Encontramos este tema, no livro – Primeiros Escritos, na p. 279. O que significará esta expressão? Mais a baixo a examinaremos com mais detalhe. Por agora, ela tem que ver com o fecho da Porta da Graça, ou seja, que a partir deste acontecimento nada mais há a fazer pelo ser humano, no que respeita à sua salvação – cf. p. 280. Isto quer dizer que o arcanjo Miguel irá mudar de função que desempenhou até então, ou seja, de sacerdote a rei – “Vi então Jesus depor Suas vestes sacerdotais e envergar Seus mais régios trajes”. Esta acção – levantar-se - de Miguel tem um significado preciso – Jesus começará a reinar, ou seja, passará, finalmente à acção para mostrar aos poderes do Mal que o povo de Deus não foi deixado à deriva, pois agora apresenta-se o seu Salvador, tal como veremos em detalhe quando abordarmos o capítulo 12 do livro de Daniel.
Até este momento, quem governava no mundo? Quem estava a governar através de quem? Claro, os reis e estes, por sua vez, unidos ao papado e ao protestantismo apóstata. Governaram o mundo, perseguiram implacavelmente o povo de Deus, prenderam-no, maltrataram-no, fizeram-no passar fome e dado um - Decreto de Morte - contra eles. Aparentemente Deus abandonou o Seu povo na Terra. Mas, no momento em que o rei do Norte – Daniel 11.44 – sai com fúria para destruir o povo de Deus, como veremos, porque
proclamaram a mensagem final, é neste preciso momento que o arcanjo Miguel surge para livrar o Seu povo, para dar um ponto final no sofrimento deste.
O levantamento de Miguel, isto é, que corresponde ao final da proclamação da mensagem do 3º anjo,
encontra-se no livro – O Grande Conflito, p. 493 – que corresponde ao capítulo 39 “Aproxima-se o Tempo de Angústia”.
O Tempo de Angústia O levantamento de Miguel é precursor do Tempo de Angústia. Deus fecha a Porta da Graça, isto é, a partir daqui já não existirá qualquer intercessão, já nada mais há a fazer pelo pecador. Neste momento cumprem-se duas ordens bíblicas: 1ª- cumprem-se estas palavras: - “E o sétimo anjo derramou a sua taça no ar, e saiu grande voz do templo do céu, do trono, dizendo: Está feito” – Apocalipse 16.17; 2ª- o texto que diz: - “Quem é injusto, faça injustiça ainda; e quem está sujo, suje-se ainda; e quem é justo, faça justiça ainda; e quem é santo, seja santificado ainda” – Apocalipse 22.11.
Agora, depois desta primeira acção – fecho da Porta da Graça – começa a fase seguinte – o Tempo de Angústia. E o que acontece durante este período? Claro, as pragas. Podemos ver aqui a ordem, já estudada, da estrutura de Apocalipse 12. O Tempo de Angústia é o título do assunto que vem a seguir no próximo capítulo do livro – Primeiros Escritos, p. 282 – assim como no livro – O Grande Conflito, pp. 493-508 que, como dissemos acima, corresponde ao capítulo 39 “Aproxima-se o Tempo de Angústia”. E como será esta fase? Tal como o próprio título adverte, este será um tempo terrível para o povo de Deus. Será que algum filho de Deus será morto após o fecho da Porta da Graça? A resposta é um retumbante – não. E qual a razão? Sim, pela simples razão de que, agora, Deus acabou com o poder destes poderes político-religiosos. A porta fechou-se e o poder, se assim podemos dizer, mudou de mãos, finalmente. O povo de Deus terá fome, irá para a prisão, passará grandes dificuldades, viverá “um tempo de angústia qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo” – Daniel 12. 1. Mas, uma coisa é certa, Satanás não poderá destruir a fé deste povo, visto que quem reina não é este último, mas Miguel – o libertador do povo
de Deus – ou seja, Jesus Cristo.
O Decreto de Morte Este tema encontra-se no livro – O Grande Conflito, p. 509 – que marca o início do capítulo 40 “O Livramento dos Justos”, e no livro – Primeiros Escritos, pp. 283-285. Como veremos mais tarde, em Daniel 11, aqui é dito acerca do rei do Norte que, ao conhecer “os rumores do oriente e do norte o espantarão” – 44ª. E, quando chegarem estas notícias, na continuação do texto, é dito que: - “(…) e sairá com grande furor para destruir e extirpar a muitos (…)” – v. 44b. Depois, continua a mostrar-nos a atitude arrogante deste rei do Norte, ao dizer: - “E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso (…)” – v. 45ª. Isto dito por outras palavras, o rei do Norte está a circundar, cercar o acampamento dos santos, depois de ter conquistado todo o mundo – à luz da leitura que podemos fazer deste capítulo 11 do livro do profeta Daniel. Este rei conquistou quase tudo o que havia para conquistar e submeter.
Só resta um pequeno reduto, o qual se encontra em Jerusalém. Recorde-se, uma vez mais, que esta Jerusalém, não é um ponto geográfico, mas representa a Igreja mundial – o conjunto dos que disseram: - não – à besta, à sua imagem, ao seu sinal e ao nº do seu nome – cf. Apocalipse 15.2; 20.4. A besta coloca-se num local estratégico – Meguido – que fica entre o mar e o monte santo e glorioso – cf. Daniel 11.45. Agora está pronto para desferir o golpe decisivo ou seja, reduzir ao silêncio o povo de Deus. Assim, se puder levar de vencida os seus intentos, isto é, para destruir a Igreja remanescente e a cidade, então o seu triunfo será completo. Iremos ver a maneira como tudo isto está relatado: - “Quando a protecção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de os destruir. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarreigar a odiada seita. Resolver-se-á dar em uma noite um golpe decisivo, que faça silenciar, por completo, a voz de dissentimento e reprovação”. Que quadro tão dramático que a mensageira do Senhor aqui, sob inspiração, descreve sob pinceladas tão impressionantes, que nos fazem ver e sentir os intentos deste poder opressor do povo de Deus.
Quando o rei do Norte vier contra Jerusalém, com que protecção esta contará? Que poderio militar defensivo terá? De que arsenal nuclear disporá? Absolutamente nenhum! Aparentemente, a cidade de Jerusalém está perdida, pois está cercada de fortes exércitos que se preparam para a conquistarem. Mas, continuemos a ler esta fabulosa e vivida descrição: - “O povo de Deus – alguns nas celas das prisões, outros escondidos nos retiros solitários das florestas e montanhas – pleiteia ainda a protecção divina, enquanto por toda a parte grupos de homens armados, instigados pelas hostes de anjos maus, se estão preparando para a obra de morte”. Aqui encontramos uma segunda referência ao Decreto de Morte. Continuemos: - “É então, na hora de maior aperto, que o Deus de Israel intervirá para o Livramento dos Seus escolhidos”. Note-se a palavra “Livramento”, tal como é utilizada pela Palavra de Deus: - “E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe que se levanta pelos filhos do teu povo (…); mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que se achar escrito no livro (da vida)” – Daniel 12.1. Continuemos a seguir a descrição feita: - “Com brados de triunfo, zombaria e imprecação, multidões de homens maus estão prestes a cair sobre a sua presa”. Aqui está, o rei do Norte pronto para atacar Jerusalém, porque, como já vimos, esta é um símbolo da Igreja. Mas, de repente, algo de extraordinário acontece, como veremos a seguir.
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