sexta-feira, 28 de outubro de 2011

VEM AÍ O DIA DO JUÍZO!

Não é Uma Ameaça; é Uma Promessa.
30 Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam;
31 Porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos. Atos 17:

O apóstolo Paulo está de pé no monte rochoso, em frente da Acrópole, em Atenas. No meio da multidão, que se reuniu para ouvir aquilo que ele tem a dizer, estão filósofos e transeuntes desejosos de apanhar qualquer nova e excitante informação. Paulo começa a falar das práticas religiosas que ele observou pela cidade e aponta-lhes o único Deus verdadeiro, o criador dos Céus e da Terra, a fonte da vida para todos. Leva então o discurso ao seu clímax com uma advertência: vem aí o dia do juízo!

É uma mensagem que ressoa por toda a Bíblia. Deus, o árbitro moral do Universo, chamará homens e mulheres à responsabilidade. Ninguém pode escapar; ninguém pode esconder-se. As pessoas podem tentar negá-lo, tentar sacudí-lo da sua consciência, mas o facto permanece: vem aí o dia do juízo! “Porque todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal.” (2ª Coríntios 5:10).
“Porque com fogo e com a sua espada entrará o SENHOR em juízo com toda a carne; e os mortos do SENHOR serão multiplicados.” (Isaías 66:16). De igual modo Jesus, que falou tanto do amor do Pai, ensinou que o dia do juízo estava para vir: “Mas eu vos digo que de toda a palavra ociosa que os homens disserem hão de dar conta no dia do juízo.” (Mateus 12:36).

No nosso mundo caído atual, abunda a injustiça. Frquentemente, os pobres não recebem o que lhes é devido, enquanto aqueles que têm os meios para pagar a alto preço a advogados saem em liberdade. Vivemos numa época em que predomina a iniquidade, em que a desumanidade do homem contra o seu próximo não conhece limites, em que o mal parece movimentar-se sem controlo, em que “a verdade está sempre no cadafalso, e o al sempre no trono.”

No entanto, o Senhor diz-nos, como diz a toda a humanidade: vem aí o dia do juízo! O mal não continuará a ser negada ou pervertida. Deus tomará os assuntos nas Suas mãos; Ele vai chamar toda a humanidade à responsabilidade.

Permanece Firme
Depois do Holocausto, muitos Judeus abandonaram a fé em Deus. Perante o que parecia ser o silêncio divino, já não conseguiam acreditar. O problema, no entanto, é muito mais antigo. Vem à tona em vários lugares das Escrituras, nomeadamente no Salmo 73. Aí, o salmista reconhece com sinceridade as suas lutas interiores ao ver que aqueles que rejeitam Deus parecem prosperar. “Quanto a mim, os meus pés quase que se desviaram; pouco faltou para que escorregassem os meus passos. Pois eu tinha inveja dos néscios, quando via a prosperidade dos ímpios.” Salmo 73:2,3.

As pessoas que não se interessam nada por Deus parecem desfrutar de uma boa vida – saudáveis, sem preocupações, ricos, presunçosos, violentos, maledicentes, maliciosos, arrogantes (vs. 4-12). Dizem eles: “Como o sabe Deus?ou há conhecimento no Altíssimo?” (v.11).

Era uma questão demasiado pesada para o salmista compreender, e é também pesada para nós. Contudo, a resposta, tanto para ele como para nós, vem nestas palavras: “Até que entrei no santuário de Deus: então entendi eu o fim deles” (v. 17).
Para o salmista, o santuário dava-lhe a certeza de que Deus estava vivo e ativo. Deus coontinuava no trono, e quando chegasse a Sua hora, segundo o Seu plano, Ele poria fim ao reinado do pecado e do Mal. Deus iria corrigir todas as coisas.

Para nós, o Santuário celestial, onde Jesus ministra como nosso grande Sumo-sacerdote, dá-nos a mesma certeza. O mundo não vai continuar para sempre. Os crimes que invadem a sociedade moderna, os atos vis de homens e mulheres serão, um dia, levados ao escrutínio do Senhor do Universo. Vem aí o dia do juízo!

Em muitas Igrejas Cristãs, a doutrina do julgamento está praticamente posta de lado. Ainda que os membros dessas Igrejas continuem a dizer as palavras do antigo credo – “Cristo virá julgar os vivos e os mortos” – a ideia já não tem significado na sua experiência. Os Adventistas do Sétimo Dia, porém, retêm esta verdade bíblica como componente vital da sua teologia. Vemos a nossa mensagem retratada nos três anjos de Apocalipse, que vão a todo o mundo com a proclamação: “Dizendo com grande voz: Temei a Deus, e dai-lhe glória; porque é vinda a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas.” Apocalipse 14:7.

