quarta-feira, 4 de maio de 2011

QUINTO DIA: A FALSA IGREJA DO APOCALIPSE (Apocalipse 17)

Há muita especulação, no presente, em relação a este capítulo do livro do Apocalipse. Há muitas interpretações na Igreja Adventista que, numa análise mais profunda das mesmas, não estão fundamentadas, baseadas na palavra profética mais segura. A razão pela qual se chega a determinadas interpretações deste capítulo é, devido ao facto, de isolar este capítulo do contexto profético de Daniel 2 e 7 e de Apocalipse 12 e 13. Ora, se este capítulo fosse analisado à luz deste contexto, certamente que não haveria nenhum problema em compreender este capítulo. O conteúdo deste fala-nos da última etapa do domínio do chifre pequeno, da besta ou do homem do pecado.
Como vimos até aqui, existem 3 símbolos que representam o mesmo poder na História: 1- o chifre pequeno; 2- a besta; 3- o homem do pecado; 4- a mulher prostituta. Aqui iremos falar da prostituta, mas na sua 2ª fase de domínio, ou seja, no período em que a sua ferida mortal foi curada após um período de 1260 anos. O chifre pequeno, na sua 2ª fase, é o último poder que irá dominar o mundo até à 2ª vinda de Cristo e, consequentemente, o cap. 17 do Apocalipse deverá ter algo que ver com esta mesma etapa. Este capítulo, de modo algum, se poderá referir a outra coisa, porque não há mais poder nas profecias, pois o último que domina é, efectivamente, o chifre pequeno, a besta, o homem do pecado e, consequentemente, esta
prostituta é a última que governará antes que Cristo venha. Portanto, esta terá que ser a mesma coisa que os poderes que a antecederam, só que com diferentes nomes!
O cap. 17, não somente nos clarifica acerca desta prostituta, como também nos dá a conhecer quando é que irá surgir. Este revela que a besta, sobre a qual a mulher está sentada “(…) foi e já não é, e há-de subir do abismo (…)” – v. 8. Perante o exposto, quantas fases de vida tem esta besta sobre a qual está montada a prostituta? Como podemos ver, esta tem 2 fases de domínio, a saber: 1- foi; 2- há-de subir do abismo (pois no presente não é). E quantas tem o chifre pequeno, a besta e o homem do pecado? Têm, igualmente, 2 fases. Estão, portanto, a falar da mesma coisa. Agora, Apoc 17 irá abordar exclusivamente a última fase do domínio deste poder. Estamos agora prontos para ver quando Apoc. 13 fala da besta, ou seja, quando se cura a ferida mortal – v.4. Ou no Apoc. 12, quando o dragão está irado contra a mulher, indo fazer guerra aos que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus – v. 17. Esta é a etapa que iremos examinar, a seguir.
I- A visão
Iremos ver o que este fascinante capítulo tem reservado para nos mostrar. Ele começa assim: - “E veio um dos sete anjos que tinham as sete taças (…)” – v.1. Aqui podemos ver, para já, um anjo que tem na sua mão uma das sete taças; estas últimas também são conhecidas por pragas e são veiculadas por anjos.
Recordemos o que anteriormente encontramos escrito a este propósito: - “E vi outro grande e admirável sinal no céu.: sete anjos que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus” – Apoc. 15.1. Cada um destes sete anjos têm, para derramar na face da Terra, uma praga. No cap. 17.1, como vimos, é afirmado que um destes anjos veio. É evidente que tal contexto suscita-nos, de imediato, uma pergunta: - E qual deles é? Na continuação, responderemos a esta pergunta. Antes de mais, continuemos a examinar o v.1 do cap. 17, que acrescenta: - “(…). Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta”. O que representa uma prostituta nas Sagradas Escrituras? Tal como anteriormente vimos, estamos, de novo, na presença de uma outra Igreja representativa de um outro povo prostituído e apóstata – cf. Ezequiel 16. Este povo, sublinhe-se, não é um povo qualquer, mas simplesmente o povo apóstata de Israel, o professo povo de Deus, tal como o podemos ver de uma forma tão enfática no cap. 16 do profeta Ezequiel.
Vejamos o que é referido, deste capítulo, no v. 14 e 15: - “E correu a tua fama entre as nações por causa da tua formosura, pois era perfeita., por causa da minha glória que eu tinha posto sobre ti, diz o Senhor Jeová. Mas confiaste na tua formosura e te corrompeste por causa da tua fama; prostituías-te a todo o que passava para seres sua”. Na verdade, com quem deveria estar casada Israel e a quem ser fiel? Claro, unicamente com Deus, seu marido, mas Israel prostituiu-se com “todo o que passava”, ou seja, com todas as nações. Assim, um povo que professava ser o verdadeiro arauto de Deus à face da Terra, tornou-se um povo adúltero, visto que assimilou, totalmente, as práticas religiosas das outras nações ao redor, ou seja, o paganismo. Continuando a nossa leitura, vejamos o v. 30: - “Quão fraco é o teu coração, diz o Senhor Jeová, fazendo tu todas estas coisas, obra de uma meretriz imperiosa!” O Apoc. 17 refere, por seu lado, que este poder é uma grande prostituta. Continuando a leitura do texto, vejamos o v. 32: - “Foste como a mulher adúltera que, em lugar de seu marido, recebe os estranhos”. Assim sendo, na verdade, a prostituta do cap. 17 do Apocalipse só pode ser a professa Igreja de Deus. Também no cap. 13, deste livro, a besta ali mencionada representa um sistema cristão apóstata. A Palavra de Deus diz-nos que o homem do pecado se senta no templo de Deus, na mesma Igreja, e que, a exemplo do passado, levantar-se-á no seio da Igreja, tal como Judas. Representa, por esta razão, um sistema cristão apóstata, que em Apoc. 17 o descreve, não na sua 1ª fase, mas sim na sua 2ª e última fase.
Voltemos, de novo, ao v. 1 – “(…) que está sentada sobre muitas águas”.Onde está, na verdade, sentada a grande prostituta? Tal como o texto refere, a resposta é – sobre muitas águas! Deixando a Bíblia interpretar-se a si mesma, vejamos o v. 15 do mesmo capítulo que diz: - “E disse-me: As águas que viste, onde se senta a prostituta são: povos e multidões, e nações e línguas”. À luz deste texto podemos aperceber-nos que, na verdade, esta prostituta exerce um domínio bastante abrangente, de âmbito mundial. Já não é como na sua 1ª fase, ou seja, unicamente a Europa. Nesta 2ª fase, o seu domínio dilatou-se e se espalhou por todo o mundo. O v. 3 é dito que esta mulher está “(…) assentada sobre uma besta (…)”. Parece que, ao mesmo tempo, a mulher está sentada, sobre: 1- águas; 2- uma besta. Esta, ao estar sentada sobre as águas, quer dizer que tem domínio sobre muita gente, em todo o mundo. Ora, se esta é a extensão do seu poder, não é por acaso que Deus envia a sua mensagem de advertência, de igual modo, a todo o mundo através da mensagem do 1º anjo – Apoc. 14.6 – pois a maior parte deste “mundo” milita ao lado da prostituta. Para inverter tal situação calamitosa, eis a razão das três mensagens angélicas, começando com a admoestação: - “(…). Temei a Deus e dai-lhe glória porque vinda é a hora do seu juízo” – v. 7.
