terça-feira, 13 de outubro de 2009

OS SETE SELOS DO APOCALIPSE

1- Que viu, João, o revelador, à mão direita d´O que estava sentado no trono?
(Apocalipse 5:1) – E VI na destra do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos.
2- Que fez o Cordeiro com o livro?
(Apocalipse 5:7) - E veio, e tomou o livro da destra do que estava assentado no trono.
3- Porque foi Cristo declarado digno de abrir os selos?
(Apocalipse 5:9) – E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro, e de abrir os seus selos; porque foste morto, e com o teu sangue compraste para Deus homens de toda a tribo, e língua, e povo, e nação.
4- Que foi visto ao se abrir o primeiro selo?
(Apocalipse 6:1,2) – E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.
Nota: O número sete nas Escrituras denota cumprimento ou perfeição. Os sete selos compreendem toda uma série de acontecimentos em que é narrada a história da Igreja, desde o começo da era Cristão até à segunda vinda de Cristo. O cavalo branco, com o cavaleiro saindo vitorioso, apropriadamente representa a primeira Igreja Cristã na sua pureza, indo a todo o mundo com a mensagem evangélica de salvação.
5- Que surgiu ao ser aberto o segundo selo?
(Apocalipse 6:3,4) – E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem, e vê. E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
Nota: Como a cor branca do primeiro cavalo revelava a pureza do evangelho que o seu cavaleiro, assim a cor do segundo animal representa que a corrupção começava a manifestar no tempo a que este símbolo se aplica. É verdade que tal estado de coisas sucedeu à igreja apostólica. Referindo-se ao segundo século, Wharey, na “História da Igreja,” p. 39, diz: “O cristianismo começou então a vestir-se das roupas do paganismo. As sementes de muitos erros que posteriormente invadiram a igreja tão completamente, marearam-lhe a beleza, desvaneceram-lhe a glória, tomavam já raízes.” O mundanismo entrava. A igreja procurava a aliança do poder secular, e dificuldades e perturbações foram o resultado. Este período estende-se do fim do primeiro século ao tempo de Constantino, quando se efectuou completa união entre a Igreja e o Estado.
6- Qual era a cor do símbolo sob o terceiro selo?
(Apocalipse 6:5) – E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão.
Nota: O cavalo “preto” muito bem representa muito bem a escuridão espiritual que caracterizou a igreja do tempo de Constantino até ao estabelecimento da supremacia papal, em 538 A.D. Da condição imperante no quarto século, Wharey (página 54) diz: “O cristianismo tornara-se popular, e uma larga proporção, talvez a grande maioria, dos que o aceitavam, apenas tomavam o nome, recebiam o rito do baptismo, conformava-se com algumas cerimónias externas da igreja, enquanto no coração e no carácter moral eram tão pagãos como antes. Como um dilúvio, o erro e a corrupção invadiram a Igreja.”
7- Qual era a cor e o carácter do quarto animal?
(Apocalipse 6:7,8) – E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra.
Nota: Esta cor não é natural num cavalo. O original dá o sentido da cor pálida ou amarela que se vê nas flores crestadas. O símbolo evidentemente refere-se à obra de perseguição e morte efectuada pela Igreja Romana contra o povo de Deus do tempo decorrido entre o começo da supremacia papal, em 538 A.D., e o tempo em que os reformadores começaram a expor o verdadeiro carácter do papado, sendo detida a obra de destruição.
8- Ao abrir-se o quinto selo, que foi visto sob o altar?
(Apocalipse 6:9) - E, havendo aberto o quinto selo, vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos por amor da palavra de Deus e por amor do testemunho que deram.
Nota: Quando os reformadores expuseram a obra do papado, a história revelou o grande número de mártires que tinham sido mortos pela fé genuína.
9- Que se diz estarem a fazer esses mártires?
(Apocalipse 6:10) – E clamavam com grande voz, dizendo: Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador, não julgas e vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?
Nota: O cruel tratamento que tinham recebido clamava por vingança, assim como o sangue de Abel clamava a Deus desde a terra. Génesis 4:10. Não estavam no Céu, mas debaixo do altar, ou seja, onde tinham sido mortos. Sobre este ponto diz o Dr. Adão Clarke: “O altar está na Terra, não no Céu.”
10- Que foi dado a esses mártires?
(Apocalipse 6:11) – E foram dadas a cada um compridas vestes brancas e foi-lhes dito que repousassem ainda um pouco de tempo, até que também se completasse o número de seus conservos e seus irmãos, que haviam de ser mortos como eles foram.
Nota: Estes tinham sido mortos durante os séculos compreendidos o selo anterior: Os seus perseguidores, a maior parte, ao menos, tinham morrido. E se tinham recebido o castigo ao morrer, como alguns defendem, porque se importunariam os mártires pela sua punição? Nesta, como noutras partes da Bíblia, é usada a figura da personificação, em que objectos inanimados são representados como vivos e a falar, e coisas que não são, como se fossem. Ver Juízes 9:8-15; Hebreus 2:11; Romanos 4:17. Estes mártires tinham sucumbido como hereges debaixo da escuridão e superstição do selo anterior, cobertos de ignomínia e vergonha. Agora, à luz da Reforma, o seu verdadeiro carácter aparece, e são vistos como justos, e daí lhes serem dadas “vestes brancas.” “O linho fino são as justiças dos santos.” Apocalipse 19:8. justiça lhes é atribuída; e após terem repousado por mais um pouco – debaixo do altar – até que outros que deveriam perecer por causa da fé, os seguissem, juntos então haverão de despertar para a vida e a imortalidade.
