sábado, 18 de maio de 2013

E VI O SEGUNDO ANJO - APOCALIPSE

“E outro anjo seguiu, dizendo: Caiu, caiu Babilónia, aquela grande cidade, que a todas as nações deu a beber do vinho da ira da sua prostituição.” Apocalipse 14:8
Esta série das três profecias mostra o último esforço de Deus para salvar o ser humano. O capítulo catorze do Apocalipse é, sem dúvida, um divisor de águas no plano de Deus para o planeta Terra.
A primeira profecia descreve a pregação do evangelho eterno, que deve ser partilhado com toda a nação, tribo, língua e povo. Ao mesmo tempo é anunciado que um juízo está em andamento e que a nossa adoração deve ser somente ao Deus Criador do céu e da terra.
O evangelho apresentado não é um evangelho moderno, mas eterno; não um tradicionalismo vazio, mas uma verdade de graça redentora; não é o apelo do profeta ao pecador, mas do glorioso e amante Redentor. Esse é o desafio que a mensagem do primeiro anjo apresenta.
Este capítulo, em primeiro lugar, ressalta uma mensagem de misericórdia a um mundo que está à beira do colapso. Já a segunda mensagem contém uma séria advertência que precisa da nossa atenção. O profeta Joãoviu que, em seguida à pregação do primeiro anjo, surgiu um segundo anjo com uma mensagem muito forte e muito difícil de ser pregada.
Qual é o conteúdo da segunda mensagem profética? “Seguiu-se outro anjo, o segundo, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilónia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da fúria da sua prostituição” (Apocalipse 14:8).
A profecia começa por dizer que seguiu-se outro anjo. O que está o profeta a querer dizer? A expressão significa que ela segue uma ordem sequencial. O primeiro anjo apresenta a sua mensagem e em seguida o segundo também o faz. Seguem uma ordem cronológica, mas elas se interpõem. O primeiro ainda está pregando a sua mensagem quando surge o segundo. Um não termina para que o outro comece. A mensagem de ambos continua sendo anunciada ao mesmo tempo.
Que mensagem traz o segundo anjo? “Caiu, caiu a grande Babilónia” (Apocalipse 14:8). Um profeta repetia duas ou mais vezes o que estava anunciando quando se tratava de algo muito importante e, o que o segundo anjo tem a dizer, na visão do profeta, é extremamente importante. Ele está anunciando a queda de Babilónia. Mas, que Babilónia? Por que João usou essa palavra? A cidade de Babilónia estava em ruínas nos dias de João. Então, do que estava ele falando?
Para entendermos essa profecia, precisamos conhecer um pouco da cidade de Babilónia. Ela começou lá na época da torre de Babel, com Ninrode, um bisneto de Noé.  “A cidade foi desde o princípio um emblema da incredulidade ao verdadeiro Deus e um desafio à Sua vontade (Génesis 11:4-9), e sua torre foi um monumento da apostasia, uma cidadela de rebelião contra o Senhor” (C.B.A.S.D. vol.7, p. 843).
O profeta Isaías identifica Lúcifer como o príncipe invisível de Babilónia (Isaías 14:4,12-14). Babilónia esteve sempre contra Deus e o Seu povo. A cidade era o centro da atuação de Satanás. Enquanto Babilónia era o palco de Satanás, Jerusalém era o palco da atuação de Deus. Enquanto Babilónia estabelecia um governo completamente contrário e independente de Deus, em Jerusalém a forma de governo era Teocrática, ou seja, um sistema de governo orientado por Deus.
O profeta de Patmos não estava a falar da cidade de Babilónia, e sim de um poder que teria as mesmas características que Babilónia teve no passado. Esse poder seria marcado pela confusão e pela rebelião contra Deus e as Suas verdades. Também agiria independente de Deus e perseguiria e escravizaria Seu povo.
 “Babilónia tem sido reconhecida literal e simbólica desde há muito como a inimiga tradicional da verdade e do povo de Deus. Babilónia, como se usa no Apocalipse, simboliza desde a antiguidade até o fim dos tempos todas as organizações religiosas apóstatas” (idem).
Essa mensagem começou a ser pregada logo após o anúncio da mensagem do primeiro anjo. É aplicada às organizações religiosas que se corromperam com doutrinas estranhas à Palavra de Deus. Ou seja, tem se embriagado com o vinho do erro, das doutrinas falsas.
A profecia diz ainda que Babilónia – a confusão religiosa – vai perseguir no futuro o povo remanescente, fiel a Deus e aos princípios bíblicos. Porém, a Bíblia afirma que esse poder, com características semelhantes às da antiga Babilónia, vai cair. Assim como caiu Nabucodonosor e caiu a velha Babilónia.
O grande recado que precisa ser dado ao mundo cristão é que saia dessa confusão religiosa. No capítulo 18:4 de Apocalipse temos um recado urgente de Deus: “Retirai-vos dela, povo meu, para não serdes cúmplices em seus pecados e para não participardes dos seus flagelos”.
Este apelo de sair de uma religião com mistura ou caldeada da verdade com o erro é um apelo repetido pelos profetas no A.T, ver Is. 48:20; Jer. 50:8; 51: 6, 45. Assim como o povo de Deus saíu da antiga Babilónia para regressar a Jerusalém, da mesma maneira o seu povo hoje é chamado a sair da Babilónia simbólica  para seja considerado digno de entrar na Nova Jerusalém.
Todos os que são verdadeiros filhos do Senhor ouvem a Sua voz e obedecem a sua exortação (ver Mat. 7:21-27; cf. João 10:4-5). Esta “voz” repete a exortação do segundo anjo do Apoc. 14:8. As razões imediatas para este chamado imperativo são dadas na última parte do verso “não participes dos seus flagelos”.
Este é o convite de Deus para você. Avalie as suas crenças. Compare-as com a palavra de Deus. Não seja enganado ou embriagado com o vinho do erro, das doutrinas equivocadas, dos ensinamentos falsos.

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