Ao olharmos para esta personagem - a prostituta – ficámos a saber o que ela representa, mas não o seu nome. No v. 5 encontramos a identificação que faltava – “E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilónia”. Eis o seu nome – Babilónia. Esta antiga cidade, geograficamente, estava sentada sobre um rio e este tinha o nome de – Eufrates. A antiga Babilónia estava, a exemplo desta moderna, sentada sobre as águas. Ou seja, enquanto o rio fluísse pela cidade, esta era, militarmente falando, inexpugnável, invencível. Esta estava muito bem fortificada pois “estava cercada por uma dupla muralha, uma interior, com 6,5 metros de largo e outra exterior com 3,72 m de largura”273 o que impedia e dissuadia, por este facto, qualquer tentativa do invasor de acesso à cidade. A única forma de ter acesso à cidade era, como se compreenderá, através das águas do rio que entravam no coração da cidade. Para encontrar este caminho, era preciso drenar o rio para que, pelo seu leito, se tivesse acesso à mesma. Podemos dizer, à luz do exposto, que a grande fonte do poder de Babilónia era, efectivamente, o rio Eufrates sobre o qual estava assente a cidade. Este pormenor mostra-nos, finalmente, que, este anjo do v. 1 só poderá ser aquele que é detentor da 6ª praga! Vejamos, para confirmação, o v. 12 do cap. 16 – “E o sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou-se para que se preparasse o caminho dos reis do oriente”. Este anjo lançou a sua taça no rio Eufrates. Se assim é, o anjo do cap. 17 é o mesmo, pois têm estes dois elementos em comum: 1- a cidade; 2- o rio. Na verdade, é na 6ª praga que Deus irá castigar, finalmente, Babilónia.
II- A acção da Igreja
Vejamos agora o v. 2 – “Com a qual se prostituíram os reis da terra; os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição”. Podemos ver a extensão da sua fornicação – “com os reis da terra”. Em Dan. 2 encontrámos a amálgama de dois elementos estranhos entre si - ferro/barro – ou seja, o primeiro corresponde ao poder político (Império romano), enquanto que o segundo representa um poder religioso. Como facilmente se compreenderá não deveria existir qualquer união entre estes elementos, pois são elementos muito diferentes. Ou seja, são bons separados, mas maus quando unidos, ou seja, a união da Igreja com o Estado, a política com a religião. Em Dan. 7.21,25 o chifre pequeno apropria-se do poder civil para perseguir os santos de Deus. Em Apoc. 13, este mesmo poder usou o poder civil para cumprir o mesmo propósito – Apoc. 13.15. Aqui, em Apoc.17, podemos ver, de novo, este mesmo intuito, a apropriação do poder civil, acção implícita quando é dito que fornica com “os reis da terra” – v. 2a. Esta está totalmente imiscuída na política, para que os reis possam fazer o que, unicamente, só Cristo poderia fazer - aceitá-lO – pois por decreto a Igreja nunca obterá a conversão do coração mas sim, tal como a História o tem demonstrado – uma situação de compromisso – nada mais. Deus, Cristo não se impõe, mas sim, propõe-se, o que é bem diferente!
Qual será a razão, pela qual, os reis e os povos da terra aceitam a prostituta? No v. 2 encontramos que “(…) e os que moram na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição”. O que aqui podemos ver é que esta mulher dá às nações – vinho. O que é interessante é que esta mulher não o dá, unicamente, às nações. Vejamos, um pouco mais adiante, no cap. 18.3, para percebermos o que se passa; aqui diz que “todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição”. O que é que causa o vinho quando é ingerido, bebido? Um dos sintomas é, obviamente, a embriaguez; um outro é o furor; pois neste caso, tal como é referido, este, afinal, não é um vinho qualquer, mas sim um “vinho de ira”. Esta ira, afinal, é projectada sobre quem? Segundo o que já vimos, sobre todos aqueles que o chifre pequeno detesta e deseja exterminar, ou seja, “aos santos do Altíssimo” – Dan. 7.25. A todos os que lhe forem contrários, ou seja, aos que se recusarem beber, a ordem é, simplesmente, o extermínio. Na verdade, todos quantos beberam o seu vinho sentirão o seu efeito, sentirem um furor que o orientarão contra o povo de Deus – Apoc. 13.15. Este vinho aqui referido terá que ser, claro está, enquadrado no seu contexto. Se estamos a fazer a abordagem e a interpretar símbolos, será normal que a referência a este líquido – o vinho – também deverá ter uma coloração simbólica. Assim sendo, o que poderá representar este vinho? Vejamos o que se refere, a este propósito a serva do Senhor, quando diz que: - “O grande pecado imputado a Babilónia é que (Apoc.1.10). Doravante isto será uma das características que distinguirão os cristãos do mundo circunstante”. Ousaremos nós perguntar: a) - em que texto bíblico o 1º dia da semana, vulgo – o Domingo – é equivalente ou substituto do – Sábado – o dia do Senhor? A resposta é simples: - não existe!; b) – segundo a Bíblia, qual será a verdadeira característica que distinguirá o verdadeiro cristão? O papa diz que é o Domingo, mas Deus diz o contrário, ou seja – o Sábado – cf. Isaías 58.13; Ezequiel 20. 12, 20. Portanto, de que lado deveremos ficar, do Deus ou dos homens? Curiosamente, aquele que dizem ter sido o 1º papa, a este propósito, nunca teve quaisquer dúvidas, pois disse: - “Mais importa obedecer a Deus do que aos homens” – Actos 5.29.
Tal como já o referimos, o dia de guarda, de observância semanal, em termos religiosos é, o 7º dia da semana, o único que tem nome, segundo as Sagradas Escrituras – o Sábado. Na verdade, quem criou, chamou à existência, o Sol? Foi Deus. Mas, qual foi a razão pela qual Deus o criou? Seria para ser adorado? Se examinarmos com atenção o texto bíblico que refere a criação – Génesis 1.14-18 - apercebemo-nos que esta entidade altamente conhecida e adorado em todo o mundo antigo, nem sequer nome tem! Qual o porquê de tal omissão, inqualificável? Eis uma resposta possível: - “(…). O Sol e a Lua nada são em si mesmos, nada mais do que lâmpadas. (…). Por esta ausência de nome, o autor do texto conduz ao extremo a desmitificação dos astros, tão piedosamente adorados pelos Antigos e que o autor reduz a não serem senão objectos destinados a iluminar a terra e a lembrarem que Deus é o Criador de tudo. Objectos tão insignificantes que o autor nem sequer os nomeia!” Assim, quando o Sol é venerado em lugar de Deus, o Criador, então estamos em presença da mais pura idolatria. Deus não criou o 1º dia da semana para que nele a criatura O adorasse, na qualidade de Deus Criador. Ao fazer o contrário do ordenado por Deus na Sua Palavra, o ser humano está a adorar o deus Sol, no dia consagrado para o efeito – o Domingo.
