Será importante dizer que o livro de Daniel se divide em
duas partes fáceis de destrinçar. A primeira (cap. 1- 6) principalmente histórica,
e a segunda (cap. 7-12) fundamentalmente profética. Apesar disso o livro
constitui uma unidade literária. Para defender tal unidade podem apresentar-se
os seguintes argumentos:
1.
As diferentes partes do livro estão mutuamente relacionadas
entre si.
2.
A parte histórica contém uma profecia (cap. 2)
intimamente relacionada com o tema das profecias que se encontra na última
parte do livro (7-12). O capítulo 7 amplia o tema tratado no cap. 2. Há também
uma relação evidentes entre elementos históricos e proféticos.
3.
A unidade literária do livro é também demontrada na
composição do mesmo, na linha geral do pensamento
e por expressões usadas nos dois idiomas em que é escrito (aramaico e hebraico).
e por expressões usadas nos dois idiomas em que é escrito (aramaico e hebraico).
A CENTRALIDADE DA CRUZ
1.
Que profecia deu Daniel sobre o Messias e o que Lhe aconteceu
nesta profecia?
Rª: “Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar, e para edificar a Jerusalém,
até ao
Messias, o Príncipe, haverá sete
semanas, e sessenta e duas semanas; as ruas e o muro se reedificarão, mas
em tempos angustiosos.
E depois das sessenta e duas semanas será
cortado o Messias, mas não para si mesmo; e o povo do príncipe, que há-de vir,
destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao
fim haverá guerra; estão determinadas as assolações.
E ele firmará aliança com muitos por uma
semana; e na
metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa
das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está
determinado será derramado sobre o assolador.” (Daniel 9:25-27)
NOTA: Daniel previu a vinda de Jesus e o fim do sistema de
sacrifícios pela morte de Jesus na cruz. A profecia aparece no meio do livro de
Daniel e indica a centralidade da cruz de Cristo.
2.
Quão central foi a cruz para os escritores do Novo
Testamento?
Rª: “Mas longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz
de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu
para o mundo.” (Gálatas 6:14)
NOTA: A cruz foi o centro do pensamento dos escritores do
Novo Testamento. Nos tempos bíblicos a cruz era o meio usado para punir os
criminosos de morte. Por que glorificar a cruz? Porque a cruz foi a maneira
escolhida por Deus para dar a redenção à humanidade perdida. Hoje, a cruz é um
objeto venerado em muitas partes do mundo. Muitas vezes esquecemos o seu lado
feio, mas a cruz ainda deve ser o centro do nosso pensamento.
AS DOUTRINAS QUE CONFIRMAM A CRUZ
O inimigo sabe quão importante é a cruz para a fé cristã;
portanto, ele nunca atacaria a cruz abertamente. Ele trabalha incansavelmente
na introdução de teorias e doutrinas que se aceites anulariam a suficiência do
sacrifício de Jesus na cruz e gostaria que pensássemos que não podemos ir ao
céu parecendo estar separados de Jesus. Enquanto isso, a mensagem de Deus para
os últimos dias, restaura a verdade de que ela confirma a cruz de Jesus,
mostrando que o homem não pode ser salvo por si mesmo, mas precisa de Jesus. No
sistema de Satanás, o foco é a exaltação própria e a santificação pelas obras
do homem. No sistema de Deus, o foco é Cristocêntrico e a salvação pela graça,
e a santificação pela graça como um presente de Deus.
3. Qual destas
doutrinas confirma a cruz de Jesus: A Teoria da Evolução ou da Criação?
Rª: A teoria da evolução ensina que toda a vida começou com
um organismo unicelular, desenvolveu-se para duas células, quatro células,
etc., e evoluiu em milhões de anos até que os seres humanos vieram a existir.
Isto é um princípio da progressão da humanidade separada de Deus. Se as pessoas
evoluíram naturalmente, não precisam da cruz de Jesus, então essas pessoas
podem deixar-se levar por si mesmas e resolver os seus próprios problemas.
A teoria da criação ensina que surgimos da mão do Criador
perfeito, nos humilhando e desesperadamente precisando da cruz e do
relacionamento com Jesus para afastar-nos do pecado e restaurar-nos de um
estado perdido. As pessoas precisam de Jesus, isto é salvação pela graça. Ensina
que fomos criados de uma nobre herança a imagem de Deus e que o nosso futuro
está nas mãos de um amável Salvador e que podemos ter uma vida correta agora.
4. Qual destas
doutrinas confirma a cruz de Jesus: uma vida independente de Deus ou uma vida
somente pelo relacionamento com Jesus?
Rª: A vida independente de Deus coloca o homem em pecaminosa
rebelião negando a existência de Deus, a Sua soberania e o Seu poder. Ao negar
que Deus existe, que nos criou, e que os nossos desejos estão acima de tudo,
criamos uma lei para nós, nos tornamos nosso próprio “deus” e juiz. O inimigo
está feliz por ignorarmos Deus, o Seu clamor e poder para mudar a nossa vida
que está pronto para nos ser dado livre e generosamente. Ignorando isso, nos
tornamos escravizados pelas paixões do mundo, resultando na nossa destruição (I
João 2:15-17).
