“A espantosa realidade
das coisas é a minha
descoberta de todos os dias”
Alberto Caeiro
INTRODUÇÂO
I. A Bíblia e a Igreja de Roma
1. Bíblia: livro parcialmente inspirado por Deus
2. Bíblia: contém mas não é a Palavra de Deus
3. Prioridade: a Igreja ou as Escrituras?
4. Jesus e as Escrituras
5. Moisés e o Pentateuco
6. A Bíblia: o Indicador
II. A Voz de Roma
1. Cristãos Separados
2. O Livro de Daniel
3. Os Erros Históricos
4. Baltazar (Belshatsar): o Desconhecido da História
5. Antíoco IV Epifânio
6. Onias III, o Ungido
7. Malefícios Históricos do Vaticano
8. O Dragão e a Serpente
9. A Estatuária: as Imagens
10. A Ressurreição
11. A Bíblia e o Sábado
12. Os Visionários a Longa Distância
2ª Parte: As Escrituras – a única Verdade
I. Cânone, ser ou não ser?
1. A Bíblia
2. O Cânone
3. Os Apócrifos
4. A Bíblia Judaica do Tempo de Jesus
5. Canonicidade dos Apócrifos do Antigo Testamento
3ª Parte: A procura da Verdade
I. Seitas: o que é ser?
1. Antigo Testamento – A Palavra
2. Novo Testamento – A Palavra
3. Os Dissidentes
4. Sonho Milenarista
4ª Parte: A Igreja humilde e opressora
I. A Igreja de Roma
1. O Arranque
2. Os Rudimentos da Igreja papal
3. Roma versus Constantinopla
4. A Visão do Profeta
5. A História
6. A Doação de Constantino
7. As Raízes do Poder
5ª Parte: O Concílio, o Dogma e a Doutrina
I. As Escrituras versus Tradição e Magistério
1. A Transmissão da Revelação
2. As Escrituras
3. A Tradição
4. O Magistério da Igreja
II. Infalibilidade Papal
1. O Dogma
2. Maria e os Decretos Papais
3. Maria e as Escrituras
4. Decretos Papais versus Escrituras
5. A Actualidade: Fátima
6. O 2º Mandamento
7. A Voz de Roma
III. Baptismo Infantil
1. A Palavra e o Gesto
IV. O Santo Ofício: Cristianismo ou barbaridade?
1. Os Papas de Avinhão
2. O Grande Cisma e Portugal
3. Os Hereges
V. Igreja ou Crentes
1. Contradição ou Aparência?
2. As Duas Mulheres
3. O Conflito
VI. Imortalidade da alma
1. Preliminares
2. Movimentos Espíritas
3. O Caso de Saúl
4. Detalhes
VII. O Purgatório
1. As Origens
2. Os Apócrifos
3. A Doutrina
VIII. Simão Barjonas
1. Magistério: Direito ou Usurpação?
2. Simão: Pedra ou Rocha?
3. Simão em Roma
4. Roma ou Babilónia?
5. Ironias
INTRODUÇÃO
Recentemente foi publicado um livro que chamou a nossa atenção, visto que aborda a problemática das Seitas. Este livro com o sugestivo título – As Novas Seitas Cristãs e a Bíblia – contém, de igual modo, um subtítulo não menos interessante! Muito embora este, pensamos nós, não tenha muita razão de ser no seu todo!
Recentemente foi publicado um livro que chamou a nossa atenção, visto que aborda a problemática das Seitas. Este livro com o sugestivo título – As Novas Seitas Cristãs e a Bíblia – contém, de igual modo, um subtítulo não menos interessante! Muito embora este, pensamos nós, não tenha muita razão de ser no seu todo!
É um livro escrito por alguém que respeitamos e, exactamente por isso, quisemos saber, integralmente, o que é que o autor realmente pensava acerca dos diferentes credos por ele mencionados e titulados de seitas! Lemos o livro supra citado e, como corolário, resolvemos repor, permitam-nos expressar assim, a verdade dos factos.
É na qualidade de historiadores que nos propomos escrever este livro. O historiador tem uma solene missão; como facilmente se compreenderá, esta consiste em tirar dos documentos tudo o que eles contêm e nada acrescentar. O historiador deve manter-se sempre o mais perto possível dos textos para os interpretar com correcção e total isenção; assim, só escreverá e pensará à luz do quanto estes contiverem. Fiéis a este postulado queremos permanecer, mais perto do texto, do documento, das provas. Não podemos inventar!