III- As cores divinasVoltemos ao texto que nos ocupa – Apoc. 17. Vejamos o v. 3: - “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada sobre uma besta de cor de escarlata que estava cheia de nomes de blasfémia, e tinha sete cabeças e dez chifres”. Este cenário já o encontrámos na descrição do cap. 12 e 13 – a besta que tinha 7 cabeças e 10 chifres e com a particularidade – nomes de blasfémia – Apoc. 13.1. No v. 4 é dito que “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada com ouro e pedras preciosas; e tinha na sua mão um cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição”. Aqui, como podemos ver, encontramos alguns aspectos interessantes, como por exemplo, a alusão às cores das vestes - púrpura e escarlata - e ao ornamento – ouro - desta mulher (Igreja). Aqui encontramos uma referência a estes três símbolos muito significativos na simbologia bíblia, a nosso ver: 1- vermelho-escuro; 2- vermelho muito vivo; 3- amarelo-brilhante. Assim sendo, está mulher (Igreja) está caracterizada por estas 3 cores que, de certa forma, contrastam com as que encontramos na Palavra de Deus. Assim, como veremos, iremos encontrar, neste pequeno pormenor, um indício que confirma que esta é, tal como o Apocalipse a define – uma Igreja apóstata. Dito isto, o que é que a palavra de Deus nos tem a dizer acerca destas 3 cores em relação: 1- ao Santuário/Tabernáculo; 2- ao Sumo-sacerdote; 3- à Lei de Deus. Vejamos caso a caso:
1- O Santuário/Tabernáculo - Deus tinha ordenado que o Seu povo, nesta Terra, que Lhe erigissem um tabernáculo, uma cópia daquele que está do céu, como lhes foi mostrado – Êx. 25.8, 9,40; Heb. 8.2,5. Este era formado por várias partes, tinha um mobiliário e um revestimento interior e exterior especial. Inerentemente a alguns artefactos deste Santuário Deus deu ordens precisas: - “E o tabernáculo farás de dez cortinas de linho fino torcido, e azul, púrpura e carmesim (…)” – Êx. 26.1, etc (sublinhado nosso). Numa pesquisa mais exaustiva é uma constante a referência a estas 3 cores: 1- azul; 2- púrpura; 3- carmesim (escarlate);
2- Sumo-sacerdote – esta era a pessoa que oficiava no Santuário. Aqui, no exercício da sua sagrada função, ele tinha que trajar vestes, de igual forma, especiais, conforme a ocasião e função a desempenhar. A Palavra de Deus dá-nos a conhecer a sua indumentária sacerdotal, ao dizer: - “Também farás o manto do efode todo de azul. (…). E nas suas bordas farás romãs de azul e de púrpura e de carmesim (…)” – Êx. 28.15,31,33. (sublinhado nosso). Aqui, de novo, encontramos as mesmas 3 cores;
3- Lei de Deus – a)- na visão dos querubins, do trono de Deus, dada por duas vezes ao profeta Ezequiel, podemos ler: - “E por cima do firmamento, que estava por cima das suas cabeças, havia uma semelhança de trono, como de uma safira (…)” – Ezeq. 1.26 – ou ainda outra descrição idêntica do trono de Deus – “Depois olhei, e eis que no firmamento que estava por cima da cabeça dos querubins, apareceu sobre eles como uma pedra de safira, como o aspecto da semelhança de um trono” – Ezeq. 10.1. (sublinhado nosso). Aqui, nestes três textos encontramos unicamente a cor azul – a da safira; b)- numa outra situação - antes da outorga da lei - Deus ordena que subam ao monte Sinai: Moisés, Arão, Nadabe, Abiú e setenta dos anciãos de Israel. A seguir, o texto revela-nos o seguinte: - “E viram o Deus de Israel e debaixo de seus pés havia como uma obra de pedra de safira, e como o parecer do céu na sua claridade” – Êx. 24.1,10. (sublinhado nosso). Aqui encontramos, em contextos diferentes, a mesma referência à pedra de safira, ou seja, a cor do material que constitui o trono de Deus – o azul. Poderemos perguntar qual a relação que esta cor terá com a Lei de Deus, visto que ela foi vista no monte Sinai?! A nosso ver, esta relação tão estreita entre a Lei de Deus/Trono de Deus/Safira, está bem patente no estranho texto que, se não estiver enquadrado neste contexto, parece-nos que será muito difícil explicá-lo. Ora vejamos o que a Bíblia refere a este propósito: - “Fala aos filhos de Israel e diz-lhes que nas bordas dos seus vestidos façam franjas pelas suas gerações; e nas franjas das bordas porão um cordão azul. E nas franjas vos estará, para que o vejais e vos lembreis de todos os mandamentos do Senhor, e os façais; e não seguireis após o vosso coração, nem após os vossos olhos, após os quais andais adulterando. Para que vos lembreis de todos os meus mandamentos, e os façais e santos sejais a vosso Deus” – Números 15.38-40. (sublinhado nosso).
O que é que este último texto nos está a mostrar na sua interligação com o todo? Na verdade, mostra-nos várias vertentes bem distintas, a saber: 1- que é perfeitamente visível a conexão entre a lei e a cor azul do trono de Deus; 2- a Lei de Deus que, na sua forma inicial, foi gravada pelo “dedo de Deus” – Êxodo. 31.18 - não em duas simples tábuas de pedra retiradas do monte Sinai, mas do próprio trono de Deus, de “pedra de safira” – Êx. 24.10; 3. Vejamos, num quadro comparativo estes 4 elementos: Santuário – Sumo-sacerdote – Lei de Deus – Igreja apostatada. Vejamos:
Como podemos ver, salta aos olhos a razão de ser da apostasia desta Igreja mencionada no Apoc. 17. Ela tem quase tudo para ser perfeita, só lhe falta uma cor – a azul! Sim, a mais importante, pois esta aponta para a existência da Lei de Deus, vertente que é inexistente nesta mulher (Igreja) do tempo do fim – a Lei de Deus. Esta Igreja mãe (Apoc.17.5), assim como as suas filhas - todas proclama que a Lei foi abolida na cruz.