A vida pelo relacionamento com Jesus, reconhece Deus, como
nosso Criador, Mantenedor, Juiz e Salvador, resultará para nós num propósito
total de vida fora do nosso imediatismo próprio e confirmará a cruz de Jesus.
Reconhecendo a nossa vida somente em Jesus, ela terá um verdadeiro significado,
propósito e felicidade para a vida aqui e no céu por toda a eternidade.
5. Qual destas
doutrinas confirma a cruz de Jesus: uma lei escrita e abandonada ou uma lei
eterna que reflete o caráter de Deus?
Rª: Uma lei escrita e abandonada. O inimigo quer que
acreditemos, que os Dez Mandamentos foram
abolidos, que não mais precisamos de os guardar, desta forma, não existiria
pecado, não haveria razão para Jesus morrer e nos salvar do pecado. A Bíblia
diz: “pecado é a transgressão da lei” (1 João 3:4). Esta doutrina (evolução)
destrói a necessidade do sacrifício de Jesus na cruz.
Uma lei eterna que reflete o caráter de Deus, mostra que se
não houvesse lei, não existiria pecado e nem pecadores. Alguém que segue a lei
não pode se salvar porque não tem poder suficiente para guardar a lei, por isso
precisa do poder de Jesus. A doutrina que confirma a lei de Deus enfatiza
salvação e santificação pela graça, enquanto a doutrina que elimina a lei faz as
pessoas responsáveis por si próprias e despreza a necessidade de Deus, da Sua
graça e da cruz.
6. Qual destas
doutrinas confirma a cruz: guardar o sétimo dia – o sábado ou substituí-lo por
qualquer outro dia?
Rª: O sábado, o 7° dia é o memorial de Deus e da Sua criação,
redenção e grande dom para a humanidade: um tempo reservado para ter com Ele um
especial relacionamento. Biliões de dólares são gastos para ganhar tempos
preciosos, e Deus nos dá esse de graça. Somos tão importantes para Deus que Ele
prepara um tempo particular a cada semana na Sua escala só para entrarmos
diretamente num relacionamento especial com Ele. Guardando o 7° dia,
reconhecemos Jesus como Criador, e reconhecemos como a nossa única Autoridade,
como Doador da Lei e como nosso Redentor.
Substituindo o sábado por outro dia da semana, estaríamos
negando a Sua obra de Criador, a Sua
autoridade como Doador da Lei e a Sua obra final sobre a cruz como nosso
Redentor.
A CRUZ DE JESUS
A cruz é o ponto central da fé cristã. Temos a certeza que
confirmamos Jesus e a cruz, pela
aceitação das suas verdades. Perceba agora os eventos do Calvário, como
nosso Salvador se portou através do Seu grande sacrifício para assegurar a
nossa redenção na cruz do Calvário.
7. Que oração Jesus fez no Jardim do Getsémani?
Rª: “E, indo um pouco mais para diante, prostrou-se sobre o
seu rosto, orando e dizendo: Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice;
todavia, não
seja como eu quero, mas como tu queres.
E, voltando para os seus discípulos, achou-os adormecidos; e
disse a Pedro: Então nem uma hora pudeste velar comigo?
Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; na verdade,
o espírito está pronto, mas a carne é fraca.
E, indo segunda vez, orou, dizendo: Pai meu, se este cálice
não pode passar de mim sem eu o beber, faça-se a tua vontade.” (Mateus 26:39, 42)
NOTA: Foi no Jardim do Getsémani que Jesus fez a oração de
submissão. Ele agonizou com Deus, suou gotas de sangue (Lucas 22:44). Foi
tentado a deixar o mundo sozinho e voltar ao Pai. Mas assegurou a nossa
redenção, orou e então, os pecados do mundo inteiro foram colocados sobre os Seus
ombros, se tornando pecado para a raça humana.
8. Como Judas traiu o Filho de Deus?
Rª: “E o que o traía tinha-lhes dado um sinal, dizendo: O que eu beijar é
esse; prendei-o.
E logo,
aproximando-se de Jesus, disse: Eu te saúdo, Rabi; e beijou-o. (Mateus 26:48, 49)
NOTA: Quando Jesus saiu do jardim, os soldados e a multidão
vieram, e Judas O traiu, beijando-O.
Jesus foi preso, levado a julgamento de Caifás, e escarnecido pelas pessoas.
Alguns foram contratados a mentir e testemunhar contra Ele. Condenando-O, os
líderes não foram capazes de cumprir a sentença, e O levaram a Pilatos para
assegurar a sua condenação.
9. Como Jesus respondeu quando estava diante de Pilatos?
Rª: “E, sendo acusado pelos príncipes dos sacerdotes e pelos
anciãos, nada
respondeu.
Disse-lhe então Pilatos: Não ouves quanto testificam contra
ti?