Repare-se na correspondência desta mensagem com o discurso do apóstolo Paulo no Areópago. O apóstolo lançou aos seus ouvintes céticos o desafio de se arrependerem; a nossa mensagem chama as pessoas a temer a Deus e dar-Lhe glória. Paulo falou de “um dia em que (Deus), com justiça, há de julgar o mundo”; nós pregamos: “vinda é a hora do seu juízo.”

Transformados pela Grala
Por fim, Paulo declarou que Deus vai julgar o mundo pelo homem que Ele destinou, Aquele que foi ressuscitado dos mortos – Jesus Cristo. A mensagem que os Adventistas devem anunciar ao mundo está centrada em Jesus. É “o evangelho eterno”, as boas-novas do Deus-homem que operou a nossa salvação e que em breve virá outra vez. Ele é Aquele que “fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (Apoc. 14:7), porque “todas as coisas foram feitas por Ele, e, sem Ele, nada do que foi feito se fez” (João 1:3).

No juízo, a questão fundamental tem a ver com o nosso relacionamento com Jesus. Não podemos salvar-nos a nós mesmos, por muito que o tentemos fazer. Quando o nosso nome surgir no tribunal celestial, com o relato absolutamente rigoroso da nossa vida ali exposto – tudo o que fizemos e o que deixámos por fazer, todas as nossas palavras, todos os pensamentos mais íntimos – há uma questão que terá precedência sobre todas as demais: O que fizemos com o Filho de Deus? “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do Unigénito Filho de Deus.” João 3:17,18.

O registo celestial da nossa vida, ainda que só por si não possa dar-nos qualquer esperança, é, não obstante, importante, pois revela qual a direção da nossa vida. Somos fracos e falíveis; tentamos, mas caímos, e caímos de novo. Com todos os avanços e recuos, porém, a graça de Cristo está a tranformar-nos. A transformação ocorre silenciosamente, diariamente, à medida que a imagem de Deus se vai renovando em nós. Ao andarmos com Jesus, ao nos entregarmos a Ele cada dia, alimentando-nos com a Sua Palavra e procurando viver para a Sua glória, tornamo-nos como Ele. Assim como um marido e a esposa, que se amam profundamente, começam a parecer-se um com o outro, também as pessoas que amam Jesus se vão parecendo mais e mais com Ele.

“Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor.” 2ª Coríntios 3:18.

Alguns Adventistas do Sétimo Dia receiam o juízo. Vivem na dúvida e com a apreensão de que não vão ser considerados suficientemente bons para no fim serem admitidos no Céu.

Querido leitor, está entre os receosos? Permita-me que lhe dê uma resposta direta da Bíblia: De facto não é suficientemente bom. Por si só, nunca lá chegará.

Jesus, contudo, é suficientemente bom. Se O aceitou como seu Salvador e Senhor, Ele preenche o seu lugar. O Pai, quando olhar para si, via ver apenas a justiça perfeita do Seu Filho e não o registo manchado da sua vida.

Poderá isto ser verdade? Confiemos na Palavra de Deus, que nos garante:
“Visto que temos um grande sumo sacerdote, Jesus, Filho de Deus, que penetrou nos céus, retenhamos firmemente a nossa confissão.
Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado.
Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça, a fim de sermos ajudados em tempo oportuno.” Hebreus 4:14-16.

A última mensagem de Ellen White, escrita em 1914, foi dirigida a uma pessoa perturbada por dúvidas e receios quanto à sua aceitação por Jesus. Foi assim que a Sra. White escreveu:
“É vosso privilégio confiar no amor de Jesus para a salvação, da maneira mais ampla, mais segura e mais nobre; e dizer: Ele me ama, Ele me recebe, n´Ele confiarei, pois deu a Sua vida por mim (Testemunhos para Ministros, p. 517).

Que descanso! Que certeza! O trono de Deus no Céu é um trono da graça! A graça é a nossa esperança viva; a graça é a nossa salvação.

Na realidade, isto são boas-novas. Vem aí o dia do juízo! Deus seja louvado!

William G. johnnson
Revista Adventista
Semana de Oração - 2011

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