Na verdade devemos perguntar-nos acerca da razão ou, eventuais razões para tal fúria? Antes, porém, a Igreja dorme e permanece numa certa letargia e inacção. Mas, quando ela despertar, Satanás suscitará um reavivamento muito semelhante. A este propósito a mensageira do Senhor refere: - “Vi que Deus tem filhos honestos entre os adventistas nominais e as igrejas caídas; e, antes que as pragas sejam derramadas, ministros e povo serão chamados a sair dessas igrejas e, alegremente receberão a verdade. Satanás sabe disto, e antes que o alto clamor da terceira mensagem angélica seja ouvida, ele suscitará um excitamento nessas corporações religiosas, a fim de que os que rejeitaram a verdade pensem que Deus está com eles. Ele espera enganar os honestos e levá-los a pensar que Deus ainda está a trabalhar pelas igrejas. Mas a luz brilhará, e todos os honestos deixarão as igrejas caídas e tomarão posição ao lado dos remanescentes”.
Porque é que a Igreja de hoje não é perseguida? Responderemos nós: - porque ainda não chegou a lei dominical! A mensageira do Senhor, acerca deste assunto, dá-nos a conhecer a razão ou razões para que tal ainda não tenha acontecido; a este propósito diz: - “A única razão é que a igreja se conformou com a norma do mundo, e portanto não suscita oposição. A religião que no nosso tempo prevalece não é do carácter puro e santo que assinalou a fé cristã nos dias de Jesus e dos Seus discípulos. É unicamente por causa do espírito de transigência com o pecado, por serem as grandes verdades da palavra de Deus tão indiferentemente consideradas, por haver tão pouca piedade vital na igreja, que o cristianismo é, aparentemente, tão popular no mundo. Se houver um reavivamento da fé e poder da primitiva igreja, o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se os fogos da perseguição”.
Tenhamos consciência e admitamos qual é, na verdade a nossa enfermidade, para que Deus nos possa curar. São importantes as pregações que falam do grande amor de Deus para com os Seus filhos. Mas será este o grande propósito da pregação, para os nossos dias, da Verdade Presente? Ou será que a Igreja de hoje precisa ouvir uma mensagem contundente que a possa despertar para a solenidade do tempo presente, para que o crente se possa preparar para as dificuldades espirituais que se aproximam a passos largos para o verdadeiro povo de Deus? Uma mensagem forte é sinónimo do muito amor de Deus pelo Seu povo. Porquê a mensagem do 3º anjo? Porque Deus nos ama e não deseja que as Suas criaturas recebam a marca do poder contrário a Si mesmo – a marca da besta – mas, antes pelo contrário, que toda a humanidade se salve – cf. I Timóteo 2.4. Certo tipo de pessoas diz: - não nos falem de fogo e enxofre, mas unicamente de amor. Mas, em boa verdade, que amor é este desprovido de justiça? Será verdadeiramente amor? Pensamos que não.
Analisemos alguns aspectos do texto do Espírito de Profecia supra citado. É-nos dito que: - “A única razão é que a igreja se conformou com a norma do mundo, e portanto não suscita oposição. (...)”. Será que a Igreja ouve a mesma música do mundo? Esta come e bebe as mesmas coisas que o mundo? Veste como ele? Esta vai a lugares onde vai o mundo? Estas perguntas, talvez já façam parte de um passado bem distante, pois comodamente somos levados a concluir: - o passado ao passado pertence. Um ou outro jovem perguntará: - será que é prejudicial ir ao cinema? Vejamos, a este propósito, o que o Espírito de Profecia refere: - “os jovens não seriam seduzidos pelo pecado se se recusassem a entrar por qualquer caminho, a não ser que pudessem rogar a bênção de Deus sobre o mesmo”. Então, porque é que a Igreja não é perseguida? Claro, porque lhe falta uma única coisa – ser sacudida. Deus irá permitir que o papado conquista todo o mundo e que nos pressione para que decidamos com quem queremos permanecer.
Na verdade, se não tomarmos decisões neste nosso tempo que é o – aqui e agora – como poderemos resistir? O carácter terá que ser formado agora, não depois; é isto que está escrito: - “Se houver um reavivamento da fé e poder da primitiva igreja, o espírito de opressão reviverá, reacendendo-se os fogos da perseguição”. Neste tempo aqui descrito um qualquer membro da Igreja não terá dúvidas sobre o que poderá parecer mal ou não. Que não se pergunte sobre o quanto se pode experimentar do mundo sem ser pecado, mas sim sobre o quanto se pode experimentar de Cristo para deixarem o que atrai para fora da Igreja.
Então, por que não está a Igreja remanescente a ser perseguida? Por que é que ela não está a proclamar o Forte/Alto Clamor? Pela simples razão de que não estamos a receber o poder do Espírito Santo, tal como aconteceu no passado, na Igreja primitiva. Sim, imediatamente à descida do Espírito Santo, o que é que se passou? Se examinarmos o livro dos Actos dos Apóstolos, ali é dito que, por terem pregado, os discípulos, foram presos: - (v.18)- “E lançaram mão dos apóstolos, e os puseram na prisão pública. (…). (27)- E trazendo-os, os apresentaram ao conselho. E o sumo sacerdote os interrogou dizendo: (28)- não vos admoestámos nós expressamente que não ensinásseis nesse nome? E eis que enchestes Jerusalém dessa vossa doutrina, e quereis lançar sobre nós o sangue desse homem” – Actos 5; cf. 4.16,17,20. Assim, a proclamação com veemência da mensagem conduz, inevitavelmente, à prisão. No profeta Ezequiel 38 e 39 fala da grande guerra de Gogue e Magogue contra o povo de Deus nos últimos dias. O conflito final não será de ordem atómica, nuclear ou tendo como base conflitos sobre o petróleo, ou ainda qualquer conflito entre Oriente e Ocidente, mas sim resultante a fúria causada pelo proclamação de uma mensagem de advertência a denunciar a – marca da besta ou seja, o Domingo – como dia falso de repouso e de adoração e, ao contrário, exaltar a proclamação do santo dia do Senhor – o Sábado – como dia santificado em honra do Deus Criador. A esta proclamação chama-se, como temos vindo a ver até aqui – o Forte/Alto Clamor.
A abordagem do tema – fúria causada pelo Forte/Alto Clamor – encontra-se no livro – Primeiros Escritos, pp. 277-279 – enquanto que no livro – O grande Conflito – encontra-se no capítulo 38 “O Último Convite Divino”, pp. 485,491. Desde a primeira página deste capítulo fala da mensagem a proclamar pelo 4º anjo, ou seja, a Igreja remanescente. Esta mensagem “Caiu, caiu a grande Babilónia, e se tornou morada de demónios e coito de todo o espírito imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível. E ouvi outra voz do Céu, que dizia: Sai dela, povo Meu, para que não sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas pragas” – Apocalipse 18.2,4. Esta mensagem fará com que os ímpios persigam, cheios de ira, os seus arautos. Assim, esta fúria assinalada neste capítulo está directamente ligada ao Forte/Alto Clamor. E qual poderá ser, na sequência analisada até aqui, o próximo acontecimento? Claro, o levantamento de Miguel.
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