domingo, 25 de agosto de 2013

João Recebe a Visão da Noiva de Cristo

1.      João tem a visão da Noiva de Cristo como a luz do Mundo – v. 12
“E virei-me para ver quem falava comigo. E, virando-me, vi sete castiçais de ouro.” Apocalipse 1:12
• Antes de ter a visão do Cristo exaltado, ele teve a visão da igreja. O mundo vê Cristo através da igreja e no meio da igreja. Isso significa que ninguém verá a Jesus em glória senão por meio da sua igreja aqui na terra. Você precisa da igreja. Precisa se congregar. O que é a igreja? Ela é a luz do mundo. Por isso, ele é candeeiro e estrela.
• João vê a igreja em duas figuras: sete estrelas e sete candeeiros. Tanto a estrela como o candeeiro são luzeiros. Eles devem refletir luz. A igreja é a luz do mundo. Ela resplandece no mundo. Se uma lâmpada deixasse de proporcionar luz ela era afastada (2:5). A luz da igreja é emprestada ou refletida, como a da lua. Se as estrelas têm de brilhar e as lâmpadas luzir, elas devem permanecer na mão de Cristo e na presença de Cristo.
• Os sete candeeiros são as sete igrejas, mas o que são os sete anjos (v. 16,20)? Anjos celestes, mensageiros, pastores ou uma figura da própria igreja? Hendriksen pensa que anjos aqui são os pastores. Mas este livro usa a palavra "anjos" 67 vezes e em nenhuma delas refere-se a seres humanos. Assim George Ladd entende que tanto os candeeiros como as estrelas falam da igreja como luzeiros de Deus no mundo. Cristo está não apenas entre a igreja, mas a têm em suas próprias mãos. Essas duas figuras, portanto, são um símbolo incomum para representar o caráter celestial e sobrenatural da igreja, seja através dos seus membros, seja através dos seus líderes.

2.      João tem a visão do Noivo na sua glória excelsa – v. 13-18
Texto: 13  E no meio dos sete castiçais um semelhante ao Filho do homem, vestido até aos pés de uma roupa comprida, e cingido pelos peitos com um cinto de ouro.
14  E a sua cabeça e cabelos eram brancos como lã branca, como a neve, e os seus olhos como chama de fogo;
15  E os seus pés, semelhantes a latão reluzente, como se tivessem sido refinados numa fornalha, e a sua voz como a voz de muitas águas.
16  E ele tinha na sua destra sete estrelas; e da sua boca saía uma aguda espada de dois fios; e o seu rosto era como o sol, quando na sua força resplandece.
17  E eu, quando vi, caí a seus pés como morto; e ele pôs sobre mim a sua destra, dizendo-me: Não temas; Eu sou o primeiro e o último;
18  E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno. Apocalipse 1:13-18
• João vê dez características distintas do Noivo da igreja em sua glória e majestade:
1) As Suas Vestes (v. 13) – Falam de Cristo como Sacerdote e Rei. Ele nos conduz a Deus e reina sobre nós.
2) A Sua Cabeça (v. 14) – Falam da sua divindade, da sua santidade e da sua eternidade.
CONCLUSÃO
3) Os Seus Olhos (v. 14) – Falam da sua omnisciência que a tudo vê e perscruta. Ele é o juiz diante de quem tudo se desnuda.
4) Os Seus Pés (y.,1.5) – Isso fala da sua omnipotência para julgar os seus inimigos. Convém que ele reine até que ponha todos os seus inimigos debaixo dos seus pés (1 Co 15:23).
5) A Sua Voz (v. 15) – Isso fala do poder irresistível da sua Palavra, do seu julgamento. No seu juízo desfalecem palavras humanas. A voz de Cristo detém a última palavra e é a única a ter razão.
6) A Sua Mão (v. 16) – A mão direita é a mão de ação, com a qual age e governa. Isso mostra o seu cuidado com a igreja. Ninguém pode arrebatar você das mãos de Cristo (Jo 10:28).
7) A Sua Boca (v. 16) – Essa Palavra aqui não é o Evangelho, mas a Palavra do juízo. A única arma de guerra usada pelo Cristo conquistador no capítulo 19 é a Espada que saía da sua boca (19:5). Essa é a cena do tribunal, onde é proferida a sentença judicial, e precisamente sem contestação.
8) O Seu Rosto (v. 16) – A visão agora não é mais de um Cristo servo, perseguido, preso, esbofeteado, com o rosto cuspido, mas do Cristo cheio de glória. A luz do sol supera o brilho dos candeeiros.
9) A Sua Perenidade – O Primeiro e o Último (v. 17) – Ele é o criador, sustentador e consumador de todas as coisas. Ele cria, controla, julga e plenifica todas as coisas. Cristo aqui é enaltecido como vitorioso sobre o último inimigo, a morte.
10) A Sua Vitória Triunfal (v. 18) – João está diante do Cristo da cruz, que venceu a morte. Ele não apenas está vivo, mas está vivo para sempre. Ele não só ressuscitou, ele venceu a morte e tem as chaves da morte e do inferno. Quem tem as chaves tem autoridade. Jesus recebeu do Pai toda autoridade no céu e na terra (Mt 28:18). Jesus tem não apenas a chave do céu (3:7), mas também a chave da morte (túmulo). Agora a morte não pode mais infligir terror, porque Cristo está com as chaves, podendo abrir os túmulos e levar os mortos à vida eterna.
• Este parágrafo pode ser sintetizado em três aspectos: 1) O que João ouviu (v. 9-11); 2) O que João viu (v. 12-16) e o que João fez (v. 17-18). Os dois primeiros pontos já foram analisados. Vejamos agora, na conclusão, o último, o que João fez.
• A reação de João diante da visão do Cristo da glória:
Profundo quebrantamento (v. 18) – "Quando O vi, caí a seus pés como morto". O mesmo João que debruçara no peito de Jesus, agora cai aos seus pés como morto. Isaías, Ezequiel, Daniel, Pedro e Paulo (Is 6:5; Ez 1:28; Dn 8:17; 10:9,11; Lc 5:8; At 9:3-4) passaram pela mesma experiência ao contemplarem a glória de Deus. Em nossa carne não podemos ver a Deus, pois ele habita em luz imarcescível (1 Tm 6:16). É impossível ver a glória do Senhor sem se prostrar. Ilustração: as pessoas que dizem cair diante da glória de Deus e se levantam do mesmo jeito.

3. Gloriosamente restaurado
“E o que vivo e fui morto, mas eis aqui estou vivo para todo o sempre. Amém. E tenho as chaves da morte e do inferno.” Apocalipse 1:18

(v. 18) – Jesus toca e fala. A mesma mão que segura (v. 16), é a mão que toca e restaura (v. 18). O mesmo Jesus que acalmou os discípulos muitas vezes, dizendo-lhes, não temas, agora diz a João: Não temas. A revelação da graça de Jesus o põe de pé novamente para cumprir o seu ministério.

José Carlos Costa, pastor

Sem comentários:

Enviar um comentário