- V.44- “Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão; e sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos”.
Algo se irá passar que espantarão o rei do Norte! Mas, seja lá o que for, sabemos que a razão de ser do seu espanto é oriunda “do oriente e do norte”! Até aqui, como vimos, quem é que escapou das suas mãos? Foram, como sabemos, os representados ou simbolizados por Moabe, Amom e Edom, assim como aqueles que, à partida, Já se encontravam dentro dos muros da Jerusalém espiritual, ou seja, a Igreja espalhada pelo mundo. E o que é que todos estes fazem? Estes proclamam as boas-novas da salvação, acção que, como vimos, tem o nome de Forte/Alto Clamor.
As notícias que chegam do – Oriente e do Norte – correspondem, nem mais nem menos ao Alto/Forte
Clamor, o qual apela, convida a todos para que saiam de Babilónia, que recebam o selo de Deus para que, desta forma, possam resistir à marca da besta. Iremos analisar Apocalipse 18 para sabermos qual é a origem desta mensagem. Como já vimos anteriormente os pontos cardeais inerentes a Deus são: - o Norte e o Oriente. Assim sendo, este Alto/Forte Clamor que chama, convida as pessoas a saírem de Babilónia deverá ter origem, exactamente, destes pontos cardeais citados – o Norte e o Oriente. Estes são chamados a sair da grande cidade espiritual – Babilónia – para que se possam refugiar, enquanto é tempo, na cidade de Jerusalém espiritual – a Igreja mundial – para que recebam o selo de Deus. Os selados de Deus, segundo Apocalipse 14.1 estão sobre o monte de Sião, pois também têm, nas suas testas, o nome de Cristo e o do Pai. Daqui convidam todos para que se unam ao exército de Deus. Vejamos então Apocalipse 18.1: - “Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder; e a terra foi iluminada com a sua glória”. Eis o Alto/Forte Clamor que vem do Oriente e do Norte.
Clamor, o qual apela, convida a todos para que saiam de Babilónia, que recebam o selo de Deus para que, desta forma, possam resistir à marca da besta. Iremos analisar Apocalipse 18 para sabermos qual é a origem desta mensagem. Como já vimos anteriormente os pontos cardeais inerentes a Deus são: - o Norte e o Oriente. Assim sendo, este Alto/Forte Clamor que chama, convida as pessoas a saírem de Babilónia deverá ter origem, exactamente, destes pontos cardeais citados – o Norte e o Oriente. Estes são chamados a sair da grande cidade espiritual – Babilónia – para que se possam refugiar, enquanto é tempo, na cidade de Jerusalém espiritual – a Igreja mundial – para que recebam o selo de Deus. Os selados de Deus, segundo Apocalipse 14.1 estão sobre o monte de Sião, pois também têm, nas suas testas, o nome de Cristo e o do Pai. Daqui convidam todos para que se unam ao exército de Deus. Vejamos então Apocalipse 18.1: - “Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha grande poder; e a terra foi iluminada com a sua glória”. Eis o Alto/Forte Clamor que vem do Oriente e do Norte.
Vejamos o v. 2: - “E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilónia, e se tornou morada de demónios e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível”. Onde é que se encontra Babilónia quando estas notícias começam a ser proclamadas? Segundo a dinâmica do texto – Daniel 11.42,43 – esta encontra-se no Sul! No entanto, há um grupo em Jerusalém que proclama esta mensagem: - “Caiu, caiu a grande Babilónia, (…)”. É um verdadeiro contra-senso! Se conquistou quase todo o mundo, como é que alguém ousará proclamar que – Babilónia/rei do Norte/papado -, caiu?! Perante este cenário de vozes incómodas, só existe uma solução – reduzi-las ao silêncio – já e em força.
