terça-feira, 13 de março de 2012

O DRAGÃO - SÍMBOLO DOS PODERES DESTE MUNDO.

"Viu-se também outro sinal no céu, e eis um dragão, grande, vermelho, com sete cabeças, dez chifres e, nas cabeças, sete diademas. A sua cauda arrasta a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra; e o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse." Apocalipse 12:3 e 4.
DRAGÃO REPRESENTANDO REINOS SOB O DOMÍNIO DE SATANÁS.
O dragão não representa apenas a Satanás. Em profecias simbólicas, animais representam reinos e hipoteticamente o dragão é um animal. Ver Daniel 7:17 e 23. O dragão é um símbolo dos diversos poderios deste mundo empregados por Satanás em Sua oposição ao povo de Deus. De uma maneira especial, ele parece representar um poderio que tentou destruir não somente a Jesus, mas também aos Seus seguidores. Vejamos então: o dragão se colocou em frente da mulher para lhe devorar o filho quando nascesse. A Bíblia registra que o rei Herodes tentou destruir a Jesus por ocasião de Seu nascimento; mas Herodes governava por conta de Roma e o dragão deve representar um reino e não meramente um monarca. Portanto, o dragão deve ser entendido como um símbolo de Roma Pagã. Uma confirmação disso pode ser obtida pela consideração da simbologia das sete cabeças. Vejamos o que diz Apocalipse: "Aqui está o sentido que tem sabedoria: As sete cabeças são sete montes." Apocalipse 17:9. Existe uma cidade, muito famosa, que foi construída precisamente
sobre sete montes e é denominada de "Cidade das Sete Colinas": Roma. Portanto, o dragão representa um Império que teria como capital a cidade de Roma. As especificações não admitem dúvidas: trata-se do Império Romano. Começando por Nero, Roma desatou intransigentes perseguições contra a Igreja Cristã. Cristãos eram queimados vivos, decapitados e lançados às feras no circo romano. Essas perseguições continuaram por dois longos séculos até que Constantino deu liberdade de culto ao cristãos pelo Edito de Milão, em 313 A.D..

DEZ CHIFRES REPRESENTANDO DESINTEGRAÇÃO DE ROMÃ PAGÃ.
Os dez chifres que João contemplou sobre as cabeças do dragão simbolizam os dez reinos bárbaros que surgiram com a desintegração de Roma Pagã (Apocalipse 17:12). Um ponto importante a ser destacado é que em relação ao dragão, o apóstolo João diz ter contemplado diademas sobre as cabeças, ao passo que em relação à besta que emerge do mar, descrita em Apocalipse 13, os diademas estão sobre os chifres. Essa diferença parece servir a um duplo propósito:

1º) Apocalipse 12 está focalizando a luta dos grandes poderios mundiais no decorrer de toda a História até o fim do tempo; isso se percebe quando se tem em mente que as sete cabeças também representam as grandes potências inimigas do povo de Deus que têm estado sob o controle de Satanás (Apocalipse 17:9-11). Apocalipse 13 está enfocando a mesma batalha contra Cristo e Sua Igreja, porém com o olhar voltado para o período que se segue à dissolução do Império Romano.
2º) Por outro lado, os diademas sobre as cabeças do dragão parecem ser uma referência ao poder centralizado que existia durante Roma Pagã, enquanto que os diademas sobre as dez pontas parecem retratar a fragmentação desse poder.

O DRAGÃO PERSEGUE A MULHER.
"Quando, pois, o dragão se viu atirado para a terra, perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão; e foram dadas à mulher as duas asas da grande águia, para que voasse até ao deserto, ao seu lugar, aí onde é sustentada durante um tempo, tempos e metade de um tempo, fora da vista da serpente". "A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias." Apocalipse 12:13, 14 e 6.