IV- O detalheVoltando a Apoc. 17.4 – “(…) cálice de ouro cheio das abominações e da imundícia da sua prostituição”. Deus apelida estas falsas doutrinas de “imundícia”, sujidade. Porque quando se diz que Cristo cravou a lei de Deus na cruz ou que Ele a cumpriu, uma vez por todas por mim, isto tem, forçosamente, consequências na vida do ser humano, visto que este perde a noção da gravidade do pecado. Pois falta o elemento que nos faz sentir dependentes de Deus, pois tal como Paulo o ensinou, “não havendo lei, não há pecado” – Rom. 3.20; 4.15; 5.13; 7.7,12. Assim, ao não existir lei todo o Plano de Salvação cairá por terra! Tudo isto está ligado entre si: 1- se não existe lei, onde está o pecado, quem o apontará ou denunciará? 2- se esta não existe, a noção de arrependimento torna-se obsoleta; 3- se não existe arrependimento, para que servirá a Igreja? 4- Se a Igreja não tem razão de existir, para que servirá o Plano da Redenção? 5- se é pura utopia este Plano, qual foi a razão da 1ª vinda de Cristo a esta Terra? 6- se veio, mas de nada serviu, nego a Sua existência na qualidade de Salvador; 7- se assim proceder, negarei, por extensão a existência da própria divindade; 8- finalmente, ao dizer que não há lei o ser humano está, de uma só vez, sem se aperceber, a proferir duas solenes afirmações: a)- que o pecado não existe; b)- como corolário da 1ª afirmação, a constatação de que o homem, a criatura, afinal, é imortal, um verdadeiro Deus, visto que, segundo as Escrituras “o salário do pecado é a morte”- Rom. 6.23. Este raciocínio faz-nos recordar uma única linguagem – claro, a de Lúcifer – no jardim do Éden – Gén. 3.4,5. Felizmente, entenda-se, a realidade do dia-a-dia demonstra, inexoravelmente, a falsidade das afirmações satânicas, pois ainda a criatura continua a conhecer a morte.
1- Vejamos o v. 5 – “E na sua testa estava escrito o nome: Mistério, a grande Babilónia, a mãe das prostituições e abominações da terra”. Em função deste texto somos impelidos a formular, desde já, uma pergunta, a saber: - se esta que é conhecida como “a grande Babilónia, a mãe (…)”, então quer dizer que esta entidade tem, obviamente, descendentes, pois não é possível uma mulher ser mãe se não tiver filhos ou filhas! Convém não esquecer que, neste capítulo também encontramos a tríplice aliança do Apoc. 13, ou seja - o dragão, que dá o seu poder à besta – v. 2 e que a ajuda a recuperar o seu poder – v. 15. Neste capítulo 17 não são utilizados os mesmos símbolos, ou seja – dragão, besta e falso profeta – mas não convém perder de vista que, o dragão, neste capítulo está representado pelos reis da Terra, tal como é referido pela serva do Senhor: - “(…). Reis, legisladores e governadores têm colocado sobre si o estigma do anticristo, e são representados pelo dragão que sai a guerrear contra os santos – contra os que guardam os mandamentos de Deus e têm a fé de Jesus (…)”. O dragão, como vimos é representado pelos governantes; a besta ou a mãe são as duas faces da mesma moeda; a imagem da besta ou o falso profeta é o mesmo que as filhas. Como podemos ver, uma vez mais, temos, de novo, estes três elementos inerentes a Babilónia. Nesta última fase temos: o protestantismo apóstata, o papado e os reis do mundo.
2- Vejamos o v. 6 - “E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos e do sangue das testemunhas de Jesus. E vendo-a eu, maravilhei-me com grande admiração”. O que tem esta mulher nas suas mãos? Segundo o texto, o sangue dos santos e das testemunhas de Jesus. Porque é que a mulher os matou e como? Para alcançar este propósito estranho e macabro, bastou ter dado do seu vinho aos reis, aos poderosos e multidões da Terra. No entanto, a Igreja sempre disse que nunca matou ninguém! O papa João Paulo II o admitiu e “pediu perdão dos males do passado”. É evidente que, directamente, não foi a Igreja mas sim o poder civil, mas quem o maneja? Claro, a Santa Madre Igreja. 300 Perante este cenário de carnificina, em nome de Deus, a atitude de João não poderia ser outra a não ser a que encontramos descrita. O profeta estava pasmado de tanto horror e ódio contra o povo de Deus, vindo de um poder, ele mesmo, apelidado de cristão!
3- Vejamos o v. 7 - “E o anjo me disse: Por que te admiras? Eu te direi o mistério da mulher e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres” – v. 7. O dragão do cap. 12 tem, igualmente, 7 cabeças e 10 chifres. A besta do cap. 13 também tem 7 cabeças e 10 chifres. Esta besta, a exemplo das citadas, continua a ter as mesmas características. Isto quer dizer que estamos na presença do mesmo poder só que, desta vez, na sua 2ª fase. Estas 7 cabeças, segundo algumas interpretações do passado recente, representam o mesmo número de papas. A razão de ser deste raciocínio é baseada num conceito muito simples, pois desde que a Questão Romana foi solucionada, com a criação do Estado do Vaticano, em 1929 no tratado de Latrão. Assim, desde esta data e do papa Pio XI até ao pontificado de João Paulo II, aparentemente, tudo se encaixava com o teor do v. 10 – “E são também sete reis; cinco já caíram e um existe; outro ainda não é vindo; e quando vier, convém que dure um pouco de tempo”.
Efectivamente, para a época, esta interpretação era muito aliciante mas, como teoria que era, ela valia o que valia, como tantas outras, até porque ainda vivia o papa João Paulo II. Assim, tal como dissemos, esta teoria encaixava perfeitamente na letra do v. 10. Se analisarmos as diferentes secções deste verso, temos:
Reis (Papas) Texto Bíblico – Apoc. 17.10
1º- Pio XI (1922-1939)
2º- Pio XII (1939-1958)
3º- João XXIII (1958-1963)
4º- Paulo VI (1963-1978)
5º- João Paulo I (1978)

- “cinco já caíram”
6º- João Paulo II (1978-2005) - “um existe”301
Segundo a teoria vigente, após João Paulo II viria outro e após este seria o fim depois um certo espaço de tempo decorrido. Note-se que não estamos a dizer que a ordem não seja esta, mas estamos unicamente a alertar para o perigo de avançar datas; o que estamos a dizer não é que o papa da actualidade – Bento XVI – não seja o último papa, mas que à luz do tempo presente, o articulado da teoria já no passado, é inválido. Na verdade, desde o ano de de 1929, como se poderá ver, já caíram não 5, como refere as Sagradas Escrituras, mas 6 reis – incluindo João Paulo II. Logo, à falsa a referida teoria. Portanto, sem avançar quaisquer datas, certamente que a solução existirá num postulado mais em conformidade com o espírito profético e não como resultado de uma feliz coincidência, que era o caso.
