terça-feira, 11 de outubro de 2011

A SEGUNDA PRAGA DO APOCALIPSE

“Enquanto reinar Satanás, teremos de subjugar o próprio eu e vencer os pecados que nos assaltam; enquanto durar a vida não haverá ocasião de repouso, nenhum ponto a que possamos atingir e dizer: ´Alcancei tudo completamente.´ A santificação é o resultado de uma obediência que dura a vida toda.” Actos dos Apóstolos, 560 e561 (1911).
“Tem de se manter constante guerra contra a mente carnal; e temos de ser ajudados pela enobrecedora influência da graça de Deus, que atrairá a mente para cima, habilitando-a a meditar sobre coisas puras e santas.” Mente, Carácter e Personalidade, p. 74 (1870).
“Podemos criar um mundo irreal em nossa própria mente ou conceber uma igreja ideal, em que as tentações de Satanás não mais induzam ao mal; mas a perfeição só existe em nossa imaginação.” RH, 8 de Agosto de 1893.
Face a estas declarações inspiradas somos desafiados a uma vida santa agora. Não sabemos o dia em que o Senhor nos chamará a dormir o sono da morte, assim, como não sabemos exactamente o momento em que termina o tempo da graça e começará o período das pragas.

1. Em que consistirá a segunda praga?
Rª: “O segundo anjo derramou a sua taça no mar, que se tornou em sangue como de um morto, e morreu todo ser vivente que estava no mar.” Apocalipse 16:3.
Nota: “derramou a sua taça no mar”, durante a terceira praga serão igualmente afectados “os rios, e…as fontes das águas” (v.4). O mar é útil principalmente como via para o comércio e intercâmbio internacional. Tem-se sugerido que a obstrução das viagens e o comércio internacional (Ap. 13:13-17; 16:13,14; 17:3,12) sob esta praga, Deus tem o propósito de demonstrar claramente o Seu desagrado relativamente ao plano de Satanás de unir as nações sob o seu domínio.

2. Tem as pragas uma por uma, abrangência mundial?
Rª: Compare-se com o caso de Balaão (Num. 22:21-35). Esta segunda praga, tal como a primeira, não é de carácter mundial (ver Apoc. 16:2)
“Estas pragas não são universais, ao contrário os habitantes da Terra seriam inteiramente exterminados. Contudo serão os mais terríveis flagelos que já foram conhecidos por mortais. Todos os juízos sobre os homens, antes do final do tempo da graça, foram misturados com misericórdia. O sangue propiciatório de Cristo tem livrado o pecador de os receber na medida completa de sua culpa; mas no juízo final a ira é derramada sem mistura de misericórdia.” O Grande Conflito, p. 629

3. São as pragas literais ou simbólicas?
Rª: A linguagem do Apocalipse é de forma geral simbólica e, muitas vezes, impressionista. Assim, a linguagem que descreve as pragas bem poderia ser simbólica. No entanto, também não se pode afirmar que é totalmente literal, tomemos alguns exemplos: “úlceras malignas e perniciosas”, “sangue como de morto”, “os homens mordiam as suas línguas por causa da dor que sentiam”, “grande saraivada, com pedras que pesavam cerca de um talento”, são expressões suficientemente sérias se consideradas como literais. A “escuridão” do “trono da besta” e os “espíritos imundos semelhantes a rãs” que saem da boca do “dragão”, da “besta” e do “falso profeta”, requererem alguma interpretação, mas, tão pouco se podem considerar misteriosos.
O panorama é igualmente alarmante, por outro lado, se se considerar a linguagem como figurada. Podemos pensar, por exemplo, nas águas transformadas em sangue como um prenúncio de morte no próprio mar. a esta altura, podemos afirmar; o que vemos são os mares poluídos, extinção dos peixes e de toda a vida marítima. Como será ao cair esta praga?

4. Quem será atingido pelas pragas?
Rª: Em todos os casos, as pragas caem sobre a besta e sobre as pessoas que com ela estão associadas. A punição indiscutivelmente equivale à gravidade dos crimes. As pragas caiem no fim do tempo sobre pessoas que, tendo conhecido melhor caminho, persistiram de forma rebelde em blasfémias e na recusa de obedecer a Deus, e na idolatria de seguirem os seus próprios caminhos.

5. São justas as pragas?
Rª: “9 Quando abriu o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que tinham sido mortos por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que deram. 10 E clamaram com grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano, santo e verdadeiro, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?11 E foram dadas a cada um deles compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda por um pouco de tempo, até que se completasse o número de seus conservos, que haviam de ser mortos, como também eles o foram.” Apocalipse 6:
Nota: Enquanto João contemplava essas coisas em visão, pôde perceber que até mesmo o altar desejava dizer algo. Os mártires são retratados como estando “debaixo do altar”. O altar testemunhara sofrimentos em grande escala, como a terrível perseguição ocorrida durante a tribulação dos 1.260 anos, além de muitas outras campanhas de perseguição. Agora ele também partilha da satisfação do anjo das águas e canta: ”E ouvi uma voz do altar, que dizia: Na verdade, ó Senhor Deus Todo-Poderoso, verdadeiros e justos são os teus juízos.” Apocalipse 16:7

6. Cristo está a voltar.
Rª: (Eis que venho como ladrão. Bem-aventurado aquele que vigia, e guarda as suas vestes, para que não ande nu, e não se veja a sua nudez.) Apoc. 16:15.
Nota: ver Ap. 3:3 “como vem o ladrão”, significa vir num momento inesperado. O significado dessa expressão não pode ser “vir silenciosamente ou invisivelmente”, apesar de alguns leitores da Bíblia crerem que assim será. Os ladrões por vezes fazem algum ruído, ver muito ruído, quando tem que rebentar com vitrinas, escavar túneis e outros meios que usam para assaltar, como rebentar com paredes, cofres, etc. E é evidente que eles são visíveis quando realizam assaltos a bancos.
O anúncio feito por Cristo serve como motivo para encorajar. Ele não esqueceu do Seu povo. Eles ainda Lhe pertencem; e Ele voltará por causa deles. Por outro lado, este anúncio é também uma sincera advertência.”Bem-aventurado aquele que vigia e guarda as suas vestes, para não andar nu, e não se veja a sua vergonha.”
Conclusão: Vestes, no Apocalipse, representam o carácter, e em especial o carácter justo do povo de Deus, que eles recebem de Jesus Cristo pela fé (Ap. 3:18; 7:14; 19:8). O júbilo e a vitória final resultarão para aqueles crentes que se mantiveram persistentes e obedientes até a Sua vinda. Disse Jesus no discurso do Monte das Oliveiras: “Aquele...que perseverar até ao fim, esse será salvo.” Mateus 24:13.

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