PERSEGUIÇÃO A IGREJA PRIMITIVA E NO FINAL DOS TEMPOS AO RESTANTE DA SUA DESCENDÊNCIA.
A profecia indica claramente a que perseguições se faz referência. É dito que o dragão (Satanás) perseguiu a mulher (Igreja) de uma forma especial a partir de sua expulsão definitiva do céu, o que se deu no ano 31 de nossa era, por ocasião da morte de Jesus. Portanto, na exegese do verso 13 devem ser incluídas as perseguições movidas pelos judeus e pelos romanos, mas de uma maneira toda particular a ênfase é ao período de terrível aflição que se estenderia por mil duzentos e sessenta dias. Esses dia são proféticos e equivalem a anos literais (Ezequiel 4:6 e 7); estamos, pois, em frente a um período de mil duzentos e sessenta anos. Um tempo, dois tempos e a metade de um tempo (Daniel 7:25; 12:7; Apocalipse 12:14) possuem a mesma duração e descrevem, na verdade, o mesmo tempo de aflição; isso se dá porque um tempo conta trezentos e sessenta dias. Multiplicando trezentos e sessenta dias por três tempos e meio, temos mil duzentos e sessenta dias. Visto como águas representam povos, multidões, nações e línguas (Apocalipse 17:15); deserto deve significar o oposto, a saber, lugares fracamente povoados e secretos. Esses mil duzentos e sessenta anos têm sido identificados como o período que se estendeu de 538 A.D. a 1798 A.D.. Ver o sexto estudo desta série. Durante esses longos e tenebrosos séculos, aqueles que não se submetessem às doutrinas estabelecidas pelo poder religioso vigente eram severamente perseguidos. "Então a serpente arrojou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, a fim de fazer com que ela fosse arrebatada pelo rio. A terra, porém, socorreu a mulher; e a terra abriu a boca e engoliu o rio que o dragão tinha arrojado de sua boca." Apocalipse 12:15 e 16. A boca é um símbolo relevante em Daniel e Apocalipse; geralmente está associada à ideia de testificar, discursar. Esses versos podem ser encarados como se referindo a certas cruzadas, preparadas mediante a convocação do bispado romano, e movidas contra certos grupos religiosos dissidentes, como a Cruzada contra os albigenses. A terra representa algum lugar de povoação insipiente e como em Daniel 7:2 e Apocalipse 13:1, o mar é empregado como um símbolo do velho mundo, nada mais lógico do que considerá-la um emblema do continente americano. Milhares de europeus que estavam sendo duramente afligidos no velho continente, buscaram refúgio na América; e foi assim que os Estados Unidos se transformaram num símbolo da liberdade religiosa. "Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus." Apocalipse 12:17. O verso 17 é a porção do capítulo 12 cujo cumprimento está no futuro. A profecia prevê que pouco antes de encerrarmos nossa história terrestre, o povo de Deus terá de enfrentar uns últimos momentos de intolerância final. Mas note que, nessa última crise para a qual o mundo caminha, Satanás não perseguirá a mulher, mas os restantes da sua descendência, isto é, aqueles que restaram do cristianismo puro, o que implica dizer que o restante do mundo cristão se perverteu. E quem são esses restantes? A Bíblia responde: os que guardam os mandamentos de Deus e o testemunho de Jesus. Observa quão importante é harmonizar a vida aos santos reclamos do Decálogo? A obediência aos Dez Mandamentos é uma prova de amor a Jesus: "Se Me amais, guardareis os Meus mandamentos." João 14:15. Por que não entregar a vida inteiramente nas mãos do Salvador e deixar que Ele oriente sua vida? Somente Ele poderá protegê-lo na crise final! A humanidade não sabe o que o futuro lhe aguarda. Segundo as palavras do profeta: "Nesse tempo Se levantará Miguel, o grande príncipe, o defensor dos filhos do teu povo, e haverá tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo será salvo o teu povo, todo aquele que for achado inscrito no livro." Daniel 12:1. Jesus, nosso grande Príncipe e Defensor, está esperando pela sua decisão. Por que não aceitar hoje mesmo Seu amor e lhe ser fiel, guardando TODOS os Seus mandamentos? Que Deus nos abençoe e que possamos estar realmente preparados para enfrentar o tempo de angústia! Amém!

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