Convinha ter presente a admoestação de Jesus ao dizer: - “Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder” – Actos 1.7; Mat. 24.36. Não devemos avançar datas para acontecimentos proféticos pois não só o ser humano não está autorizado a fazê-lo. Mas a tentação existe, nomeadamente em relação ao cap. 12 do profeta Daniel acerca de duas datas ali apontadas: 1290 e 1335 dias. Destas datas falaremos mais tarde, numa outra publicação. Assim, somos tentados a fazer cálculos para sabermos ou calcularmos, à luz destas quando terminará o Tempo da Graça, quando sairá o Decreto Dominical, etc. Deus não colocou sobre o Seu povo esta responsabilidade. Para já, basta-nos referir a informação preciosa, neste contexto, que a serva do Senhor nos dá a conhecer, referindo que: - “O povo não terá outra mensagem sobre um tempo definido. Depois desse período de tempo (Apoc. 10.4-6), estendendo-se de 1842 a 1844, não pode haver um traçado definido do tempo profético. A contagem mais longa vai até ao Outono de 1844”. O que se passa quando marcamos datas e, passado o tempo nada aconteceu, vemos que algo acontece com a Igreja, tal como no passado, não só ficará um sentimento se insatisfação e decepção, como também se começa a desconfiar da Palavra de Deus, porque a comunidade interiorizou esta ou aquela interpretação como sendo válida, no fundo, como sendo Palavra de Deus.
4- Vejamos o v. 8 – “a besta que viste, foi e já não é, e há-de subir do abismo e irá à perdição; e os que habitam na terra, (cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo) se admirarão vendo a besta que era, e já não é, mas que virá”. É dito aqui que “a besta foi”. Na verdade, a que época histórica se referirá? Convém não esquecer que não podemos desligar os factos uns dos outros visto que eles são complementares. Assim, quando é que esta prostituta dominou a besta, os poderes? À luz do texto já analisado até aqui, desde o ano 538 até 1798, ou seja, ao longo dos 1260 anos apontados já na profecia de Daniel 7.25. Assim sendo, este “foi” deverá ser equivalente a este longo período de tempo. De seguida é dito que “já não é”. A besta e a prostituta são duas entidades diferentes. A prostituta é a Igreja apóstata com as suas filhas; a besta, em si mesma, representa os governos, os poderes que perseguem. A Igreja usa-os a seu contento, pois ela está sentada sobre a besta – v. 3. Por que é que “já não é”? Pela simples razão que foi ferida mortalmente – Apoc. 13.3.
O texto continua a dizer: - “e há-de subir do abismo” – v.8. Ora, de onde se levantou a 1ª besta do Apoc. 13? Do mar. E a 2ª besta? Da Terra. Esta do cap. 17 levantar-se-á do abismo. Esta palavra “abismo”, nas Sagradas Escrituras, refere-se, em muitos textos, ao lugar onde estão sepultados os mortos. Sendo assim, se esta besta sobe do abismo é porque estava morta. Depois diz: – “ e os que habitam na terra, (cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo) se admirarão vendo a besta que era, e já não é, mas que virá”. – v. 8. Aqui defrontamo-nos com um aparente absurdo; pois, como é que algo não é, mas que virá, ou será! Em que sentido o papado, no presente tempo, não é, mas é! Na verdade – “não é” - no sentido em que dominou a Europa ao longo de 1260 anos. Neste tempo tinha poder, pois podia utilizar em seu proveito os poderes civis. Agora é, ou seja, o sistema existe, mas não é a besta, pela simples razão que, por enquanto, não pode perseguir.
5- Vejamos o v. 9 – “Aqui há sentido que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes sobre os quais a mulher está assentada”. O que representa um monte na Palavra de Deus? Em Dan. 2, como vimos, um “monte” representa o reino eterno de Cristo – Dan.2.35. Quando a Bíblia fala do monte de Sião está a falar do reino de Israel. As 7 cabeças são 7 montes e sobre os quais a mulher se senta e estes, por sua vez, são 7 reis ou reinos. E que reinos são estes?
6- Vejamos o v. 10 – ““E são também sete reis; cinco já caíram e um existe; outro ainda não é vindo; e quando vier, convém que dure um pouco de tempo”. Aqui, como já vimos, é dito que “5 já caíram”. Para podermos responder com segurança devemos recorrer ao mesmo princípio de interpretação que anteriormente já aplicámos na compreensão de Daniel e Apocalipse. Outras interpretações acerca destas cabeças incluem neste número a Assíria e o Egipto, como tendo sido as primeiras cabeças destas sete. Mas estes dois reinos estão ausentes nestes dois livros proféticos. Segundo a Bíblia, os reinos são:
Reinos
1- Babilónia
2- Medo-Pérsia
3- Grécia
4- Roma Imperial
5- Roma dividida
6- Roma papal

Até à 6ª cabeça estamos perfeitamente em harmonia, quer histórica quer profeticamente, com o espírito e letra deste versículo, pois é o poder “que era e já não é”. E qual é ou quem representará a cabeça que falta – a 7ª? Esta não é mais do que a anterior - 6ª! Esta cabeça que foi ferida de morte, corresponde assim à estranha frase – “foi e já não é e há-de subir do abismo” – v. 8. Ou seja, o mesmo poder que governou como sendo esta 6ª cabeça, governará também como sendo a 7ª. Assim sendo, esta última corresponderá à mesma entidade – a Roma papal ressuscitada. Assim sendo, quantas fases tem a Roma papal, no âmbito do quadro que acabámos de ver? Uma vez mais, encontramos aqui duas: 1ª- que corresponde à 6ª cabeça – Roma papal; 2ª- esta corresponde à 7ª cabeça – Roma papal ressuscitada. Assim teremos:
Reinos
1- Babilónia
2- Medo-Pérsia
3- Grécia
4- Roma Imperial
5- Roma dividida
6- Roma papal
7- Roma papal ressuscitada

Convém recordarmos a coerência profética que temos seguido até aqui. Em Dan. 7 encontramos duas fases; em Apoc. 13 outras duas. Aqui, no texto que nos ocupa, também as encontramos, de novo. Esta forma de abordagem das profecias mostra-nos a coerência existente entre elas e, consequentemente, a garantia de não estarmos a mencionar aspectos que, eventualmente, possam ser coincidentes, mas que, na realidade, não tenham qualquer relação com o desenrolar do tempo profético, como vimos acima na interpretação destes símbolos, no passado recente, ou seja: - 7 reis = 7 papas.
7- Vejamos o v. 11 – “E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete, e vai à perdição”. Aqui temos um versículo, à primeira vista complicado, mas à luz do que já vimos, a complicação se desvanece. Já vimos que na besta existem 7 cabeças e não 8, o que significa que esta última tem que ser da mesma essência da anterior! Assim, contada em termos de sucessão, na verdade, a 7ª dará lugar, naturalmente, aquela que, naturalmente, lhe sucederá - a 8ª – só que nunca deixou de ser a mesma entidade, sistema de governo anterior - Roma ressuscitada – ou seja, esta mesma entidade na sua 2ª fase.
8- Vejamos o v. 13 – “Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta”. Aqui é dito que têm “o mesmo intento”, ou seja, de exterminar todos aqueles que não concordam com eles. Estes reis darão à besta: 1- o seu poder; 2- a sua autoridade. Repare-se que estes, nesta fase, não podem dar mais. Porquê? Porque o principal já foi dado, à besta, pelo dragão, ou seja – “o trono” – Apoc. 13.2.