Reconhecemos que, muitos, por vezes, para que tudo aconteça como desejam que tivesse acontecido, dão uma certa “mãozinha” ao acontecimento histórico! Só que este procedimento não é correcto e, muito menos, académico! Quanto a nós, queremos permanecer ao lado da pura verdade e não de meras suposições! As causas, em história como em qualquer outro domínio do saber, não se postulam, investigam-se! Tentaremos realçar, aqui e ali, alguns comentários e tomadas de posição do autor que contrariam frontalmente a realidade histórica, bíblica e teológica! Até por que, a confissão religiosa que o autor representa, à luz de certas realidades históricas, deveria ter o bom senso de saber guardar o silêncio, visto que, infelizmente, pouco desta história lhe é favorável, como teremos oportunidade de ver a seguir.
Propomo-nos estruturar este livro em várias vertentes, a saber: em primeiro lugar, alertar para os pequenos desvios do autor na interpretação histórico-teológica de certos factos; em segundo lugar, tentar em traços muito suaves, definir o que é que se entende por - Cânone. Só este, por definição, tem autoridade para mostrar que credo é ou não genuíno; em terceiro lugar, definir o que se entende por – Seita. Perante tais conceitos, só então, por comparação ao Cânone, é que poderemos considerar se o credo A ou B corresponde ou não aos parâmetros ali consagrados; em caso negativo, será considerado uma Seita; em quarto lugar, tentar sintetizar a História da Igreja e as suas raízes; para compreendermos se esta confissão religiosa, a continuidade do Movimento saído de Jerusalém - o Caminho - (Actos 19:9); ou se, pelo contrário, é representante de outra “continuidade”, isto é, dos sucessivos desvios à sã doutrina deixada por este!
Em quinto lugar, tentar analisar as diferentes doutrinas engendradas por esta confissão religiosa para que a possamos compreender e, em certa medida, catalogar, visto que, quanto a nós, esta é uma entre as demais.
Só uma verdade absoluta é que poderá catalogar uma terceira entidade. Será que a confissão religiosa, que o autor representa, tem o direito de catalogar tudo e todos? Pensamos que não! Enfim, são estas as razões que nos impulsionaram a comentar os considerandos do autor.
Por uma questão de justiça documental, destacaremos, entre as confissões religiosas citadas no seu livro, aquela que, quanto a nós, parece advogar postulados doutrinários mais próximos das Escrituras – os Adventistas do 7º Dia – que tão acremente ataca; aliás, como veremos mais adiante, sem qualquer fundamento digno de crédito histórico e, por que não dizê-lo, teológico!
O que iremos abordar não é, de modo algum, a pessoa que dá corpo à confissão religiosa que representa, mas, unicamente tentar compreender as diferenças entre esta e as Escrituras – a Norma. As citações utilizadas neste livro são da Sagrada Escritura – edição de 1978 dos Missionários Capuchinhos.
Em tudo o que dissermos ao longo das páginas que se seguirão, esperamos permanecer fiéis a uma máxima que queremos fazer nossa, a saber: “(…) Não basta a substância, é preciso também a circunstância. Uma má maneira estraga tudo, desfigura até a justiça e a razão. Pelo contrário, belas palavras resolvem tudo, douram a recusa, adoçam o que há de amargo na verdade (…)”.
Queremos também agradecer a todos quantos deram as suas sugestões para o enriquecimento do texto aqui apresentado, assim como também aos que, pacientemente, tiveram a bondade de corrigir e dar forma ao manuscrito.
Convidamo-lo a abrir as avenidas da mente para que se deixe influenciar pelas Sagradas Escrituras e também para melhor se conhecer e compreender. Se conseguirmos tudo isto, então o resto será fácil. Se um alguém seguir uma outra confissão religiosa, diferente da sua, elucide-o, respeitando-o. Só assim o conseguirá impressionar, não tanto pela diferença da sua confissão religiosa, mas pela força irresistível da diferença da sua conduta em Cristo Jesus.
Ilídio Carvalho
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