Esta mensagem é, sem sombra de dúvida, altamente incómoda, pois ela não se fica só por proclamar, alto e em bom som, que: - “Babilónia caiu” - como também acrescenta que: - “se tornou morada de demónios e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível”. Na verdade, Babilónia tinha conquistado todo o mundo: - “porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua prostituição; e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância das suas delícias”. Este vinho, “esta taça de veneno que ela oferece ao mundo, representa as falsas doutrinas que aceitou, resultantes da união ilícita com os poderosos da Terra. A amizade mundana corrompe-lhe a fé e, por seu turno, a igreja exerce uma influência corruptora sobre o mundo, ensinando doutrinas que se opõem às mais claras instruções das Sagradas Escrituras”. Estas doutrinas causam furor contra os filhos de Deus porque, biblicamente falando, não podem anular o quanto está a ser proclamado. Anteriormente, o texto bíblico tinha dado a conhecer que: - “(…) os que habitam na terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição” – Apocalipse 17.2. O que acontece quando se experimenta falar da Palavra de Deus a uma pessoa embriagada? Aquele que está diante do que fala, olha, eventualmente para ele, mas não assimila nada! Assim, podemos compreender facilmente a dificuldade que um babilónico tem, expressemo-nos assim, para compreender e aceitar a urgência da mensagem do 3º anjo reproduzida pelo 4º anjo, ou seja, pela Igreja remanescente.
Sim, este está embriagado com o vinho, isto é, as doutrinas das abominações de Babilónia, tais como: - “(…) a imortalidade da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da pré-existência de Cristo antes do Seu nascimento em Belém, e a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santificado e santo dia de Deus. Estes e outros erros congéneres são apresentados ao mundo pelas várias igrejas”. E, entre os “outros erros” poderíamos acrescentar: - que, ao crente, todas as comidas são lícitas, onde não existe mais diferenciação entre o que, aos olhos de Deus “imundo ou não” – cf. Levítico 11.1-10; Deuteronómio 14.1-10; a veneração de imagens de escultura; os mortos – que estão conscientes e que tudo sabem! A salvação pelas obras; a intercessão dos santos, de Maria; a confissão auricular; indulgências; baptismo infantil; o sacerdote poder perdoar pecados; infalibilidade papal, etc. Esta é e será a mensagem final a proclamar a muitos que ainda se encontram em Babilónia espiritual e ao seu remanescente – (v.4)- “E ouvi outra voz do céu que dizia: Sai dela povo meu, para que não sejas participante dos seus pecados e para que não incorras nas suas pragas. (5)- Porque já os seus pecados se acumularam até ao céu; e Deus se lembrou das iniquidades dela” – Apocalipse 18.
Como vimos em Daniel 11.44, os rumores vieram do “Oriente e do Norte”. Reparemos que, curiosamente, estes começam da mesma forma. O Alto Clamor – a mensagem que vem do Céu, do Norte – “Caiu, caiu Babilónia” – Apocalipse 14.8; 18.2 - começa com: - (v.1)- “E depois destas coisas vi (…). (5)- E ouvi” – Apocalipse 18. A mensagem oriunda do Oriente – o Selo de Deus – tem, exactamente, o mesmo início: - (v.1)- “E depois destas coisas vi (…). (4)- E ouvi” – Apocalipse 7. Como vimos, estes são os “rumores” mencionados em Daniel 11.44 – visto que ambos têm a mesma origem – Oriente e Norte.