9- Vejamos o v. 14 – “Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão com ele, chamados eleitos e fiéis”. Na verdade, lutarão contra o Cordeiro e este os vencerá. É interessante ver que o Cordeiro não está só, porque os que estão com Ele têm 2 particularidades: 1- eleitos; 2- fiéis. Por estas características vemos que vale a pena estar com Cristo, apesar da Palavra de Deus dizer que muitos, no auge das provações movidas pela besta e seus acólitos, renderão as suas vidas – cf. Apoc. 6.11,12; 20.4. Mas, podemos questionar-nos da seguinte maneira: - o que é que será melhor? Viver agora e morrer depois (para todo o sempre), ou morrer agora, se assim tiver que ser, e viver depois (para todo o sempre)? – cf. Lucas 12.16-20; Mateus 16.25,26. O que aqui está dito é que Cristo, na qualidade de Senhor dos senhores e Rei dos reis irá vencer a prostituta, os reis, as multidões e instaurará o Seu reino para todo o sempre; e com Ele terá estes que são vencedores com Ele, ou seja – os eleitos, os fiéis – os que prevaleceram até ao fim, apesar das mais adversas circunstâncias.
10- Vejamos o v. 16 – “E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta e a porão desolada e nua; e comerão a sua carne e a queimarão no fogo”. Estes 10 chifres irão apoiar a prostituta para dizimar e silenciar toda e qualquer voz discordante. De repente passa-se algo inesperado, pois estes mesmos reis, poderes políticos que até então tinham ajudado a prostituta, a terem feito um mesmo corpo com ela para perseguir os santos do Altíssimo, agora irão odiá-la, a tal ponto de a porem “desolada e nua; e comerão a sua carne e a queimarão no fogo”. Abramos aqui um parêntesis para ilustramos o que aqui está descrito com um exemplo do Antigo Testamento – a rainha Jezabel.
A mulher representada neste cap. 17.1 é prostituta e incita à prostituição espiritual. No interior do mesmo livro – cap. 2.20 – na mensagem à Igreja de Tiatira, encontramos a menção da rainha Jezabel, mulher do rei do Norte - Acabe. Aqui, o nome desta mulher, de novo, está ligado à prostituição espiritual – falsos ensinos, idolatria e imoralidade. Aqui, esta mulher “é a personificação do pretenso poder infalível e todo-poderoso, o papado”. Vemos aqui, sem grande esforço, nesta 1ª fase, o paralelo destas personagens ligadas à decadência e à perseguição da Igreja. Assim sendo, por uma questão de coerência também o fim de ambos os símbolos deverá ser semelhantes.
Vejamos o passado. Quem era esta mulher – Jezabel? Ela era de nacionalidade fenícia – “filha de Etbaal, rei dos sidónios; e foi e serviu a Baal e se encurvou diante dele” – I Reis 16.31. Portanto, idólatra e incentivará Israel a desviar-se do verdadeiro Deus. No confronto de Elias, no monte Carmelo, com os profetas de Baal, o que estava em causa era a soberania de Deus – o Deus vivo, o único Deus – I Reis.18.17-40; 21.25,26 – o resultado foi o massacre destes falsos profetas de Baal, pois desviaram o povo de Deus para adorarem o Sol. Jezabel, a mecenas destes falsos profetas, intenta matar Elias – I Reis 19.1,2. Profecia de Elias contra Acabe e Jezabel – extermínio da sua descendência – I Reis 21.21-23. Deus suscita um homem - Jeú - para executar esta profecia – II Reis 9.5-10. Atardemo-nos aqui um pouco para vermos o que aconteceu.
Jeú foi ao encontro da rainha Jezabel. Esta apercebendo-se Ada aproximação deste, preparou-se para o receber. Aproximando-se Jeú, este dirige uma voz de comando na direcção onde estava a rainha com aqueles que a serviam, os seus eunucos. O futuro rei ordena: - “(…). Quem é comigo? Quem? E dois ou três eunucos olharam para ele. Então disse ele: lançai-a de alto abaixo. E lançaram-na de alto abaixo; e foram salpicados com o seu sangue a parede e os cavalos, e ele a atropelou. (…). E foram para a sepultar; porém não acharam dela senão somente a caveira, os pés e as palmas das mãos. (…). Esta é a palavra do Senhor, a qual falou pelo ministério de Elias, o tisbita, seu servo, dizendo: No pedaço do campo de Jizreel os cães comerão a carne a Jezabel. E o cadáver de Jezabel será como esterco sobre o campo, no pedaço de Jizreel: que se não possa dizer: esta é Jezabel” – II Reis 9.30-37.
Recordando o texto do Apoc. 17.16 que nos suscitou este paralelo – “E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta e a porão desolada e nua; e comerão a sua carne e a queimarão no fogo”, comparando-o com o episódio da rainha Jezabel, apercebemo-nos de vários pontos de contacto:
A rainha Jezabel – II Reis 9.30-37 A Prostituta – Apoc. 17 e 18
1- os eunucos que tinham apoiado e servido a rainha – v. 32
2- voltam-se contra ela – v. 33
3- atiram-na pela janela, matando-a – v. 33
4- os cães comerão a sua carne – v. 36
5- “será como esterco” - desaparecerá para todo o sempre – v. 37 1- os reis, aqueles que a serviam e que, com ela tinham “um mesmo intento” – v. 13
2- “a aborrecerão” – v.16
3- “a porão desolada e nua” – v. 16
4- estes “comerão a sua carne” – v. 16
5- “caiu, caiu” e “não mais será achada” – 18.2,21

Fechando o parêntesis. Como dissemos inicialmente, encontramo-nos aqui em pleno cenário da 6ª praga. Durante o tempo que esta se desenrola, o que acontece ao rio Eufrates? À luz do texto, as suas águas secam – Apoc. 16.12 – ou seja, o seu poder adquirido por derivação, simbolizado por: multidões, línguas e povos – Apoc. 17.15 – deixa de existir, pois revolta-se contra a prostituta, tirando-lhe o apoio. Vejamos como a serva do Senhor nos transmite este acontecimento: - “O povo vê que foi iludido. Um acusa ao outro de o ter levado à destruição; todos, porém, se unem em acumular as suas mais amargas condenações contra os ministros. Pastores infiéis profetizaram coisas agradáveis, levaram os ouvintes a anular a lei de Deus e a perseguir os que a queriam santificar. Agora, no seu desespero, esses ensinadores confessam perante o mundo a sua obra de engano. As multidões estão cheias de furor. exclamam; ; e voltam-se contra os falsos pastores. Aqueles mesmos que mais os admiravam pronunciarão as mais terríveis maldições sobre eles. As mesmas mãos que os coroavam de lauréis levantar-se-ão para os destruir. As espadas que deveriam matar o povo de Deus são, agora, empregadas para exterminar os seus inimigos”.