E nem uma palavra lhe respondeu, de sorte que o presidente estava muito
maravilhado. (Mateus 27:12-14)
NOTA: Ali estava Jesus, falsamente acusado, falsamente
condenado, em perfeito controlo. Jesus tinha sido provado no Getsémani,
tentado, uma noite sem dormir. Os Seus nervos deviam estar em frangalhos, ainda
assim permaneceu com perfeita compostura e calma.
10. Que escolha Pilatos propôs a multidão e qual foi a
escolha dela?
Rª: “Ora, por ocasião da festa, costumava o presidente
soltar um preso, escolhendo o povo aquele que quisesse.
E tinham então um preso bem conhecido, chamado Barrabás.
Portanto, estando eles reunidos, disse-lhes Pilatos: Qual
quereis que vos solte? Barrabás, ou Jesus, chamado Cristo?
Porque sabia que por inveja o haviam entregado.
E, estando ele assentado no tribunal, sua mulher mandou-lhe
dizer: Não entres na questão desse justo, porque num sonho muito sofri por
causa dele.
Mas os príncipes dos sacerdotes e os anciãos persuadiram à
multidão que pedisse Barrabás e matasse Jesus.
E, respondendo o presidente, disse-lhes: Qual desses dois quereis vós que eu solte?
E eles disseram: Barrabás.
Disse-lhes Pilatos: Que
farei então de Jesus, chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado.”
(Mateus 27:15-22)
NOTA: A maioria das pessoas que iam ao templo pediu que
Barrabás fosse libertado e Jesus fosse crucificado. Muitas pessoas tomam as suas
decisões religiosas baseadas no que a maioria faz. Não podemos basear a nossa
religião na opinião da maioria.
11. O que respondeu Pilatos ao pedido de crucificação de
Jesus? E o que fez depois?
Rª: “Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o
tumulto crescia, tomando água, lavou as mãos diante da multidão, dizendo: Estou
inocente do sangue deste justo. Considerai isso.
E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre
nós e sobre nossos filhos.
Então soltou-lhes Barrabás, e, tendo mandado açoitar a
Jesus, entregou-o para ser crucificado.
( Mc 15:16-20 Jo 19:1-3
)
E logo os soldados do presidente, conduzindo Jesus à
audiência, reuniram junto dele toda a coorte.
E, despindo-o, o cobriram com uma capa de escarlate;
E, tecendo uma coroa de espinhos, puseram-lha na cabeça, e
em sua mão direita uma cana; e, ajoelhando diante dele, o escarneciam, dizendo:
Salve, Rei dos judeus.
E, cuspindo nele, tiraram-lhe a cana, e batiam-lhe com ela
na cabeça.
E, depois de o haverem escarnecido, tiraram-lhe a capa,
vestiram-lhe as suas vestes e o levaram para ser crucificado.” (Mateus 27:24 e
31)
NOTA: Pilatos sabia que Jesus era inocente, acusado e
condenado falsamente, mas temeu a multidão. Viu que Jesus era Justo, mas lavou as
suas mãos. Muitos são como Pilatos, admitem o que é certo, o que está na
Bíblia, mas nem assim seguem a Bíblia. Pilatos não pediu para o povo seguir
Jesus, simplesmente, lavou as mãos, entregou Jesus para ser crucificado. Da
mesma forma, se alguém não decide seguir a Jesus, ele decide crucificá-Lo.
12. O que Pilatos disse a multidão quando trouxeram Jesus
novamente?
Rª: “Saiu, pois, Jesus fora, levando a coroa de espinhos e
roupa de púrpura. E disse-lhes Pilatos: Eis aqui o homem.” (João
19:5)
NOTA: Veja o Homem e como carrega aquela cruz pesada de
madeira pesando 100 libras até o Monte Gólgota acima. Veja como O colocam sobre
a cruz e cravam as Suas mãos e pés no madeiro. Veja como levantam a cruz
naquele lugar, chacoalhando as Suas feridas nas mãos e pés. A cruz era
construída de tal forma que quando a pessoa era pendurada contra ela, cada
junta do seu corpo era deslocada, causando a mais terrível dor. Muitos sobre
ela deliravam e os soldados subiam a cruz e cortavam as suas línguas para eles
pararem de amaldiçoar.
13. O que Jesus orou enquanto estava na cruz?
Rª 1: “E dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o que fazem. E, repartindo as suas vestes, lançaram
sortes.” (Lucas 23:34)
Rª 2: “E, à hora nona, Jesus exclamou com grande voz,
dizendo: Eloí, Eloí, lamá sabactâni? Que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por
que me desamparaste?” (Marcos 15:34)
NOTA: Abandonado por Deus? Sim. Jesus sobre a cruz tinha-se
tornado pecado pela raça humana. Portanto o Pai Se separou do Filho assim como
Jesus Se desviou do curso de Deus pelo pecado assumido por Ele. Não foi o
sofrimento físico, mas a angústia mental que Ele tomou quando assumiu a morte
no lugar dos pecadores que O mataram.
Tome agora a sua decisão: Senhor Deus, reconheço que preciso
de Jesus, do Seu sacrifício na cruz pelo qual posso ser salvo.
Profundo, aprendo muito com você irmão. Volte a escrever no site, Amém.
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