E o que é que lhe outorga o poder para proclamar esta mensagem? É evidente que é o Espírito Santo. Mas será que, este mesmo poder, não pode dar à Igreja remanescente a faculdade de operar milagres? É interessante ter o poder mas, e quanto ao carácter daquele que o detiver? Não será também importante? Claro, pois ambas as coisas – poder e carácter - têm que estar em sintonia. Pois, caso contrário, a glória daqui resultante, para quem seria? Pois, quando os Seus filhos estiverem dispostos a dar toda a glória a Deus, então Ele lhes facultará todo o poder. Vejamos: - (v.1)- “Grande é o Senhor e mui digno de louvor, na cidade do nosso Deus, no seu monte santo. (2)- Formoso de sítio, e alegria de toda a terra é o monte de Sião sobre os lados do norte, a cidade do grande Rei. (3)- Deus é conhecido nos seus palácios por um alto refúgio. (4)- Porque eis que os reis se ajuntaram; eles passaram juntos. (5)- Viram-no, e ficaram maravilhados; ficaram assombrados e se apressaram em fugir. (6)- Tremor ali os tomou, e dores como de parturiente. (7)- Tu quebras as naus de Tarsis com um vento oriental” – Salmo 48. Aqui, é uma vez mais, reiterado que Jerusalém é um refúgio. Mas, para quem? Na verdade, para que é que este servirá se não existir o quanto lhe dá razão de ser – refugiados? E por que é que é necessário um refúgio? Pois, tal como o texto refere: - “Porque eis que os reis se ajuntaram” – v. 4. Os versículos seguintes falam da destruição dos inimigos de Deus que atacam Jerusalém – a cidade de refúgio.
O que se passará quando circularem estas notícias tão alarmantes vindas do Oriente e do Norte? Vejamos, a este propósito, a última parte de Daniel 11.44: - “e sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos”. Quando o papado/rei do Norte se aperceber que existe um grupo – em Jerusalém (a Igreja mundial) – que crê e proclamará o que constitui o Alto Clamor do 4º anjo – as diferentes doutrinas – e, em particular, os mandamentos de Deus e, em particular, a imutabilidade do 4º mandamento – o Sábado – como se sentirá este rei do Norte? Na verdade, encher-se-á de cólera, raiva, fúria. E o que tentará fazer, em desespero de causa? Claro, o que será mais óbvio – destruir o povo de Deus – “(…) desarraigar a odiada seita”. E qual será a sua estratégia? Este poder conquistou todo o mundo, à excepção de Jerusalém espiritual, onde se encontram não somente os que sempre ali viveram, ou seja, os que sempre foram fiéis, como também aqueles que ouviram o convite e se uniram a Jerusalém. Portanto, todos estão em Jerusalém/Igreja para proclamarem a mensagem de caracteriza o Alto Clamor, convidando toda a criatura para que seja selada com o selo de Deus. A única intenção é aniquilar tudo o que estiver em Jerusalém.
- V.45- “E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso; mas virá ao seu fim, e não haverá quem o socorra”.
Agora, este poder montará as suas tendas; esta acção não é mais do que nos dar a conhecer o que os reis faziam antigamente com o seu material de campanha; pois, levavam consigo tendas reais, isto é, um pequeno palácio desmontável. De seguida, é dito que este palácio é armado “entre o mar grande e o monte santo e glorioso”. Isto quer dizer que estende o seu palácio entre o Mar Mediterrâneo este “monte santo de Deus”. Como acabámos de ver, anteriormente, uma referência a este último objectivo do rei do Norte - “o monte santo e glorioso”. Mas de que se trata, concretamente? No Salmo 48 é dito que, neste monte santo e glorioso está implantada a – (v.1)- “cidade do nosso Deus, no seu monte santo. (2)- (…) é o monte de Sião sobre os lados do norte, a cidade do grande Rei”. Na verdade, a que cidade se referirá? O texto do evangelista Mateus nos esclarece que: - “(…); nem por Jerusalém, porque é a cidade do grande Rei” – Mateus 5.35.
Afinal, não há dúvida até onde chega a ambição do rei do Norte – a cidade do grande Rei – Jerusalém. A referência a este lugar e o contexto próximo mostra-nos dois aspectos comuns com o texto do profeta Isaías acerca das pretensões de Satanás que, de certa forma se prende com o do rei do Norte (Daniel 11.45) – “E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, acima das estrelas de Deus; eu exaltarei o meu trono e no monte da congregação eu me assentarei, da banda dos lados do norte” – Isaías 24.13. Aqui está tudo: - 1- A presunção de usurpação (tu dizias no teu coração); 2- Querer reinar (eu exaltarei o meu trono); 3- Querer ser Deus (no monte da congregação eu me assentarei); 4- Habitar em Jerusalém (da banda dos lados do norte).