O que aqui se passa é, por assim dizer, um eco do que se passou quando o povo de Deus, ao ter saído do Egipto, e estando já perto do mar Vermelho. Ali estava o povo. Paira no ar a ameaça de Faraó e, na verdade, este com o seu exército estava a perseguir o povo de Deus – Êx. 14.8-10. Aquela multidão, ao aperceber-se, não só do que se estava a passar, como também de todo aquele arsenal militar contra si, ficou muito inquieta, pois, humanamente falando, convenhamos, não era caso para menos! Qual q extensão e poderio daquele exército que se aproximava com o intuito de subjugar o povo de Deus? Quais eram as hipóteses, para o povo de Deus, de escapar? Vejamos como o historiador judeu Flávio Josefo descreve aquele teatro de operações: - “Quando os Hebreus estavam nas bordas do mar Vermelho, ficaram totalmente cercados pelo exército egípcio que era composto por 600 carros de guerra, 50.000 cavalos e 200.000 homens a pé muito bem armados, sem que fosse possível escapar, por causa do mar, por um lado, por outro a montanha inacessível e por rochedos que se estendiam até às margens. Eles não podiam combater porque eles não tinham armas, nem poderiam suster o cerco porque os víveres tinam acabado. Assim, só lhes restava uma alternativa para salvarem a vida, esta consistia em renderem-se, incondicionalmente, aos seus inimigos”. Excessiva ou não a narrativa, a situação era muito confrangedora para este povo saído há pouco tempo de um regime de escravatura, de total dependência e, acima de tudo, desarmado.
Na verdade, são impressionantes os números deste dispositivo militar contra um mar de escravos indefesos? Agora, leiamos como é que a serva do Senhor descreve esta mesma situação. Segundo a narrativa que encontramos da pena inspirada, é dito que, toda esta manifestação belicista egípcia tinha dois objectivos: 1º- a nível religioso; 2º- a nível político-militar. Assim, é dito que: - “Para conseguirem o favor dos deuses, e dessa forma garantir o êxito do seu empreendimento, os sacerdotes também os acompanharam. O rei estava resolvido a intimidar os israelitas através de uma grandiosa demonstração do seu poder. Os Egípcios tiveram medo de que a sua submissão forçada ao Deus de Israel os expusesse ao escárnio das outras nações”. Agora, para o leitor, é mais fácil compreender a razão de todo aquele aparato militar. Na verdade, como ultrapassar toda esta situação tão delicada, pois toda a Natureza estava, aparentemente, contra eles, a começar pela geografia do terreno. Perante tal cenário, alguns do povo pensaram que o fim tinha chegado, pois humanamente falando não havia qualquer escapatória possível para aquele problema que eles estavam a enfrentar. Qual a solução de Deus para este tão grande gigante que se aproximava perigosamente? A Palavra de Deus nos irá revelar duas, entre as incontáveis soluções que Deus tem para fazer face a qualquer problema gigante humano, no seu tão restrito universo, o da simples criatura. Vejamos o que a Bíblia nos dá a conhecer a este respeito: - “E o anjo do Senhor, que ia adiante do exército de Israel, se retirou e ia atrás deles; também a coluna de nuvem se retirou de diante deles e se pôs atrás deles. E ia entre o campo dos egípcios e o campo de Israel; e a nuvem era escuridade para aqueles, e para estes esclarecia a noite; de maneira que em toda a noite não chegou um ao outro” – Êxodo 14.19,20.
Eis a primeira solução apresentada! Esta é descrita pela serva do Senhor, da seguinte forma: - “Mas, agora que o exército egípcio se aproximava, esperando fazer de Israel uma presa fácil, a coluna de nuvem elevou-se majestosamente para o céu, passou sobre os israelitas, e desceu entre eles e os exércitos do Egipto. Um muro de escuridão interpôs-se entre perseguidos e perseguidores. (…). Mas, à medida que as trevas da noite aumentavam, o muro de nuvem transformou-se numa grande luz para os Hebreus, iluminando claramente todo o acampamento”. E qual foi a segunda solução apresentada pelo Deus do impossível – cf. Mateus 19.26; Lucas 1.37 - não menos transcendente, para a limitada compreensão humana? E agora, que e como fazer para que Israel possa avançar em paz e em total segurança. A Palavra de Deus a revela da seguinte forma: - “Então Moisés estendeu a sua mão sobre o mar, e o Senhor fez retirar o mar por um forte vento oriental toda aquela noite; e o mar tornou-se em seco e as águas foram partidas. E os filhos de Israel entraram pelo meio do mar em seco; e as águas foram-lhes como muro à sua direita e à sua esquerda” – Êx. 14.21,22. E como descreve esta cena fantástica a pena inspirada? É-nos dito que: - “Quando Moisés estendeu a vara, as águas dividiram-se, e Israel dirigiu-se para o meio do mar, pisando terra enxuta, enquanto as águas ficavam aos lados, como um muro. A luz da coluna de fogo de Deus resplandecia nas ondas coroadas de espuma e iluminava o caminho que era talhado, como um enorme sulco, através das águas do mar, e se perdia na obscuridade da praia oposta”.
Qual o resultado? Assim – “Quando rompeu a manhã, esta revelou às multidões de Israel tudo o que restava do seu poderoso adversário: os corpos, vestidos com as suas armaduras, arremessados à praia. Diante do mais terrível perigo, uma noite tinha trazido total libertação”. Quando deixaram de existir naquela noite? Se tivermos em conta o que Flávio Josefo relata, o exército de Faraó, no seu todo, era composto por “600 carros de guerra, 50.000 cavalos e 200.000 homens a pé” – cf. Êxodo 14.7,9 – o que perfaz um total, mínimo de 600 + 50.000 + 200.000 = 250.600 homens. E qual o esforço despendido pelo povo de Deus? Ora vejamos: - “Moisés, porém, disse ao povo: Não temais; estai quietos e vede o Livramento do Senhor, que hoje vos fará; porque aos egípcios que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejará por vós e vos calareis” – Êxodo 14.13,14. Na verdade “Deus, na Sua providência, colocou os hebreus perante a solidez das montanhas, diante do mar, para poder manifestar o Seu poder, libertando-os, e humilhar de forma notável o orgulho dos seus opressores. Poderia tê-los salvo de qualquer outro modo, mas escolheu este, para provar a sua fé e fortalecer a sua confiança n’Ele”. Esta estranha e transcendente ocorrência - uma nuvem que passa sobre os israelitas, indo da frente para trás e tendo este efeito - mais tarde será evocada por S. Paulo, por estas palavras: - “Ora, irmãos, não quero que ignoreis que os nossos pais estiveram todos debaixo da nuvem, e todos passaram pelo mar. E todos foram baptizados, em Moisés, na nuvem e no mar” – I Cor. 10.1,2. Ou seja, todo o Israel foi duplamente baptizado e protegido por Deus, na terra, sob a nuvem e no mar, sob aquele enorme “muro de água à direita e à esquerda” – Êxodo 14.22.
