sobre a Igreja, porque a Igreja não é Deus. Não chega ser membro para ter assegurado a salvação; “mesmo na Igreja, a salvação não é garantida”.
A Carta à Igreja de Éfeso está sob esta nota ameaçadora. Apesar dos seus passos cambaleantes, a Igreja mantém-se direita e mantém as exigências de Deus: “Tens, porém, isto, que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço.” (Ap. 2:6), e este “aborreces” torna-se uma virtude de reconciliação com Deus, porque Ele também “aborrece”.
Assim, torna-se evidente, que ninguém tem autoridade par criticar a Igreja, a não ser o próprio Deus. Ele reconhece que ela por vezes cambaleia, ela porém é sustida por Ele. O Senhor sabe que há um ser assanhado contra a Igreja do Deus vivo. Há também “um Leão da Tribo de Judá” que está permanentemente vigilante. Tenha cuidado com o que diz, tenha cuidado com o que faz!
O mal que tentou a primeira comunidade cristã tem os traços dos nicolaítas. Trata-se dos discípulos de Nicolau, que encontramos em Actos (6:5) “prosélito de Antioquia”, uma das igrejas vizinhas de Éfeso (chamo a atenção para este Nicolau, foi designado pelos apóstolos e pelo Espírito Santo a ser diácono, no entanto negou a Verdade da Testemunha Fiel e Verdadeira e semeava o joio dentro da Igreja, não é isto actual?). Sabe-se que este Nicolau fez uma má interpretação dos ensinos de Paulo sobre a Lei e a Graça e levava os seus seguidores a renegarem todas as exigências da Lei.
Este argumento era muito convincente aliado a uma visão dualista. O corpo releva da ordem física e do mal, assim, o que o corpo faz não tem nada a ver com o espírito. Pode fazer-se tudo o que o corpo queira. Só o espírito importa. Nesta dialéctica graça/lei, ensinava-se que o corpo é do domínio da lei, por isso desprezível, enquanto que a alma, do domínio da graça, é por isso exaltada. Esta obra era e é aborrecida por Deus.
Tendo em conta o testemunho profético desta Carta, os primeiros fermentos da apostasia relacionam-se com a lei e antropologia. Rejeita-se a lei por causa da graça, e o corpo por causa do espírito. Os primeiros cristãos resistiram a esta tentação dualista. E Deus louva-os. Porque rejeitar a lei era equivalente a rejeitar Deus que se revelou e incarnou na escolha ética da existência. E rejeitar o corpo é como rejeitar o Deus da Criação e da vida.
Aceite o Deus da vida, agora!
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