11- Que foi visto primeiro, ao ser aberto o sexto selo?
(Apocalipse 6:12) – E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra …”
Nota: Isto sem dúvida se refere ao grande terramoto do 1º de Novembro de 1755, conhecido geralmente como o terramoto de Lisboa, cujos efeitos foram sentidos numa área de 8.000.000 quilómetros quadrados. Lisboa (PORTUGAL), cidade que contava 150.000 habitantes, foi praticamente destruída. O abalo do terramoto, diz Sears na sua obra “Maravilhas do Mundo,” p. 200: “Foi seguido imediatamente da queda de todas as igrejas e conventos, de quase todos os edifícios públicos, e a quarta parte das casas. Cerca de duas horas depois o fogo irrompeu em diferentes lados, e grassou com tal violência pelo espaço de três dias que a cidade foi completamente desolada. O terramoto ocorreu num dia santo, quando as igrejas e conventos estavam repletos, sendo poucas as pessoas que escaparam. … O terror do povo não pode ser descrito. Ninguém chorava: era além das lágrimas. Corriam todos de cá para lá delirando de horror e pasmo, batendo na face e no peito, gritando: Misericórdia” o mundo vai acabar” Mães esqueciam os filhos, e corriam à roda com crucifixos. Infelizmente, muitos corriam às igrejas em busca de protecção; mas em vão foi ministrado o sacramento; em vão as pobres criaturas abraçavam os altares; imagens, sacerdotes e o povo foram soterrados na ruína comum. … Noventa mil pessoas presume-se terem sucumbido naquele dia fatal.”
12- Que deveria seguir o terramoto?
(Apocalipse 6:12) – E, havendo aberto o sexto selo, olhei, e eis que houve um grande tremor de terra; e o sol tornou-se negro como saco de cilício, e a lua tornou-se como sangue – última parte.
Nota: Isto refere-se ao dia escuro em 19 de Maio de 1780, quando a escuridão foi tal que deu a impressão geral de que o dia do julgamento estava próximo.
13- Que outro evento é mencionado sob este selo?
(Apocalipse 6:13) – E as estrelas do céu caíram sobre a terra, como quando a figueira lança de si os seus figos verdes, abalada por um vento forte.
Nota: Faz referência a um fenómeno extraordinário a chuva de meteoros de 13 de Novembro de 1833. ao descrever a cena na proximidade às quedas do Niágara, diz um escritor: “Nenhum espectáculo tão terrível, grande e sublime jamais foi visto pelo homem, como aquele do firmamento descendo em torrentes de fogo sobre a escura e rugidora catarata.” – Our First Century, p. 330; também a Enciclopédia Americana, edição de 1881, artigo “Meteor.” Faz referência a esse acontecimento.
Um colaborador, escreveu para o Journal of Commerce de 14 de Novembro de 1833, diz: “Procurasse eu na Natureza um símile, não acharia um que tão precisamente ilustrasse o aspecto do céu, como o que S. João na profecia. A queda das estrelas não se dava como que vindo de árvores diferentes, mas de uma só; as que apareciam a leste caíam para leste; as que apareciam a oeste, para esse lado caíam; e as que surgiam ao sul, para aquela direcção se despenhavam. E não caíam como cai o fruto maduro – longe disso – mas voavam, era arrojadas como o fruto vede que com dificuldade se desprende do ramo; e então, quando violentamente sacudido, dele se desprendem, voam com rapidez, na mesma direcção, descendentes; e caindo em multidão, alguns cortam o trajecto de outros, sendo atirados com mais ou menos força.”
14- Qual é o evento seguinte mencionado?
(Apocalipse 6:14) – E o céu retirou-se como um livro que se enrola; e todos os montes e ilhas foram removidos dos seus lugares.
Nota: Este evento ainda está no futuro, e ocorrerá juntamente com a segunda vinda de Cristo. Estamos agora entre os dois eventos – o último dos sinais nos céus, e o enrolar-se do céu e a remoção do seu lugar de tudo o que é terreno. Os grandes sinais aqui mencionados, que assinalam a proximidade da segunda vinda de Cristo e a subversão das coisas terrenas, estão todos no passado, e o mundo aguarda o soar da última trombeta como a cena final do drama terrestre.
15- Como comoverá o mundo esse grande acontecimento?
(Apocalipse 6:15 a 17) – E os reis da terra, e os grandes, e os ricos, e os tribunos, e os poderosos, e todo o servo, e todo o livre, se esconderam nas cavernas e nas rochas das montanhas; E diziam aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós, e escondei-nos do rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; Porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?
16- Depois da obra de selar os salvos, descrita em Apocalipse 7, que ocorre sob o sexto selo e como é apresentado o sétimo selo?
(Apocalipse 8:1) – E, HAVENDO aberto o sétimo selo, fez-se silêncio no céu quase por meia hora.
Conclusão: O sexto selo apresenta os eventos inter-relacionados com a segunda vinda de Cristo. O sétimo selo muito naturalmente, portanto, deve referir-se a esse evento, ou a algum resultado consequente. Quando Cristo vier, todos os santos anjos O acompanharão (Mateus 25:31); segue-se necessariamente o silêncio no Céu durante a ausência. Meia hora de tempo profético são sete dias. Os sete selos, portanto, levam-nos até à segunda vinda de Cristo.

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