O que deveria fazer o ser humano? No mínimo ter uma palavra de agradecimento, de Acção de Graças ao Deus Criador; este louvor ficou registado na História bíblica como – o Cântico de Moisés – Êxodo 15.1-19. De tal maneira este cântico foi poderoso, de tal maneira ele enaltece o Deus Criador, ao ponto de ser dito “Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como tu glorificado em santidade, terrível em louvores, obrando maravilhas?” – Êxodo 14.11. Na verdade “Este cântico e a grande libertação que ele comemora (…) testifica que Jeová é a força e a libertação daqueles que n’Ele confiam. (…). Ele aponta para o futuro, para a destruição de todos os adversários da justiça, e a vitória final do Israel de Deus. O profeta de Patmos vê a multidão vestida de branco, dos que , em pé sobre o “mar de vidro misturado com fogo”, tendo as “harpas de Deus. E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro”. Tudo isto é uma imagem do quanto se irá passar no Tempo do fim. Os inimigos de Deus desaparecerão. De igual maneira, neste Tempo do fim, todos os poderes do mundo estarão prontos, preparados, a exemplo do passado, para aniquilar o remanescente. Mas, no momento, na noite escolhida por Deus ouvir-se-á, finalmente, a voz de Deus e, esta voz secará as águas, ou seja, as multidões que apoiavam a prostituta, não somente retirarão o seu apoio, como também destruirão esta mulher, esta besta. Como vimos, logo após a passagem do mar Vermelho, aparece o “Cântico de Moisés”. A Bíblia refere que, assim que o povo escape devido ao facto das águas terem secado, este cantará o cântico de Moisés, e o cântico do Cordeiro.
Recordemos aqui, resumidamente, um outro caso que encontramos na Palavra de Deus, que ilustra, uma vez mais, o que se passará no Tempo de Angústia, antes do Livramento final, da parte do Senhor ao Seu povo – a 2ª vinda de Jesus Cristo. O episódio em causa é quando o rei da Assíria Senaqueribe, séc. VII a. C. tentou anexar Jerusalém ao seu poderio. Este, no passado recente, tinha feito muitas conquistas consideráveis no mundo de então; esta, era mais uma que empreenderia com a mesma facilidade, a exemplo do passado. Com este propósito em mente, manda a Jerusalém um seu emissário ameaçar o povo de Deus – Isaías 36.1-22. Vemos, depois, a postura do rei de Judá em face destas ameaças proferidas por aquele arauto real; de seguida, a Bíblia mostra-nos o monarca Ezequias, rei de Judá, numa postura de consternação e de inquietação, pois – “(…) rasgou os seus vestidos e se cobriu de saco, e entrou na casa do Senhor” – Isaías 37.1. Logo após, é enviada uma mensagem deste, ao profeta Isaías dizendo: - “Este dia é dia de angústia e de vitupérios e de blasfémias” – v. 3. De seguida, chega a resposta do profeta ao rei de Judá, dizendo: - “(…). Quanto ao que me pediste acerca de Senaqueribe, rei da Assíria. Esta é a palavra que o Senhor falou a respeito dele: (…). A quem afrontaste e de quem blasfemaste? E contra quem alçaste a voz e ergueste os teus olhos ao alto? Contra o Santo de Israel. (…). Pelo que assim diz o Senhor acerca do rei da Assíria: Não entrará nesta cidade, nem lançará nela frecha alguma; tão pouco virá perante ela com escudo ou levantará contra ela tranqueira. Pelo caminho por onde vier, por esse voltará; mas, nesta cidade não entrará, diz o Senhor” – v. 21,23,33,34
Esta foi a Palavra de Deus ao Seu servo, o profeta Isaías, que deveria ser transmitida ao rei de Judá. Que mensagem tão reconfortante. Mas, quer esta mensagem de esperança e de conforto, quer a do passado, junto ao mar Vermelho, em relação ao poderio militar egípcio, ambas exigiam: 1- fé da parte do povo à promessa de Deus; 2- confiança no Seu poder. E qual foi o resultado? A Palavra de Deus revela-nos qual foi o plano do Senhor para cumprir a Sua palavra para com o Seu povo: - “Então saiu o anjo do Senhor e feriu no arraial dos assírios a 185.000; e quando se levantaram pela manhã cedo, eis que tudo eram corpos mortos. Assim, Senaqueribe, rei da Assíria, se retirou e se foi, e voltou e ficou em Ninive” – v.37,38. Aqui, de novo, a exemplo do Livramento na orla do mar Vermelho, sem que o povo fizesse fosse o que fosse, deixaram de existir 185.000 homens do exército da Assíria!
Atardemo-nos aqui um pouquinho, antes de prosseguirmos, para reflectir sobre a grandiosidade de Deus e, loucura nossa, tentar compreendê-lO! Na Palavra de Deus encontramos inúmeras referências que evocam os atributos de Deus. No entanto, o ser humano permanece, teimosamente, irredutível na sua concepção de Deus. O livro de Job nos mostra o que, em verdade, a criatura é, ao dizer: - “Porque nós somos de ontem e nada sabemos; porquanto os nossos dias sobre a terra são como a sombra”- Job 8.9. Na verdade, quanto valerá uma sombra? Por outro lado, Job lança-nos um desafio: - “Porventura alcançarás os caminhos de Deus ou chegarás à perfeição do Todo-poderoso? Como as alturas dos céus é a sua sabedoria; que poderás tu fazer? Mais profunda é ela do que o inferno (sepultura); que poderás tu saber? Mais comprida é a sua medida do que a terra, e mais larga do que o mar” – Job 11.7-9. Na verdade, perante tal presença divina, perante tal grandiosidade, o ser humano dos nossos dias deverá, unicamente, continuar nesta linha e admiração e louvou ao Seu Santo nome, ao fazer suas as palavras de S. Paulo: - “Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e quão inescrutáveis são os seus caminhos! Porque quem compreendeu o intento do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado? Porque dele e por ele, e para ele são todas as coisas; glória pois, a ele eternamente. Amém.”- Rom. 11.33-36. Dentro deste mesmo contexto de invocação e de louvor ao Deus Criador, o bispo de Hipona, Agostinho,314 assim se expressou: - “Sois grande, Senhor, e infinitamente digno de ser louvado. É grande o vosso poder e incomensurável a vossa sabedoria. O homem, fragmentozinho da criação quer louvar-vos (…)”.Dita a mesma verdade, por outras palavras, aquelas que o patriarca Abraão utilizou para se definir a si mesmo na presença de Deus – “(…). Eis que agora me atrevi a falar ao Senhor, ainda que sou pó e cinza” – Gén. 18.27.
Não devemos temer a perseguição que causará uma grande angústia de tal grandeza que, segundo o profeta Daniel, igual à “(…) qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo (…)” – Dan. 12.2. Porquê? Tal como no passado, não só porque o Deus é o mesmo do passado, como também connosco está Aquele que é, só Ele e Ele só, o “Senhor dos senhores e o Rei dos reis”.

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