Na verdade, este - “monte da congregação (Har-mo’ed)” – é um velho e supremo objectivo de Lúcifer, e agora é transposto para o seu acólito rei do Norte – dominar Jerusalém espiritual – e assim governar o Universo. Só que a junção de todos estes elementos – união de reis, conquistas quase plenas – estão em paralelo como que encontramos no livro profético do Apocalipse onde está narrado, precisamente o mesmo contexto, acerca do mesmo propósito – batalhar contra o povo de Deus – ao terem sido congregados os reis da terra para a batalha contra Deus Todo-poderoso, (Apocalipse 16.14), num lugar específico, que mais não é do que a transliteração, para o grego da expressão hebraica (Har-mo’ed), que é – ARMAGEDÔN – (Apocalipse 16.16).
Quando o rio Eufrates, espiritualmente falando, se preparar para inundar o povo de Deus, o que é que Deus faz? Nada mais do que secar estas mesmas águas, e o fará neste mesmo lugar – Apocalipse 16.16. Qual será o significado desta palavra que referencia este lugar: – Har-Magedon? Esta palavra significa: - Har (Monte) –Magedon (corte, abate). E, à luz desta significação, uma pergunta surge à nossa mente: - abate, corte? De quê ou de quem? Na verdade, o que é que o texto de Daniel já nos mostrou até aqui? Este deu-nos a conhecer que, ao rei do Norte ou ao que ele representa: - “virá o seu fim e não haverá quem o ajude” – Daniel 11.45; 8.25.
Este é o mesmo lugar que encontramos mencionado no profeta Ezequiel, chamado: - Vale de Hamom Gogue – Ezequiel 39.11 – ou seja – Vale da multidão de Gogue. Este lugar é o mesmo vale que se encontra descrito no profeta Joel: - (v.2)- “Congregarei todas as nações, e as farei descer ao vale de Jeosafá; e ali com elas entrarei em juízo por causa do meu povo, e da minha herança, Israel, a quem eles espalharam entre as nações., repartindo a minha terra. (12)- Movam-se as Nações e subam ao vale de Jeosafá; porque ali me assentarei, para julgar todas as nações em redor” – Joel 3. E, em cada um destes casos, os ímpios encontram o seu fim, a sua exterminação. Este confronto não irá acontecer neste lugar, até porque não existe qualquer monte ou montanha com este nome. O que está em causa não é o local, geograficamente falando, mas sim o confronto de amplitude mundial entre o Bem e o Mal.
A palavra Jeosafá significa: - Jeová julga. O de Amom-Gogue, significa: - multidão de Gogue; e, Har-Magedon significa: - Monte de corte, abate. Portanto, os nomes que caracterizam estes lugares indicam, claramente, não tanto que correspondam a um lugar específico, geograficamente falando, mas sim que deverá acontecer o que foi anunciado. O Senhor Deus, perante este cenário de total destruição, protegerá o Seu povo, ou seja, todo aquele que decidiu permanecer no Seu lado.
Conclusão - Grelha comparativa
Como iremos ver, quando comparamos as referências a este rei do Norte – Daniel 11 - com as do chifre pequeno mencionado anteriormente, nas suas diferentes fases – Daniel 2; 7 e 8 - apercebemo-nos de algumas características comuns:
Em função do quanto vimos até aqui e ao colocarmos em evidência estes pontos de contacto nos diferentes capítulos proféticos de Daniel, tal como dissemos acima, trata-se do mesmo poder, só que com nomes diferentes, os quais correspondem às suas diferentes fases históricas - a Igreja - “nas suas pretensões ao divino e os seus comprometimentos políticos”.
Pr. José Carlos Costa
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