quarta-feira, 27 de abril de 2011

SEXTO DIA: O HOMEM DO PECADO, O FILHO DA PERDIÇÃO (II Tessalonicenses 2)

Vamos examinar algo que não se encontra directamente, nem nos escritos do profeta Daniel nem no livro do Apocalipse, mas que está relacionado com o tema em causa. Apercebemo-nos que existe um elemento comum a todos os escritos proféticos, ou seja, a figura do chifre pequeno que persegue, implacavelmente, o povo de Deus. Aqui iremos analisar uma profecia que se enquadra no que já vimos até aqui, ou seja, a actividade do chifre pequeno.
Nos escritos do apóstolo S. Paulo esta entidade não tem este nome, mas um outro, ou seja – o homem do pecado. Vejamos o que o apóstolo Paulo escreveu acerca deste assunto. Quando é que Paulo escreveu o que se encontra em II Tess. 2.1-9? Qual é o último poder que governará o mundo antes que Cristo venha e que será destruído nesta mesma ocasião? Como já analisámos até aqui, é o chifre pequeno em conluio com a besta. Este poder que S. Paulo descreve é o mesmo que o chifre pequeno e a besta, não somente pelas suas características que iremos evidenciar, como também porque o apóstolo S. Paulo disse que este poder será destruído no momento no momento da 2ª vinda de Cristo. Se “o homem do pecado” irá ser destruído quando Cristo voltar, então é porque é o ultimo poder que governará o mundo. O poder que estava a dominar o mundo na época de S. Paulo era o Império romano. Isto quer dizer que, o que o apóstolo descreve encontra-se no futuro, O apóstolo S. Paulo está a viver sob o poder simbolizado pelo dragão – Roma. Isto quer dizer que, o que ele escreveu deverá acontecer depois do dragão, Roma. Para que possamos compreender perfeitamente - II Tess. 2.1-9 – temos que ter presente o seu contexto que se encontra na Iª carta aos Tessalonicenses – a 2ª vinda de Cristo.
I- Introdução
Vejamos então o texto que se encontra em I Tess. 4.15-17: - “Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque

sábado, 16 de abril de 2011

A SACUDIDURA E O TEMPO DO FIM.

Em Amós 9:9, existe um texto ao qual precisamos prestar atenção: “Porque eis que darei ordens e sacudirei a casa de Israel entre todas as nações, assim como se sacode trigo no crivo, sem que caia na terra um só grão”.
Deus advertiu através do seu mensageiro, que haveria um processo de sacudidura naquele tempo, entre a casa de Israel, o povo escolhido de Deus; disse que separaria a palha do grão. Essa idéia de sacudidura, ou peneiramento, foi extraída da agricultura. Os grãos de trigo, cevada, lentilha, por exemplo, eram colhidos, mas estavam com muita casca, palha, pedrinhas e coisas semelhantes. Colocava-se uma porção numa peneira e começava-se a sacudir, primeiro com menos intensidade e ia-se aumentando gradualmente. A sujudidade saía e o grão ficava. Isso até hoje é praticado. Em diversas zonas rurais podemos ver o peneiramento de feijão, milho e outros tipos de ceriais.
Para o grão, é um processo terrível, mas necessário. Ser sacudido de um lado para o outro, e não sair da peneira, permitindo somente que saia a pragana, requer uma habilidade por parte do peneirador. Mas quando termina o processo, somente permanece o grão, e o supérfluo foi expelido. Guarde bem este conceito. O que não presta sai, o grão fica. Este conceito simples, mas profundo, é a mensagem que Deus deu a Amós, a fim de que o povo de Deus naquele tempo entendesse os tempos difíceis pelos quais passaria, mas o resultado seria maravilhoso.
Assim como Deus deu uma mensagem profética de advertência sobre esse terrível, mas necessário processo espiritual da sacudidura entre o povo de Israel, Ele também advertiu o povo remanescente de que isso aconteceria entre nós. Ao estudarmos e refletirmos sobre a sacudidura (também denominada de

quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Homem do Pecado, o Filho da Perdição: “se levanta contra tudo o que se chama Deus”

(II Tessalonicenses 2)
5- “O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora; de sorte que se assentará como Deus, no templo de Deus, querendo parecer Deus” – II Tess. 2: 4.
Façamos, desde já uma comparação com os poderes em causa. Em Dan. 7 é dito que o chifre pequeno “falava grandiosamente” – v.8,11,20. A besta assinalada no Apoc. 13, por seu lado, também fala “grandes coisas e blasfémias” – v. 5. Quando procuramos o perdão para os nossos pecados devemos orar a Deus através de Cristo. Quem, na verdade se encontra, verdadeiramente, no templo, no santuário celeste, naquele que serviu de modelo ao terrestre (Êxodo 25.40; Heb.8.2)? Ali encontra-se Cristo a interceder pelo pecador – Heb. 4.14-16; 7.24-28. A noção de blasfémia, como vimos anteriormente, é quando a criatura quer ocupar o lugar de Deus, chamando assim, entre outras prerrogativas – o perdoar pecados – Marcos 2.1-7. Vejamos, neste texto base, algumas das suas particularidades:
a)- “O qual se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou se adora” – 4a. Qual será a sensação

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O CHIFRE PEQUENO: CARACTERÍSTICAS DESTE PODER POLÍTICO-RELIGIOSO

Até aqui mostrámos um panorama global das diversas metamorfoses deste mesmo poder. Pudemos ver o que a História Medieval nos dá a conhecer acerca da forma como uma confissão religiosa pode actuar quando ligada ao poder civil; ela operará, apesar de tudo, sob a capa da dilatação da fé, em nome de Deus, mas paradoxalmente, sob a forma de campanhas militares – Cruzadas – ou violência religiosa – Inquisição. De certa maneira tentámos dar conteúdo à Palavra profética para que, desta forma possamos recolher uma série de indícios, evidências para uma melhor e inequívoca identificação deste poder contrário à Palavra de Deus, a uma postura cristã, em suma, ao verdadeiro cristianismo. Posto isto, iremos relembrar algumas destas características desta personagem que ajudará o leitor a ter uma

terça-feira, 5 de abril de 2011

A falsa interpretação profética das 2300 tardes/manhãs

Neste estudo iremos tentar perceber, se estas personagens históricas – o rei Seleucida Antíoco IV Epifânio e o Sumo-Sacerdote Onias III – estão ou não relacionadas com os elementos descritos na profecia do profeta Daniel.
a) O chifre pequeno - a sua origem
Qual é, na verdade, a sua origem? O chifre pequeno sai de um dos quatro chifres sucessores da grande ponta (chifre) ou avança ele a partir de um dos pontos cardeais, isto é, um dos quatro ventos dos céus? A tradução clássica bíblica refere que, quando a ponta grande foi quebrada “subiram no seu lugar quatro (chifres) também notáveis, para os quatro ventos do céu. E de uma delas (chifres) saiu uma ponta (chifre)” – Dan. 8.8,9ª.
A maior parte das traduções bíblicas, neste preciso trecho, tal como podemos ler, dá a entender que o chifre pequeno sai de um dos quatro chifres que sucederam à ponta grande que foi quebrada. No entanto, num exame mais atento à sua construção gramatical, este mostra algo de diferente, ou seja, indica que o chifre pequeno, ou o poder por ela representado, sai, não “das quatro pontas/chifres” que sucedem à “ponta grande”, mas sim de um dos