"Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em
grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca na fronte
ou sobre a mão, também esse beberá do vinho da cólera de Deus, preparado, sem
mistura, do cálice da sua ira, e será atormentado com fogo e enxofre, diante
dos santos anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos
séculos dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os
adoradores da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome.
Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a
fé em Jesus" (Apoc. 14:9-12).
Esta advertência solene é dirigida a cada crente. Convoca a
cada um a permanecer firme contra as ameaças de morte do anticristo, e
desenvolve a mensagem do segundo anjo de que todas as nações se viram
compelidas a "beber o vinho" de Babilónia (Apoc. 14:8): "Se alguém
beber o vinho da ira de Babilónia, também terá que beber o vinho da ira de
Deus!" O "cálice" simbólico da ira de Deus (Apoc. 14:10; 16:19)
era um conceito tradicional nas profecias de juízo de Israel. O "cálice de
vinho" na mão de Deus servia como o símbolo de sua justiça punitiva.
Até Israel que quebrantou o pacto teve que beber o vinho de
sua ira (Jer. 25:15, 16, 17; 49:12; Ezeq. 23:31-34; Isa. 51:17, 22; Sal. 60:3;
75:8). Mas Israel experimentou a taça da ira de Deus só em forma temporária
(ver Sal. 60:3; Isa. 51:22). Entretanto, alguns inimigos de Israel tiveram que
beber a taça da ira até sua extinção: "Beberão, e engolirão, e serão como
se não tivessem sido" (Ob. 16). "Bebei, embebedai-vos e vomitai; caí
e não torneis a levantar-vos..." (Jer. 25:27; também o v. 33).
A aceitação por parte de Jesus da taça da ira divina da mão
de Deus no Getsémani pertence à essência do evangelho (Mat. 20:22; 26:39, 42).
Declara E. W. Fudge: "Porque ele aceitou aquela taça, seu povo não tem que
bebê-la. A taça que nos deixa [a taça da comunhão] é um recordativo constante
de que ele ocupou nosso lugar (Mat. 26:27-29)".
Os adoradores da besta têm que beber a ira de Deus
"pura" [em gr., akrátu; "sem diluir", NBE; "sem
mistura", CI). Este cálice da ira já não está misturado com misericórdia.
Derramar-se-á com as 7 últimas pragas (Apoc. 15:1). Isto significa que todas as
pragas de Apocalipse 16 constituem uma parte integral da mensagem do terceiro
anjo. Uma expressão hebraica nestes versículos tem desafiado os intérpretes:
"Será atormentado com fogo e enxofre, diante dos santos
anjos e na presença do Cordeiro. A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos
dos séculos, e não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores
da besta e da sua imagem e quem quer que receba a marca do seu nome"
(Apoc. 14:10, 11).
A frase "fogo e enxofre" é parte da maldição do
pacto, maldição que inclui extinção ou aniquilação (Deut. 29:23; Sal. 11:6). O
juízo sobre Sodoma e Gomorra resultou em que "subia da terra fumo como
fumaça de