(Daniel 2:28 a 35)
Foi mostrada a Nabucodonosor uma estátua, grande e resplandecente, cujo aspecto era terrível. A cabeça era de ouro, os peitos e braços de prata, o ventre de cobre, as pernas de ferro e os pés eram bastante frágeis, pois eram em parte de barro e ferro.
Estando ainda o rei olhando com espanto, uma pedra deslocada sem o auxílio de mãos chocou-se contra os pés da estátua e a esmiuçou reduzindo-a a pó. Veio então um forte vento e espalhou a poeira. A pedra cresceu e encheu toda a terra.
A Interpretação do Sonho
(Daniel 2:36 a 45)
CABEÇA DE OURO
Simbolizava o reino de Babilónia, com o seu rei Nabucodonosor. O reino da Babilónia permaneceu como um império mundial de 605 a.C. até 539 a.C.
Heródoto informa sobre o esplendor áureo da Babilónia de Nabucodonosor: No templo de Babilónia existe um segundo santuário abaixo, no qual está a grande imagem de Bel, toda de ouro em um trono dourado, sobre uma base de ouro e com uma mesa de ouro ao seu lado. Se dizia entre os caldeus que para fazer tudo isso se utilizaram mais de vinte e duas toneladas de ouro. Citado no livro Daniel, The Seer of Babylon, pág. 27.
PEITO E BRAÇOS DE PRATA
Simbolizava o império Medo-Persa, que teve como imperador a Ciro. Este império permaneceu de 539 a.C até 331 a.C.
A prata mencionada pela profecia representando a Medo-Pérsia, bem pode assinalar o facto de que esta nação usou este metal como valor no seu sistema tributário. Seus sátrapas pagavam em talentos de prata os seus tributos, com excepção dos hindus, que o faziam pagando em ouro. Daniel, el Profeta Mesiânico, Vol. II, pág. 63.
VENTRE DE COBRE
Simbolizava o império Grego, que teve como imperador e conquistador Alexandre, o grande. Este império permaneceu de 331 a.C. até 168 a.C. O próprio profeta Ezequiel menciona a Grécia trazendo seus artefactos de bronze (Ezequiel 27:13). Os soldados gregos também são descritos como usando armaduras de bronze. Heródoto se refere ao faraó Psamético I (663-609 a.C.), nos dias da dinastia XXVI do Egipto, que considerou a invasão dos piratas gregos como o cumprimento de uma antiga profecia que anunciava “os homens de bronze vindos do mar.” Josefo, fazendo referência à profecia de Daniel diz: “outro rei que virá do oeste, armado com bronze, destruirá esse governo” (o dos persas).
PERNAS DE FERRO
Simboliza o império Romano que dominou o mundo de 168 a.C. até 476 d.C. e teve como seus governantes os Césares. Edward Gibbon, em The Decline and Fall of the Roman Empire, comentando o surgimento da férrea Roma, declara: As armas da república, as vezes vencidas em batalha, sempre vitoriosas na guerra, avançaram com passos rápidos até o Eufrates, o Danúbio, o Reno e o Oceano; e as imagens de ouro, prata, bronze, que poderiam servir para representar as nações e seus reis, foram sucessivamente quebrantadas pela férrea monarquia de Roma. Citado em Daniel, el Profeta Mesiánico, Vol. II, pág. 66.
No ano 476 de nossa era, o antigo Império Romano ocidental se dividiu em 10 (o mesmo número dos dedos dos pés da estátua simbólica). Essas divisões foram: os francos que vieram a ser a França; os anglo-saxões, que vieram a ser a Inglaterra; os alamanos, a Alemanha; os suevos, mais tarde Portugal; os visigodos, a Espanha; os burgundos, a Suíça; os lombardos, o norte da Itália; e os vândalos, hérulos e ostrogodos que foram destruídos posteriormente.
São Jerónimo, doutor da igreja latina, autor da tradução das Escrituras Sagradas em latim (Vulgata), e que viveu de 340 a 420 A.D., assim se expressou a respeito do Império Romano: "Em nossos dias o ferro se misturou com barro. Noutra época não houve nada mais forte que o império Romano; agora, não existe coisa mais frágil; está misturado com as nações bárbaras, de cujo auxílio necessita".
Depois do quarto império, o Romano, não se levantaria outro império universal. O Imperio seria dividido, e dividido permaneceria.
PÉS EM PARTE DE FERRO E BARRO
Simboliza o mundo dividido entre diversos países (ou reinos). Alguns fortes e alguns fracos. E a Terra permaneceria assim de 476 a.C. até o próximo reino universal, que será um reino eterno: o reino de Deus. Portanto a Terra permaneceria assim até a volta de Jesus.
“Não podemos e não devemos esperar união entre as nações da Terra. Nossa posição na imagem de Nabucodonosor é representada pelos dedos do pé, num Estado dividido, e feitos de um material fragmentário, que não se une. A profecia nos mostra que o grande dia de Deus está às portas e se apressa grandemente.” - Testemunhos Para a Igreja, Vol. 1, pág. 361.
Estamos a viver neste período.
“Centenas de anos antes que certas nações viessem ao cenário da acção, o Omnisciente lançou um olhar para os séculos por vir e predisse o surgimento e queda dos reinos universais. Deus declarou a Nabucodonosor que o reino de Babilónia devia cair, e um segundo reino surgiria, o qual também teria o seu período de prova. Deixando de exaltar o verdadeiro Deus, sua glória seria abatida, e um terceiro reino lhe ocuparia o lugar. Este também passaria; e um quarto, forte como ferro, submeteria as nações do mundo.” - Profetas e Reis, pág. 501.
Deus não advinha, DEUS SABE.
Mas o sonho não terminava nos pés da estátua, mas numa pedra que vinha e batia na base da estátua, mais concretamente, nos pés e destruía a estátua e enchia toda a Terra. Esta PEDRA SIMBOLIZA A VOLTA DE JESUS E O SEU REINO ETERNO. Breve virá!
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